Castelo Branco, Guarda e Bragança vão estar sob aviso laranja devido ao calor, até ao final do dia de sexta-feira, anunciou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).O aviso laranja, o segundo mais grave, deve-se à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” para estes três distritos foi prolongado até sexta-feira, de acordo com o comunicado do instituto.Já os distritos de Évora, Beja e Portalegre vão estar sob aviso laranja até às 18:00 de quinta-feira, passando a aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira.Vila Real e Viseu estão sob aviso amarelo até às 06:00 de quinta-feira, quando passam a laranja até às 18:00 de quinta-feira.Em Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Braga e Lisboa está em vigor um aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira, enquanto em Santarém, Leiria e Coimbra o aviso amarelo do IPMA vigora até às 18:00 de sexta-feira..O incêndio florestal na zona de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, cujo combate mobiliza mais de 300 operacionais, tem três frentes ativas, disse hoje o comandante sub-regional da Proteção Civil, Tiago Bugio.Em declarações à Lusa, o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral explicou que o incêndio, que deflagrou em Vale da Eira, Ermidas-Sado, distrito de Setúbal, está a lavrar numa zona de povoamento florestal."Uma das três frentes vai em direção ao concelho de Grândola, outra em direção a Canhestros [concelho de Ferreira do Alentejo] e uma outra em direção a Oeste, para Vale da Eira", no concelho de Santiago do Cacém, indicou o comandante.. Também contactado pela Lusa, o vereador da Câmara de Santiago do Cacém, Albano Pereira, disse que, até ao momento, não há registo de pessoas ou de casas em perigo."Estão a ser chamados reforços de outras corporações de bombeiros da zona centro, Lisboa e Almada", disse o autarca..Mais de 300 operacionais, apoiados por mais de 100 viaturas combatem hoje o incêndio que deflagrou em Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, de acordo com a Proteção Civil.A página de Internet da Autoridade Emergência e Proteção Civil (ANEPC) consultada pela agência Lusa, pelas 21:30, indicava que o combate a este sinistro mobilizava um total de 303 operacionais, auxiliados por 104 veículos.Já os sete meios aéreos, que chegaram a participar nos trabalhos, abandonaram o teatro de operações, com o cair da noite.O alerta para este incêndio, a lavrar na zona de Vale da Eira, em Ermidas-Sado foi dado às 16:42, disse à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral.Durante a tarde, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio, explicou à que as chamas estavam a lavrar numa zona de “eucalipto, pinhal e mato”.O comandante indicou que “estava prevista a ocorrência de trovoada seca” para aquela zona pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e, antes de o fogo ter deflagrado, “houve pessoas que identificaram vários trovões no local”.Também devido ao incêndio, a circulação rodoviária no Itinerário Complementar 1 (IC1) continua cortada nos dois sentidos, desde as 17:00, na zona de Ermidas-Sado, disse à Lusa fonte da GNR.Contactada pelas 21:30, a fonte do Comando Territorial de Setúbal da GNR afirmou manter-se o trânsito cortado no IC1.Ao fim da tarde, o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral disse à Lusa que, apesar do aumento de meios, "não há casas nem pessoas, ameaçadas pelo foco de incêndio".A Lusa tentou voltar a contactar o comandante sub-regional, mas não foi possível até ao momento.Já o outro fogo com alguma dimensão na região do Alentejo, que deflagrou esta tarde na zona de Vila Alva, no concelho de Cuba, distrito de Beja, também sofreu um aumento do número de operacionais envolvidos no combate, de acordo com o ‘site’ da ANEPC.O incêndio rural, que estava a ser combatido por 100 operacionais apoiados por um meio aéreo, às 20:00, está agora, às 21:54, a mobilizar 131 operacionais e 45 viaturas, sem meios aéreos, de acordo com aquela página.O alerta para o sinistro foi dado às 17:21 e as chamas estão a consumir uma área de mato, pasto, azinheiras e sobreiros, disse à Lusa fonte da Proteção Civil, realçando que não há feridos nem habitações em risco. .O presidente da Câmara de Vila Real apelou hoje a um reforço de meios para combater o incêndio que lavra naquele concelho há 11 dias, afirmando que os operacionais estão cansados.“Os homens estão mesmo muito cansados, tendo em conta a dimensão deste incêndio (…). Aqueles que podem pôr cobro a esta situação, por favor, que nos ajudem. Eu não sei o que posso fazer neste momento, mais que não seja fazer este apelo: que realmente coloquem pessoas no terreno, que refresquem estes operacionais”, disse o autarca.Alexandre Favaios falava aos jornalistas na aldeia de Paredes, que é neste momento uma das aldeias que está a causar maior preocupação aos bombeiros, devido à proximidade do fogo.O presidente da Câmara referiu ainda que este incêndio já atingiu 25 aldeias e percorreu 12 quilómetros, entre Mascoselo e Paredes, dos quais quatro quilómetros foram só no dia de hoje, e sublinhou que esta tarde registaram-se duas novas ignições na zona de La Salette, em Vila Cova.Alexandre Favaios voltou a pedir que sejam mobilizados todos os meios, sustentando que os meios no terreno são insuficientes para pôr cobro e este incêndio.