Ativistas fecham escola António Arroio, em Lisboa
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Ativistas fecham escola António Arroio, em Lisboa

Queixam-se de falta de respostas do Governo para pôr fim ao fóssil até 2030.
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No início da semana, estudantes do ensino secundário e superior prometeram “parar a normalidade das escolas” para chamar a atenção para a “inação do Governo que não promove medidas que garantam o fim do [combustível] fóssil até 2030”. Esta quarta-feira, 19 de novembro, depois de na véspera terem fechado o Liceu Camões, em Lisboa, fecharam a Escola António Arroio, na mesma cidade.

Todos os portões e portas do edifício estão fechadas ou barricadas desde a madrugada, e há estudantes presos aos portões.

"Estamos aqui porque não temos opção. Sabemos que sem o fim ao fóssil 2030 não vamos ter um futuro. Isto não é uma opinião, não é negociável, é ciência", afirma Ada Costa, de 15 anos e estudante da António Arroio, citada num comunicado da Greve Climática Estudantil e da Climáximo. "Escrevemos e entregámos no ano passado ao governo uma carta com esta reivindicação. Já fizémos várias marchas e protestos, mas o governo continua a escolher vender o nosso futuro à indústria fóssil", acrescenta.

"Enquanto estamos aqui hoje, os governos de todos os países estão reunidos na COP 30. Estas COPs já existem desde antes de nós nascermos, e nada saiu de lá.  Tornaram-se um evento de lobby de fósseis, em que os governos fingem querer saber do nosso futuro, enquanto fazem planos para o queimar", diz Fernanda Pimentel, também estudante da António Arroio, neste mesmo comunicado.

Na terça-feira, os estudantes fecharam o Liceu Camões. Recordam que enviaram uma carta ao Governo assinada por mais de 1500 estudantes que exigia um plano para o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e acusam o Executivo de Luís Montenegro de nada fazer.

Ativistas fecham escola António Arroio, em Lisboa
Estudantes ameaçam parar escolas em novembro por fim dos fósseis até 2030

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