Um homem de 34 anos, suspeito de ser o autor de um assalto a uma ourivesaria, em Esposende, com recurso a arma de fogo, a 21 de janeiro deste ano, "foi localizado e detido em Alicante, Espanha", informou esta sexta-feira, 19 de setembro, a Polícia Judiciária (PJ). No âmbito de uma "estreita cooperação judiciária internacional, com as congéneres do Reino de Espanha e do Reino Unido", a Guardia Civil cumpriu o mandado de detenção europeu, emitido pelo Tribunal de Portimão, para "cumprimento de 16 anos de prisão, a que foi condenado pela autoria de um homicídio qualificado, ocorrido na madrugada de 25 de abril de 2022, quando se encontrava acompanhado da vítima, numa unidade hoteleira em Albufeira", refere a PJ em comunicado enviado às redações.Na sequência do assalto à ourivesaria, "foi iniciada uma investigação por parte da PJ, que culminou com a identificação do suspeito, um cidadão estrangeiro, com eventual paradeiro em Espanha", refere a Polícia Judiciária.Após o assalto em Esposende, o Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ levou a cabo diligências, no âmbito da investigação, "em conjunto com entidades diplomáticas, com a Guardia Civil e com a National Crime Agency do Reino Unido, que permitiram identificar o autor". O suspeito acabou por ser ainda associado a "outros crimes de roubo de viatura, falsificação de documentos e a um outro assalto a uma ourivesaria, também na cidade de Esposende, ocorrido a 14 de abril deste ano", detalha a polícia portuguesa. "Com a recolha ativa de informação, e em estreita colaboração com as congéneres do Reino de Espanha e do Reino Unido, foi então possível localizar o paradeiro do indivíduo em Alicante", lê-se na nota sobre a detenção do suspeito. Com uma "vasta ficha biográfica por crimes violentos", a atuação criminal do detido foi "alvo de grande repercussão nos meios de comunicação social do Reino Unido", indica também a PJ.Após a detenção, seguem-se os trâmites relacionados com a extradição do suspeito para Portugal. .PJ detém 64 suspeitos de burla qualificada e branqueamento que causaram prejuízos de 14 milhões de euros.PJ detém líder de grupo criminoso que usava Portugal para traficar toneladas de canábis para Europa e África