O lançamento das cartas acontece em plena semana de paralisação de escolas e universidades convocada pela Greve Climática Estudantil.
O lançamento das cartas acontece em plena semana de paralisação de escolas e universidades convocada pela Greve Climática Estudantil. DR

Mais de 100 artistas apoiam estudantes e apelam ao fim dos combustíveis fósseis

As cartas convidam o setor da cultura e toda a sociedade a participar na manifestação “O Nosso Futuro Não Está à Venda”, marcada para sábado.
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Mais de uma centena de artistas e profissionais de todas as áreas da cultura assinaram duas cartas em apoio aos estudantes e apelando à ação coletiva pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030, informou esta quinta-feira, 20 de novembro, o Climáximo.

O movimento ambientalista adianta, em comunicado, que as duas missivas - Carta Aberta: Cultura pelo Fim ao Fóssil e a Carta Aberta da Indústria da Música pelo Fim ao Fóssil até 2030 e Apoio ao Movimento Estudantil - reúnem mais de 100 assinaturas de artistas, músicas, escritores, atores e criadores.

Capicua, Joana Bértolo, Rui Chafes, Paulo Pascoal, Fado Bicha, Manuel Pureza, Gisela Casimiro, André Carrilho, Bordalo II, Lena d’Água, Manuela Azevedo, Nuno Saraiva, Isabel Abreu e Xinobi, são algumas profissionais que assinam as missivas.

“A Carta da Cultura destaca a importância de amplificar a voz dos estudantes, que desde 2019 têm ocupado escolas e universidades para exigir ação real contra a crise climática, e apela a todos os agentes culturais para que usem as suas plataformas de forma ativa na viabilização da luta por justiça climática”, refere o Climáximo.

Na Carta da Música, é reforçado “o papel da música como motor de consciência social e exige um plano nacional de descarbonização até 2030, o fim do uso e subsídios a combustíveis fósseis e apoio a energias limpas e renováveis, solidarizando-se com os estudantes e sublinhando que ‘sem futuro, não há música’”.

As cartas convidam o setor da cultura e toda a sociedade a participar na manifestação “O Nosso Futuro Não Está à Venda”, marcada para sábado.

"A manifestação do próximo dia 22 de Novembro é  uma oportunidade para juntarmos as nossas vozes, como humanos, pais,  mães, avós, pessoas empáticas e conscientes, que sabem que se há causa  unificadora deveria ser a ecologista, para clamar pela nossa  sobrevivência no planeta”, diz Capicua citada no comunicado.

"Temos de apoiar e ajudar os mais jovens na sua luta pela justiça  climática pois estão, corajosamente, a defender o seu futuro mas,  também, o nosso", comenta Rui Chafes neste mesmo comunicado.

“A ausência de resposta de sucessivos governos às reivindicações estudantis pela justiça climática é um incumprimento sério da responsabilidade pública e política, e uma falha grave que nos afecta a todos. A ciência valida os argumentos das estudantes. As suas exigências podem soar demasiado ambiciosas, mas são válidas", considera, por sua vez, a escritora Joana Bértolo.

O movimento ambientalista lembra que esta semana foram lançadas outras três cartas de apoio aos estudantes, que contam com mais de 100 nomes de docentes universitários e do ensino secundário e profissionais de saúde e mais de uma centena de mães, pais e cuidadores.

O lançamento das cartas acontece em plena semana de paralisação de escolas e universidades convocada pela Greve Climática Estudantil.

A manifestação “O Nosso Futuro Não Está à Venda”, realiza-se no sábado às 15:00 no Largo Camões, em Lisboa e conta com mais de 10 organizações apoiantes entre os quais a Associação Habita, o Movimento Cívico Ar Puro, a Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul.

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