“Estamos em situação de alerta. A responsabilidade é clara. Há um decreto que diz que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil tem autonomia para mobilizar todos os meios ao seu alcance para os colocar no terreno. É isso que nós pedimos. Tão só e simplesmente isso”, referiu.O autarca disse que, até ao momento, ainda não falou com o primeiro-ministro ou a ministra da Administração Interna, esclarecendo que os contactos têm sido feitos pelo secretário de Estado, “informando da mobilização adicional de alguns meios” que apenas têm contribuído para mitigar algumas situações.Insistiu ainda para que “aqueles que têm poder, têm capacidade para terminar com este flagelo, com esta ansiedade, com esta angústia, o façam”..As empresas florestais pediram hoje compensações pelas paragens e condicionamentos a que estão forçadas devido aos incêndios rurais.“Desde 2020 que as empresas florestais suportam custos da defesa das florestas contra os incêndios rurais. Mais uma vez, os governantes, através de despachos, proíbem de trabalhar as empresas florestais, sem que haja qualquer compensação pelas paragens ou pelos condicionamentos realizados”, apontou a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA).A associação defendeu que não existe qualquer argumento técnico ou científico para a proibição da sua atividade e disse esperar que, nesta altura, o Plano de Intervenção para a Floresta já tivesse alterado esta situação, dado a importância das empresas florestais para a redução do risco de incêndio.A ANEFA assinalou que estas empresas passam hoje por graves dificuldades devido ao aumento dos combustíveis e dos custos dos fatores de produção, avisando que não vão conseguir suportar mais uma paragem.“Como se sentiria o cidadão comum, se fosse proibido de trabalhar, sem razão aparente, não recebendo o salário respetivo, nem qualquer tipo de compensação, apenas por amor ao país?”, questionou..O primeiro-ministro disse hoje compreender as manifestações de indignação de quem tem estado a sofrer com os incêndios, mas garantiu que o Governo “está a dar o máximo” para tentar mitigar os fogos que lavram no país.Questionado pelos jornalistas sobre as críticas do presidente da Câmara de Vila Real sobre o combate ao incêndio que deflagrou em 02 de agosto em Sirarelhos, Luís Montenegro respondeu que existe um dispositivo de 15 mil operacionais e que todos os meios estão em prontidão.“Nós compreendemos que aqueles que têm sido confrontados com este drama possam às vezes ter manifestações de indignação, é normal, mas a verdade é que todos nós estamos a dar o máximo, todos nós queremos e vamos continuar a dar o máximo”, disse, acrescentando que o Governo está concentrado em diminuir riscos e em encontrar melhores respostas.Confrontado com as críticas, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração de um conjunto habitacional em Faro, Luís Montenegro acrescentou: “Nós estamos a dar tudo aquilo que temos para dar, estamos a fazer um esforço enorme e vamos continuar a fazer”, referiu.“Todos nós temos um espírito de unidade e solidariedade neste momento para podermos evitar perdas, para podermos diminuir o impacto negativo de um fenómeno que infelizmente não conseguimos travar, apesar de todo o esforço que temos vindo a fazer”, concluiu..Portugal continental teve até às 17:00 de hoje 61 incêndios, 18 deles iniciados de noite, com três mais preocupantes, nos distritos de Viseu, Guarda e Vila Real, segundo um balanço da Proteção Civil.Na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o Comandante Nacional, Mário Silvestre, disse que a luta contra os incêndios mobilizava 1.812 operacionais, com 467 meios terrestres e 128 missões aéreas.As ocorrências mais preocupantes eram esta tarde os incêndios em Tabuaço, Viseu, em Trancoso, Guarda e em Sirarelhos, Vila Real, onde têm ocorrido várias reativações. Esta tarde um outro incêndio preocupante deflagrou em Santiago do Cacém que mobilizava ao fim do dia 178 operacionais e seis meios aéreos, podendo ser necessário cortar a A2 ao trânsito, admitiu..O Governo decidiu prorrogar a declaração da situação de alerta, em todo o território do Continente, até às 23h59 desta sexta-feira dia 15 de agosto, anunciou esta terça-feira o ministério da Administração Interna através de um comunicado enviado às redações.Em causa, "uma vez mais, as previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndios rurais".Esta decisão vai permitir manter um dispositivo operacional reforçado e o reforço das ações de vigilância e fiscalização por parte da GNR, PSP e das Forças Armadas, explica o executivo liderado por Luís Montenegro..O presidente da Câmara de Trancoso afirmou hoje que se viveram “momentos de pânico” na localidade de Terrenho, onde o oficial de segurança conseguiu retirar os mais idosos para o edifício da junta de freguesia.“Cerca das 15:00 o vento mudou em direção à aldeia de Terrenho. Foi um vento muito forte que se fez sentir. Alertámos o oficial de segurança da localidade, cerca de meia hora antes, e ele conseguiu juntar as pessoas [mais idosas e com dificuldades de mobilidade] no edifício da junta [freguesia]”, afirmou Amílcar Salvador à agência Lusa.O autarca, que se encontrava na localidade de Terrenho, no concelho de Trancoso, adiantou que até ao momento não tem conhecimento da existência de quaisquer vítimas ou de casas de primeira habitação ardidas.