Uma mulher de 31 anos entrou em trabalho de parto em casa, na última sexta-feira, 19 de setembro, em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos. O alerta foi dado para a GNR, que se deslocou de imediato ao local.Os militares prestaram os primeiros cuidados até à chegada dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos e de uma viatura do INEM, que assegurou a assistência clínica e transportou a mãe e o bebê para o hospital.O episódio soma-se a outros casos recentes de partos fora das unidades de saúde. Segundo dados divulgados nesta semana pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, entre 2022 e setembro deste ano nasceram 513 bebés em casa, 103 em ambulâncias e 58 na via pública.Só em 2025 já se registaram 32 nascimentos em ambulâncias, mais do que no total de 2024. A ministra sublinhou no Parlamento que os partos em casa estão a aumentar e que “nunca são seguros”, ainda que sejam uma opção das famílias.Os números têm sido usados para criticar o encerramento temporário de urgências de Ginecologia-Obstetrícia, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo. Ana Paula Martins afastou essa ligação, defendendo que a tendência resulta sobretudo de escolhas pessoais e não da reorganização dos serviços.Apesar disso, o Governo anunciou a criação de uma urgência regional de Ginecologia-Obstetrícia na Península de Setúbal, a funcionar no Hospital Garcia de Orta, para reforçar a resposta e garantir um serviço permanente..De 2022 até agora, nasceram 513 bebés em casa, 103 em ambulâncias e 58 na via pública.Ministra confirma que urgência regional para Ginecologia-Obstetrícia na Península de Setúbal avança em breve