A ministra da Administração Interna determinou o reforço da PSP no aeroporto de Lisboa por militares da GNR, em condições que estão neste momento a ser definidas entre os comandos de ambas as forças de segurança, sabe o DN por fontes que estão a acompanhar o processo."Confirmo que foi dada indicação para se proceder ao apoio no aeroporto de Lisboa. Os termos estão a ser coordenados", assegurou ao DN o porta-voz do comando-geral da GNR.A medida de exceção está prevista no despacho conjunto de outubro passado que criou uma "equipa especial para a gestão dos fluxos de passageiros" nos aeroporto de Lisboa e Faro."Sempre que se revele necessário, a Guarda Nacional Republicana e a Agência para a Integração, Migrações e Asilo, I. P (AIMA) poderão ser chamadas a intervir nos trabalhos da equipa especial, assegurando a disponibilização dos meios necessários à prossecução das respetivas ações", está escrito no documento assinado pelos ministros das Finanças, Joaquim Sarmento, da Presidência, António Leitão Amaro, das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, da Justiçam Rita Júdice, e da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral.Nos últimos dias, conforme o DN já noticiou, tem-se agravado a situação no aeroporto Humberto Delgado, situação essa que já tinha sido classificada, no referido despacho há mais de dois meses como tendo "impacto no conforto e segurança dos passageiros e na imagem e economia do país".O DN já contactou o gabinete da ministra Maria Lúcia Amaral e a direção nacional da PSP, para explicarem exatamente em que termos se vai concretizar este reforço, e aguardamos resposta.À partida, algumas questões legais e operacionais se colocam: a segurança e controlo das fronteiras aéreas são da competência exclusiva da PSP; a GNR não tem formação para a fronteira aérea que são diferentes dos das fronteiras marítimas onde atua.Porém, não é a primeira vez que a GNR vai reforçar a PSP no aeroporto de Lisboa. Em fevereiro de 2024, a GNR disponibilizou 17 militares para assumir o lugar de agentes da PSP no controlo de fronteira, para prevenir perturbações operacionais causadas por faltas devido a baixas médicas. Nessa altura, a situação do aeroporto Humberto Delgado era “preocupante e crítica”, na avaliação da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP, o maior sindicato dos polícias) por causa do número de agentes em baixa médica, mais de metade dos 90 que estão no controlo de fronteiras - a Divisão do aeroporto tem mais de 300 elementos, mas estão destacados para várias outras tarefas de segurança aeroportuária.De acordo com um ofício interno da GNR com o assunto “Apoio operacional nos postos de fronteira aéreos”, assinado na altura, o pedido foi feito pelo então pelo diretor nacional-adjunto para a Segurança Aeroportuária e Controlo Fronteiriço da PSP, superintendente-chefe Pedro Teixeira, solicitando à GNR “apoio temporário” para os aeroportos. Em atualização