“O incêndio entrou dentro da povoação. Foram autênticos momentos de pânico e de muito medo os que se viveram. Os bombeiros têm sido incansáveis. Estão exaustos e a população tem ajudado muito”, salientou.O presidente da Câmara de Trancoso, no distrito da Guarda, disse também que os prejuízos são enormes, sobretudo, ao nível de povoamentos de castanheiros, olivais, vinhas, pomares e terras de pasto.“Neste momento e grosso modo já devem ter ardido cerca de 12 mil hectares. O incêndio já atingiu 11 das 21 freguesias do concelho”, realçou.Amílcar Salvador fez um apelo à administração central para que ajude as populações afetadas.“Qualquer coisa tem de ser feita. Além da Câmara Municipal, forçosamente a Administração Central tem de ajudar estas populações”, sustentou.Segundo a Autoridade Nacional de Emergência Proteção Civil (ANEPC), às 18:30, no terreno estavam 598 operacionais, 202 viaturas e 11 meios aéreos a operar no combate às chamas.O combate ao fogo, que deflagrou na tarde de sábado, estava hoje a evoluir favoravelmente cerca das 12:00. Contudo, segundo o autarca de Trancoso, cerca das 15:00, surgiram ventos fortes com mudança de direção, o que veio a complicar o combate às chamas.A Câmara de Trancoso decidiu manter ativo o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil face “à situação de emergência causada pelo incêndio que afeta o concelho”, e na sequência da reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil.A autarquia já suspendeu a rega de espaços públicos e apelou à população para reduzir o consumo de água “ao estritamente necessário” e, com isso, contribuir para “salvaguardar este recurso essencial ao combate ao fogo”..A circulação rodoviária no Itinerário Complementar 1 (IC1) está cortada nos dois sentidos, desde as 17:00, devido ao incêndio que lavra na zona de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, revelou fonte da GNR.Em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Territorial de Setúbal da GNR indicou que o trânsito está cortado nos dois sentidos, ao quilómetro 613 do IC1, desde as 17:00, devido ao foco de incêndio que deflagrou pelas 16:40 na zona de vale da Eira, em Ermidas-Sado.“A alternativa ainda é a autoestrada (A2), mas há outras estradas regionais que podem ser opções” para os automobilistas, disse a mesma fonte, cerca das 18:20.. Contactado pela agência Lusa, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio, explicou que o foco eclodiu pelas 16:40 “na zona de Vale da Eira, entre Ermidas-Sado e Grândola”, concelho vizinho.“O incêndio está a queimar uma área de eucalipto, pinhal e mato”, revelou.. Segundo o comandante, “estava prevista a ocorrência de trovoada seca” para aquela zona pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e, antes de o fogo ter deflagrado, “houve pessoas que identificaram vários trovões no local”.As operações de combate ao incêndio mobilizavam, às 17:55, 172 operacionais, apoiados por 51 veículos e seis meios aéreos, todos eles aviões..Depois de o incêndio percorrer mais de 20 aldeias pela serra do Alvão, Vila Real, hoje é a população de Testeira que está em alerta por causa das chamas que queimam mato e pinhal por cima da localidade.Fernando Pimenta vive no topo da aldeia localizada numa das encostas da serra do Alvão. A agência Lusa encontrou-o com uma enxada na mão a olhar para o fogo que lavra lá em cima.“Quando vier por aí abaixo vai dar que fazer a todos”, comentou.Este é já o 11.º dia deste incêndio que começou às 23:45 do dia 02 de agosto, já esteve em conclusão e, desde sábado, sofreu duas reativações, uma no sábado e outra na segunda-feira à tarde.Desde que começou, este fogo já percorreu mais de 20 aldeias, serpenteando a serra entre os concelhos de Vila Real e de Mondim de Basto.Na segunda-feira à noite chegou perto de Testeira, mas pelo lado de baixo. Hoje é pelo topo da aldeia, mas, ao mesmo tempo, têm-se verificado outras reativações pelo enorme perímetro deste incêndio, como em Cravelas, e até novas ocorrências no concelho de Vila Real.“Isto está a ficar feio. Os meios aéreos abafaram, senão já estava aí”, comentou Fernando Pimenta, sem retirar o olhar da serra onde há mato e pinheiros ainda pequenos e que provavelmente renasceram depois de outros grandes incêndios que já queimaram esta zona. Ali no meio estão também 40 colmeias.No dia anterior, Fernando Pimenta deixou o trabalho que estava a fazer na zona da Campeã, por causa do aproximar do fogo da sua aldeia e hoje já nem foi trabalhar.Uma das suas preocupações foi com os 11 burros, que foi retirar do terreno onde pastavam para os colocar em lugar seguro.Ali no alto da aldeia tem a sua casa e o armazém e, por isso, diz que convém estar atento. “Quando se trata de ele [fogo] vir mesmo não é fácil e esta espera é angustiante porque pode correr tudo mal”, salientou.Aviões e helicópteros estão, desde amanhã, a operar na serra, mas o trabalho parece inglório, e as chamas continuam a avançar.