Internamentos sobem em dia com mais 3732 casos e 13 mortes

Estão agora internados em hospitais 878 infetados. Madeira registou mais casos do que o Alentejo e o Algarve juntos.
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Portugal registou 3732 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Ou seja, no dia de Natal, com testagem reduzida ao mínimo dos mínimos, foram reportados mais 6284 positivos em relação ao dia anterior (10 016). De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) de hoje (26 de dezembro) morreram 13 pessoas. No dia de Natal tinham sido reportadas 10 mortes.

A região de Lisboa e Vale do Tejo (1640 novos casos e cinco mortes) foi aquela que registou mais infeções nas últimas 24 horas. Seguiu-se o Norte (1226 casos e duas mortes) e o Centro (400 casos e três mortes). A situação pandémica na Madeira continua a merecer atenção pelo crescendo de novos casos, tendo reportado 216 casos (e uma morte), mais do que o Alentejo (113 casos, um morto) e o Algarve (100 casos, uma morte) juntos. Já os Açores são a única região do País sem mortes devido à covid-19 e têm hoje mais 37 casos.

Já os internamentos voltaram a subir, invertendo assim a tendência de descida que se verificava há três dias seguidos. Há agora 878 infetados internados em hospitais (mais 21 do que no dia 25), dos quais 151 (menos 1 do que na véspera) estão em unidades de cuidados intensivos.

Portugal tem hoje mais 2125 casos ativos e mais 1594 pessoas recuperaram da doença desde o início da pandemia (março de 2020). Há ainda 1777 pessoas em vigilância neste momento.

O assunto "pandemia da covid-19" dominou o discurso de Natal de António Costa, que pediu foco no "esforço de recuperação" agora que o emprego recuperou "plenamente" e há um "crescimento robusto da economia". O primeiro-ministro admitiu ainda atrasos e "feridas" por sarar e considerou a vacina uma extraordinária vitória da ciência.

O início da vacinação em Portugal, a 27 de dezembro de 2020, foi mesmo destacada por Costa:"Desde então quase toda a população maior de 12 anos está vacinada, dois milhões e meio de pessoas já receberam a dose de reforço e iniciámos a vacinação das crianças dos 11 aos 5 anos" e sublinha, elogiando, o trabalho dos "profissionais de saúde [que] foram mais uma vez inexcedíveis - e, neste caso, muito em especial os enfermeiros - na notável operação de vacinação. Sei bem que posso falar em nome de todos os portugueses, sem exceção, dirigindo a todos os profissionais de saúde um muito, muito obrigado."

Segundo o primeiro ministro, "apesar do emprego já ter recuperado plenamente e de termos retomado um crescimento robusto, não podemos perder o foco no esforço nacional de recuperação. Teria muito mais a dizer-vos. Mas neste período pré-eleitoral o primeiro-ministro tem um especial dever de ser contido. Por isso, concentro-me no que mais nos preocupa e a todos nos une, o combate à pandemia", porque a "guerra ainda não acabou".

Ainda não houve suficientes casos graves de Ómicron para calcular a eficácia das doses de reforço contra infeção sintomática grave, mas os especialistas acreditam que as vacinas continuarão a dar proteção significativa contra hospitalização e morte.

"Vai demorar algumas semanas até que a eficácia contra doenças graves de Ómicron possa ser estimada. No entanto, com base na experiência com variantes anteriores, é provável que seja substancialmente maior do que as estimativas contra infeções sintomáticas", indica o novo relatório da Agência de Segurança de Saúde da Grã-Bretanha, citado pelo New York Times.

Nas primeiras semanas após a descoberta da variante Ómicron, vários estudos sugeriram que a mutação identificada pela primeira vez na África do Sul é hábil a evitar os anticorpos que são produzidos após a vacinação ou depois da infeção com covid-19. O relatório britânico - inclui pessoas que foram vacinadas pelos imunizantes da AstraZeneca, Pfizer e Moderna-, indica que as vacinas, tanto o esquema vacinal inicial como as doses de reforço, foram menos eficazes e diminuíram mais rapidamente a sua proteção contra a variante Ómicron do que contra a variante Delta.

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