O Ministério da Educação, Ciência e Inovação abriu mais 1800 vagas para Educadores de Infância e para os professores dos Ensinos Básico e Secundário em Quadros de Zona Pedagógica das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve, no âmbito de um novo concurso externo extraordinário.De acordo com um comunicado emitido pelo ministério de Fernando Alexandre, estas vagas foram abertas "em zonas do país sinalizadas com carência de docentes" e "procuram fixar professores através de um vínculo estável e permanente, sendo esta uma das formas de responder às dificuldades das escolas localizadas naqueles territórios em recrutar professores". Também é "uma forma de combater o desafio do envelhecimento do corpo docente".Segundo a Portaria que fixa as vagas, publicada em Diário da República, mais de metade das vagas (983) são no Quadro de Zona Pedagógica (QZP) 45 (que inclui os concelhos de Vila Franca de Xira, Loures, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Odivelas e Lisboa). Seguem-se 350 vagas no QZP 46 (Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela, Sesimbra e Setúbal); 135 para os QZP 54 a 58, que abrangem a região do Alentejo; e 280 para as QZP do Algarve (59 a 63)."Considera-se um QZP carenciado aquele que regista uma insuficiência estrutural de docentes, ou seja, quando o número de horários completos e anuais sem professores colocados é superior à média registada, no ano letivo de 2024-2025, na totalidade dos quadros de zona pedagógica", explica a nota..Livre quer que futuros professores possam estagiar com duas turmas e remuneração a 14 meses. O prazo para apresentação da candidatura termina às 23h59 do dia 14 de novembro.Além das 15 medidas previstas no Plano + Aulas + Sucesso, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação anunciou ainda medidas adicionais para combater a situação dos alunos sem aulas por períodos prolongados: a realização de concursos externos extraordinários e a criação de um apoio financeiro à deslocação de professores para regiões com dificuldades em atrair docentes, o que no ano letivo passado "permitiu apoiar 2807 docentes colocados nas 234 escolas sinalizadas com carência de professores".O ministério sublinha que "a falta de professores afeta de forma severa o normal funcionamento das escolas e prejudica as aprendizagens dos alunos, comprometendo o percurso escolar de milhares de crianças e jovens e prejudicando o desenvolvimento do seu potencial, assim como a imagem e a qualidade da escola pública"..Subsídio de alojamento pode ajudar a resolver falta de professores. "A Educação é um processo contínuo e a interrupção prolongada da aprendizagem provoca danos profundos, pondo em causa o futuro dos jovens, as expetativas das famílias e o investimento do Estado numa Educação geradora de igualdade de oportunidades", conclui a nota.