“Os meios aéreos tudo bem, mas terrestres andam aí umas carrinhas pequenas dos bombeiros, deviam ter aqui uns carros grandes. Vão mandá-los quando, depois de passar o incêndio? Já ontem [segunda-feira] vimo-nos aí atrapalhados e desde que passou o pior não faltavam aí bombeiros, carros grandes pequenos, era tudo e mais alguma coisa”, salientou.Testeira é uma aldeia pequena, que se enche de emigrantes no verão. Armando Rosa chegou há uma semana e disse estar preocupado principalmente com o anoitecer, depois de os meios aéreos deixarem de atuar e, por isso, realçou que é preciso estarem atentos à serra.O fogo, referiu, percorre esta serra de “cinco em cinco anos ou de seis em seis”. “Aqui já é um ritual”, apontou.Na segunda-feira, Célia Pimenta pegou em giestas para ajudar a apagar o fogo que se aproximou da aldeia, mas hoje diz que está serena porque já vê muitos bombeiros pela aldeia.“Vivo no fundo do povo e vim dar uma volta para ver como está o fogo lá em cima. Até estou muito serena, faço confiança nos aviões, nos bombeiros e estou feliz porque hoje não está muito vento, porque se estivesse o vento que esteve no outro dia era um horror. Vamos ver no que é que isto vai dar”, afirmou, lembrando que “está tudo muito seco”.De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 17:30 estavam mobilizados para este incêndio, 422 operacionais, 144 viaturas e cinco meios aéreosNum outro incêndio, que deflagrou pelas 16:21, em Vila Cova, também na serra do Alvão, concelho de Vila Real, estavam 25 operacionais, cinco viaturas e um meio aéreo.Paula Lima (Lusa). O Exército português já mobilizou quase três mil militares para o combate aos incêndios no país, tendo atualmente 34 patrulhas diárias empenhadas na vigilância e deteção de fogos, divulgou hoje fonte daquele ramo das Forças Armadas.Numa nota enviada às redações, o Exército destaca a presença, neste momento, de três destacamentos de engenharia nas regiões de Trancoso e Tabuaço, para criar faixas de contenção, melhorar acessos e apoiar o combate direto, e de equipas de rescaldo em Vila Real e Ribeira de Pena para eliminar “combustão viva” e isolar “material em combustão lenta”.O Exército tem ainda equipas de vigilância e deteção “distribuídas por todo o território nacional, monitorizando riscos e atuando preventivamente para salvaguardar vidas e bens”.No total acumulado, este ramo das Forças Armadas mobilizou, este ano, 2.985 militares, e ainda 1.291 viaturas, tendo já percorrido perto de 225 mil quilómetros e acumulado 7.655 horas de missão distribuídas por 16 distritos.Neste momento, o Exército tem empenhadas, diariamente, 16 patrulhas de vigilância de deteção no âmbito do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, outro no âmbito municipal e dez no âmbito do Plano Revelles, totalizando 34 patrulhas diárias no terreno.Na nota enviada às redações, o Exército salienta o seu “esforço constante e determinado no combate aos grandes incêndios que assolam o país, atuando em múltiplas frentes para apoiar as populações e proteger o património natural”.A 18 de julho, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) anunciou que cerca de seis mil militares vão estar este ano envolvidos em operações de vigilância, dissuasão de incêndios rurais e sensibilização das populações..Este ano, em termos meteorológicos, está “muito próximo” dos “piores anos” das últimas décadas e poderá a ser “mais grave” do que 2017, quando se registaram trágicos incêndios no país, alertou o especialista em fogos florestais Domingos Xavier Viegas.“Tendo como referência alguns dos piores anos de que temos registo” – por exemplo, 2003, 2005, 2017, 2022 –, que “são dos piores anos” nas últimas décadas, “este ano está muito próximo desses” e “está a acompanhar muito de perto o ano de 2017” e “a ser, enfim, mais grave em termos de indicadores”, afirmou Viegas.O diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF), da Universidade de Coimbra, explicou, em declarações à Lusa, que com base em dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e de outros indicadores tem vindo a acompanhar a evolução das condições no centro do país que podem favorecer a ocorrência de incêndios rurais.Embora saliente que o IPMA terá “dados mais completos e mais extensos”, Xavier Viegas avançou que, com base num indicador “do sistema canadiano de indexação do perigo de incêndio”, chamado “índice de secura, que mede o estado de secura do solo”, de forma cumulativa, praticamente” há várias semanas que não chove no país, pelo menos” na região centro, e, portanto, “o estado de segura do solo vai-se agravando”.“Os combustíveis, não só os finos, secos, mortos, portanto, que esses secam muito rapidamente, mas outros”, os “arbustivos, que têm um tempo de resposta mais longo, também vão secando e a sua secura vai aumentando à medida que avançamos” na estação, salientou, notando que, “por isso, vão ficando cada vez mais disponíveis para arder”.Este ano, referiu, “esse índice tem vindo a aumentar a uma taxa igual ou superior à que aumentou em 2017”, quando se registaram “dois períodos muito maus”, em junho, provocando incêndios que vitimaram seis dezenas de pessoas, com “uma melhoria em meados de agosto”, mas depois com “um período de calor sem chuva” e, em outubro, outra vez “valores muito elevados do índice de secura”.O professor jubilado da Universidade de Coimbra admitiu que as chuvas do início do ano tenham agravado a situação, pois fez “com que crescesse muita vegetação, que agora ficou seca e “disponível para arder”, além de “algumas ações de limpeza da vegetação” realizadas terem acabado “por não ter efeito”, pois a “vegetação voltou a crescer”.