PJ detém líder de grupo criminoso que usava Portugal para traficar toneladas de canábis para Europa e África
Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

PJ detém líder de grupo criminoso que usava Portugal para traficar toneladas de canábis para Europa e África

O suspeito, de 48 anos, foi detido nos Países Baixos e já extraditado para Portugal. Operação girava à volta da exportação de canábis medicinal.
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A Polícia Judiciária anunciou esta sexta-feira, dia 12, que foi possível localizar, deter e extraditar para Portugal um dos principais líderes de um “grupo criminoso dedicado à introdução de grandes quantidades de canábis em vários mercados europeus e africanos”.

A PJ, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes e da Unidade de Cooperação Internacional, participou numa operação internacional tendo o suspeito, de 48 anos, sido detido nos Países Baixos e extraditado, na quinta-feira, dia 11, para Portugal.

“A investigação em apreço iniciou-se no princípio de 2022, no âmbito da cooperação policial internacional e em estreita colaboração e articulação com as autoridades policiais e judiciárias da Espanha (Polícia Nacional), na sequência da qual foram apreendidos, numa primeira fase, um total de cerca 1.200 Kg de anfetaminas, em concreto 3-CMC e 3-MMC, e, numa segunda fase, mais de 7000 Kg de canábis, na operação 'Erva Daninha' (participaram nessa operação 300 inspetores, 48 peritos e 24 segurança da PJ, seis magistrados do Ministério Público e três juízes)”, explicou a PJ em comunicado.

Do grupo criminoso faziam parte “cidadãos nacionais e estrangeiros”, que procederam à “aquisição de empresas farmacêuticas e se infiltraram em diversas sociedades comerciais licenciadas para o comércio por grosso, importação e exportação de canábis medicinal”.

“Conhecendo as falhas e vulnerabilidades do sistema de fiscalização e controlo de exportações de canábis medicinal no nosso país, aproveitaram-se e diligenciaram no envio de vários milhares de quilos de canábis para mercados ilícitos, utilizando documentação e certificados falsos”, acrescenta a Polícia Judiciária, que em articulação com o DCIAP de Lisboa, em função dos indícios recolhidos, desenvolveu depois a investigação em território nacional e em vários países da Europa para “recolher elementos de prova e parar a atividade ilícita que estes vinham desenvolvendo durante os últimos meses”.

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