“Aquilo que disse, (…) com base em dados de Coimbra, portanto aqui da região centro, é apenas válido para uma parte do território, porque seguramente há outras partes do território em que as condições são piores que estas”, frisou Domingos Xavier Viegas.Nesse sentido, perante as temperaturas elevadas no interior norte e centro, “de uma forma consecutiva”, e também no Alentejo e no sul, as condições podem ser “em termos relativos até piores” do que no centro, admitiu.Um dos programas da Universidade de Coimbra de medição do teor de humidade dos combustíveis da floresta é realizado com uma amostragem na Lousã, com combustíveis representativos do centro e norte do país, e Xavier Viegas salientou que o “teor de humidade para já dos combustíveis mortos é muito, muito baixo”.“Os dados que os meus colegas me facultaram indicam teores de humidade da ordem dos 4 ou 6%, que são valores que indicam um índice de perigo extremo. E os valores do teor de humidade dos arbustos” estão “entre os 5% mais baixos desde que temos registo há mais de 20 anos”, apontou.“Está, de facto, a ser um ano, deste ponto de vista, bastante mau, portanto, bastante perigoso. Oxalá as condições se alterem”, vincou o diretor do CEIF, acrescentando que a situação só poderá alterar-se com o aumento da humidade e com chuva.O especialista apelou ainda para que haja “muito cuidado da parte das pessoas”, se evite o uso do fogo e que haja novas ignições, pois, como tem acompanhado nas semanas anteriores, “lamentavelmente, continua a haver novas ignições todos os dias e isso é perfeitamente inexplicável”..O primeiro avião pesado de combate a incêndios florestais Canadair para substituir os que estão inoperacionais chegou ao início da tarde de hoje a Portugal e um segundo chegará “nos próximos dias”, segundo a empresa que opera estas aeronaves.“O primeiro avião Canadair de substituição da Avincis aterrou há momentos em Castelo Branco. Trata-se de um Canadair CL-215 com motor a turbina”, indicou à Lusa fonte oficial da Avincis, empresa responsável por estas aeronaves pesadas a operar em Portugal no combate aos incêndios.A mesma fonte indicou também que "o segundo Canadair chegará nos próximos dias”.“A Avincis mantém o seu total compromisso na substituição destas aeronaves para apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios em todo o país, no contexto da atual situação sem precedentes dos últimos dias”, acrescentou ainda a empresa.Estes aviões vão substituir os dois Canadair afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) que estão fora de serviço, estando também inoperacional um terceiro de substituição para atuar em caso de eventuais avarias.Na sequência destas avarias, Portugal acionou o mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos, que enviou dois aviões Canadair, que já estão hoje a combater os incêndios no país.Segundo o Ministério da Administração Interna, estes dois aviões pesados passaram a integrar o DECIR até ao final desta semana e estão a operar a partir da Base Aérea de Monte Real. .Perto de 1.200 operacionais estavam hoje, pelas 15h15, empenhados no combate aos três mais preocupantes incêndios em destaque pela Proteção Civil, que lavram em Vila Real, Tabuaço e Trancoso.Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, nos três fogos qualificados como ocorrências significativas estão empenhados 1.194 operacionais, apoiados por 396 meios terrestres e 21 meios aéreos.Os incêndios em Tabuaço (Viseu), Trancoso (Guarda) e Sirarelhos (Vila Real) estavam em curso, enquanto outros dois incêndios de dimensões significativas - em Alvite, Moimenta da Beira (Viseu) e Covilhã – se encontravam em resolução, sem perigo de propagação.O fogo que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, em zona de declive acentuado, lavra há 11 dias. Teve início às 23h45 do dia 02 de agosto, já esteve em conclusão e sofreu duas reativações no sábado e na segunda-feira à tarde.O incêndio, que teve início em Sirarelhos, estava a ser combatido por 368 operacionais, 124 meios terrestres e sete meios aéreos.Já o incêndio, que deflagrou na tarde de sábado, na zona de Freches, no concelho de Trancoso, estava hoje ao início da manhã dividido em quatro frentes, duas das quais já dominadas e em rescaldo, havendo outras duas que causavam preocupação.Pelas 15:15, encontrava-se a ser combatido por 581 operacionais, 193 meios terrestres e oito meios aéreos.O fogo que lavra na freguesia de Távora e Pinheiro, no concelho de Tabuaço, cujo alerta foi dado pelas 22h27 de domingo, às 15:15 mobilizava 245 operacionais, apoiados por 79 veículos e seis meios aéreos.Em Alvite, Moimenta da Beira (Viseu) encontram-se ainda mobilizados 61 operacionais apoiados por 16 meios terrestres, enquanto no fogo que deflagrou no domingo em Sobral de São Miguel, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, e que entrou em fase de resolução durante a manhã de hoje ainda estão empenhados 472 operacionais, 149 meios terrestres e três meios aéreos.Lusa.Os aviões Canadair de Marrocos já estão a atuar no combate ao incêndio em Trancoso, de acordo com a RTP. Estes aviões de combate a incêndios vão operar sempre em parelha, com tripulação marroquina, mas no avião líder segue a bordo um elemento português da força especial da Proteção Civil, ainda segundo a estação pública. O Ministério da Administração Interna, recorde-se, acionou o mecanismo de cooperação bilateral em matéria de Proteção Civil estabelecido com o Reino de Marrocos depois de Portugal ter ficado sem aviões Canadair. .Canadair já estão na Base de Monte Real. Aviso laranja devido ao calor prolongado até quinta em oito distritos.As chamas em Trancoso continuam a não dar tréguas às centenas de operacionais (581), apoiados por 193 viaturas e oito meios aéreos, de acordo com a informação disponibilizada na página da Proteção Civil.Este incêndio florestal deflagrou no sábado, na zona de Freches. Já em Vila Real, o incêndio, que começou a 2 de agosto, mobiliza mais de 300 operacionais e seis meios aéreos.Em Tabuaço, estão no terreno 245 operacionais que contam com o apoio de 79 viaturas e seis meios aéreos. .Um incêndio deflagrou ao início da tarde no último piso de um edifício onde funciona um alojamento local ao lado dos Armazéns do Chiado, na Rua Nova do Almada, em Lisboa.O fogo acabou por ser rapidamente extinto pelos Bombeiros Sapadores, não tendo sido necessário proceder à evacuação do prédio. Ainda assim os edifícios contíguos acabaram por ser afetados.De acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta foi dado às 12h53, tendo estado envolvidos 13 operacionais, apoiados por quatro viaturas.Acabou por ser um susto num local onde ocorreu um grande incêndio, a 25 de agosto de 1988, que afetou toda aquela zona da Baixa de Lisboa..Seis meios aéreos estavam mobilizados pelas 10:45 para o combate ao fogo que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, em zona de declive acentuado, segundo a Autoridade Nacional de Emergência Proteção Civil (ANEPC).Pelo terreno, segundo a ANEPC, espalham-se ainda 322 operacionais e 107 viaturas.Este é já o 11.º dia deste incêndio que começou às 23:45 do dia 2 de agosto, já esteve em conclusão e sofreu duas reativações no sábado e na segunda-feira à tarde.A reativação de segunda-feira e que ainda está em curso foi de grande intensidade, grande velocidade de propagação e levou a linha de fogo para as aldeias de Cravelas, Outeiro e Testeira.Esta amanhã, o segundo comandante sub-regional do Douro, José Requeijo, afirmou que o combate estava a “evoluir favoravelmente” e explicou que o fogo se desenvolve no alto da serra do Alvão, em zona de declives acentuados e de difíceis acessos, onde os meios aéreos podem representar uma ajuda importante.Através de uma mensagem de telemóvel enviada esta manhã, a ANEPC fez saber que se mantém, neste território, o risco extremo de incêndio.A serra do Alvão espalha-se por Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, e, no espaço de uma semana, já ardeu área dos quatro concelhos, em três incêndios diferentes (Sirarelhos, Pinduradouro e Alvadia).Lusa.Em Monte Gordo, no Algarve, o Presidente da República disse estar a acompanhar a situação dos incêndios, tendo revelado que falou esta terça-feira, 12 de agosto, com o secretário de Estado da Proteção Civil. "Disse que está convencido que na Covilhã está a haver de uma evolução favorável, vai concentrar mais meios nas frentes que ainda levantam alguma preocupação, nomeadamente em Vila Real. Ele está convencido que a temperatura melhora e a humidade sobe, dizem os especialistas, a partir de amanhã", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.O Presidente da República referiu que "compete ao Governo prolongar, ou não, mais um bocadinho esta situação de alerta", que termina na quinta-feira. "Achei-o [secretário de Estado da Proteção Civil] relativamente otimista. Hoje de manhã parecia mais otimista com a evolução meteorológica e com a possibilidade de os maiores fogos conhecerem, finalmente, uma situação de um mais duradouro controlo, o que não tem acontecido" devido aos reacendimentos e às condições meteorológicas, disse Marcelo Rebelo de Sousa. .A Polícia Judiciária ( PJ) deteve, na segunda-feira, 11 de agosto, dois suspeitos de atearem incêndios florestais em Pinhel e em Lousada. Através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, a PJ, com a colaboração da GNR, deteve em Pinhel "um homem pela presumível autoria de seis crimes de incêndio florestal, cometidos entre os passados dias 16 de julho e 9 de agosto, em diferentes locais daquele concelho"."O detido, com 58 anos, justificou os seus atos com problemas de alcoolismo e do foro mental, adiantando que ateou os incêndios sempre com chama direta, utilizando um isqueiro e álcool etílico", refere a PJ em comunicado enviado às redações.Também na segunda-feira, a PJ, com a colaboração da GNR, deteve "uma mulher", de 46 anos, "fortemente indiciada pela autoria de, pelo menos, um crime de incêndio florestal, ocorrido no passado dia 2 de agosto, na localidade de Lousada"."A ignição foi provocada com recurso a chama direta e algum lixo, para potenciar o desenvolvimento e teve uma rápida progressão, atendendo a que o índice de perigo de incêndio florestal era de Muito Elevado naquela área, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera", indica PJ.Os detidos vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação. .Um homem morreu num incêndio florestal na localidade de Tres Cantos, um subúrbio a norte de Madrid, anunciaram hoje as autoridades espanholas, que acionaram o nível de pré-emergência devido aos vários fogos ativos no país.O homem de 50 anos, que sofreu queimaduras em 98% do corpo na segunda-feira, é a primeira vítima mortal dos vários incêndios que afetam Espanha em plena vaga de calor.“Lamento profundamente a morte do homem que ficou gravemente ferido no incêndio florestal de Tres Cantos”, a 23 quilómetros a norte da capital, escreveu a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, nas redes sociais, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).Centenas de moradores foram retirados do bairro afetado, segundo as autoridades.O conselheiro do ambiente da região de Madrid, Carlos Novillo, disse durante a noite que o fogo se propagou por seis quilómetros em apenas 40 minutos.As autoridades regionais de Madrid anunciaram esta manhã nas redes sociais que a luta contra o incêndio tinha progredido favoravelmente durante a noite e que o fogo estava contido.Mas as praias de Tarifa, na Andaluzia (sul), foram novamente ameaçadas pelas chamas provenientes das florestas das montanhas vizinhas, obrigando milhares de turistas a abandonar a zona rapidamente.Estes dois novos incêndios vêm juntar-se a dezenas de outros em Espanha que estavam ativos hoje de manhã, e que obrigaram milhares de pessoas a abandonar as casas.Esta série de incêndios coincide com a vaga de calor que entrou hoje no décimo dia, com todas as regiões em alerta, incluindo as do Norte. As temperaturas máximas são de 40 graus Celsius (°C) e as temperaturas noturnas não descem abaixo dos 25 °C.Os corpos de bombeiros combatiam hoje de manhã múltiplos incêndios nas comunidades autónomas de Madrid, Andaluzia, Castela-Leão, Castela-A Mancha, Galiza e Extremadura, de acordo com a agência espanhola EFE.Lusa.O fogo que deflagrou no domingo em Sobral de São Miguel, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, entrou esta terça-feira (12 de agosto) em fase de resolução, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).No terreno mantinham-se, cerca das 09:00, 543 operacionais, 695 meios terrestres e três meios aéreos a combater as chamas, de acordo com a página da ANEPCA essa hora mais de dois mil operacionais combatiam os incêndios rurais em curso no continente português.Lusa.O combate ao incêndio que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, evoluiu favoravelmente, mantendo-se esta terça-feira, 12 de agosto, uma frente ativa em zona de declive acentuado e de falta de acessos, pelo que se espera pelo reforço de meios aéreos.A informação foi avançada pelo segundo comandante sub-regional do Douro, José Requeijo, que pelas 08:00 disse que o combate ao fogo “evolui favoravelmente”, depois de na segunda-feira à tarde ter sofrido uma forte reativação.Este é já o 11.º dia deste incêndio rural com início em Sirarelhos, para o qual foi dado alerta às 23:45 do dia 2 de agosto. O fogo já esteve em conclusão e, desde sábado, sofreu duas reativações. Hoje, está no alto da serra do Alvão.“Temos aqui a dificuldade de estarmos a fazer combate num terreno de serra, altitude, com difíceis acessos e declives acentuados, e, portanto, os meios aéreos aqui poderão ser uma ajuda favorável”, salientou José Requeijo, que adiantou terem sido pedidos helicópteros e aviões para esta ocorrência.Segundo o responsável, o arrefecimento “que vem das descargas dos meios aéreos permite que os meios de combate possam fazer uma progressão mais rápida”.“Temos tido um cenário mais favorável. Ontem [segunda-feira] a reativação ao final da tarde trouxe-nos alguma preocupação porque foi uma reativação com muita intensidade, com muita velocidade de propagação, levou a linha de fogo para as aldeias de Cravelas, Outeiro e Testeira. A nossa preocupação foi essa, de defesa das populações, felizmente sem qualquer dano nem nos habitantes, nem nas estruturas habitacionais. Tivemos essa capacidade de proteção”, salientou o comandante.Sobrou a atual “frente de trabalho, de combate, em zona de floresta”, mas a operação, reforçou, “tem corrido favoravelmente”.“Tivemos toda a noite com meios de combate a fazer estratégia para o dominar, neste momento estão a correr trabalhos favoráveis, as equipas estão colocadas, estão no terreno, esperemos que o cenário venha a ser favorável para o combate”, salientou.Questionado sobre as queixas do presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, que pediu mais meios para combater o fogo, a consumir o concelho em “lume brando”, José Requeijo disse entender o sentimento do autarca.“É natural, está a ver o seu território a ser consumido e ninguém fica tranquilo e sossegado com uma situação dessas. O facto é que temos realmente já muitos dias desta ocorrência, mas também estamos a viver um período e um estado metrológico em termos de temperatura, clima, todas estas condições que se juntaram, que é receita ideal para que haja esta situação e, portanto, o combate tem sido eficaz, os meios estão disponíveis, temos tido essa capacidade”, referiu.Lusa.São quatro os incêndios que continuam a lavrar em Portugal continental nesta terça-feira, 12 de agosto, sendo o de Trancoso o que mais meios mobiliza, com 705 operacionais no terreno, apoiados por 223 viaturas e dois meios aéreos, segundo a página da Proteção Civil."Infelizmente não está como gostaríamos, que era ter o incêndio em resolução. Infelizmente, mantemos duas frentes ativas, sendo que a frente mais próxima da Aldeia Velha está a ficar resolvida. Ainda está ativa mas, se tudo correr bem, durante a manhã de hoje, ficará resolvida e não oferece problema", afirmou o comandante sub-regional do Oeste, Carlos Silva, em declarações à RTP."Em relação à frente junto às populações de Corças e Castanheira, essa, sim, mantém-se ativa. É numa zona inacessível a veículos. Foi feito combate com material sapador e com água até onde foi possível mas, infelizmente, durante a noite tivemos uma reativação mais abaixo dessa posição e os meios já não conseguiram fazer face a intensidade das chamas", afirmou o responsável adiantando que a progressão dessa frente foi de cerca de 3,5 quilómetros."A mesma está agora a chegar a uma zona que oferece uma descontinuidade por um estradão, será uma oportunidade que vamos aproveitar com meios terrestres e meios aéreos", referiu ainda o comandante da Proteção Civil, dando conta que o vento, que "já se faz sentir nas terras mais altas", tem dificultado as ações de combate.A Câmara de Trancoso mantém ativo o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil face “à situação de emergência causada pelo incêndio que afeta o concelho” desde sábado, e já suspendeu a rega de espaços públicos, tendo apelado à população para reduzir o consumo de água “ao estritamente necessário” e, com isso, contribuir para “salvaguardar este recurso essencial ao combate ao fogo”.O fogo do concelho já terá consumido 8.000 hectares, sobretudo soutos, olivais e vinhas, indicou na segunda-feira o presidente da Câmara, Amílcar Salvador.No que se refere aos restantes incêndios, na Covilhã, mais concretamente em Sobral de São Miguel, as chamas estão a ser combatidas por 542 operacionais, com o auxílio de 169 viaturas e dois meios aéreos. Já o incêndio em Vila Real mobiliza mais de 300 operacionais e em Tabuaço estão no terreno 218 operacionais. .Mais de 130 municípios do interior Norte e Centro do país e da região do Algarve e um no Alentejo estão esta terça-feira, 12 de agosto, em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).Estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança, Guarda, Viseu e Castelo Branco e a maioria dos de Vila Real e Faro.Também em risco máximo estão dezenas de outros municípios dos distritos de Portalegre, Santarém, Coimbra, Leiria, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo, além do concelho de Almodôvar, em Beja.Em risco muito elevado estão cerca de 50 municípios nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portalegre, Beja e Faro.O IPMA colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e outros cerca de 30 municípios nos distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Santarém, Portalegre, Leiria, Braga e Viana do Castelo.Sob risco moderado estão dezenas de municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.Lusa.Bom dia,Acompanhe aqui a atualização sobre os incêndios que continuam a não dar tréguas aos bombeiros, num dia em se prevê que as temperaturas cheguem aos 44º C em Beja.Devido ao tempo quente, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu até quinta-feira o aviso laranja, o segundo mais grave, em metade dos 12 distritos onde já vigorava.Segundo o IPMA, vão estar até às 18:00 de quinta-feira sob aviso laranja os distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja. Nos distritos de Vila Real, Viseu, Santarém, Lisboa, Setúbal e Faro o aviso laranja passará a amarelo às 18:00 de hoje.Também sob aviso laranja, por causa da “persistência de valores muito elevados da temperatura”, estão as regiões montanhosas da Madeira, até às 18:00 de quarta-feira.Sob o nível amarelo, o menos grave de uma escala de três, estão até às 18:00 de quinta-feira os distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto e até às 18:00 de hoje os distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria.Também sob aviso amarelo, por causa da persistência do tempo quente, está a costa Sul da Madeira, até às 18:00 de quarta-feira.O Governo renovou a situação de alerta no país até quarta-feira, dia 13 de agosto, devido ao risco de incêndio florestal.O IPMA prevê para hoje a continuação do tempo quente, com céu pouco nublado e poeiras em suspensão, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e trovoadas, em especial no interior.Está igualmente prevista uma pequena subida da temperatura mínima e uma pequena subida da máxima no litoral norte e centro.As temperaturas mínimas vão variar entre os 16º (graus Celsius), em Leiria e Viana do Castelo, e os 29º (Portalegre), e as máximas entre os 27º (Viana do Castelo) e os 44º (Beja).DN/Lusa.Canadair já estão na Base de Monte Real. Aviso laranja devido ao calor prolongado até quinta em oito distritos.DGS reforça recomendações com a saúde na onda de calor