A Polícia de Segurança Pública (PSP) deu início esta segunda-feira, 13 de outubro, a uma operação de âmbito nacional intitulada "Bullying é para fracos" e que tem por objetivo alertar para os sinais e efeitos que estes comportamentos têm nas vítimas.Até dia 24, através das Equipas do Programa Escola Segura (EPES), a PSP vai sensibilizar a comunidade escolar e os encarregados de educação para este problema, ajudando a identificar comportamentos e sinais que permitam detetar, de forma precoce, vítimas que estejam a ser alvo destes fenómenos e promovendo a sua proteção e encaminhamento para as entidades competentes.Em comunicado, a PSP alerta para os sinais a que se deve estar atento: perturbações alimentares e/ou do sono; desinteresse por atividades que as cativavam; quebra do rendimento escolar; mudança de amigos; tentativas e/ou ameaças de suicídio. Deve haver ainda uma especial atenção para a existência de hematomas, cortes, arranhões; dores de cabeça e de barriga; material escolar danificado ou que desaparece; ansiedade/depressão; gressividade/timidez ou isolamento.Segundo a PSP, para ajudar as vítima não se deve discriminar ou censurar, deve-se inclui-las nas atividades do grupo e incentivar à prática de atividades de que gostam, além de promover a autoestima. FInalmente, não se devem partilhar conteúdos representativas destes comportamentos na internet.No ano letivo 2024/2025, a PSP realizou 6.336 ações de sensibilização sobre bullying e cyberbullying que contaram com a participação de mais de 131.200 alunos.Das 2.791 ocorrências criminais registadas pelas Equipas do Programa Escola Segura no último ano letivo, 130 estão relacionadas com situações de bullying e 21 estão relacionadas com situações de cyberbullying, representando um decréscimo residual em comparação com o ano letivo anterior. Estas 151 ocorrências correspondem a 5,4% do total das ocorrências criminais verificadas no último ano letivo. A PSP explica que o bullying e o cyberbullying não são crimes, mas antes comportamentos violentos suscetíveis de interferir, de forma negativa, no crescimento físico, emocional e psicológico das vítimas. Para serem classificados como tal, devem obedecer a três requisitos cumulativos: tem de existir um desequilíbrio de poder entre a vítima e o agressor (bullie); tem de haver uma manifesta intenção, por parte do agressor, em causar algum tipo de sofrimento na vítima; e tem de ser uma prática reiterada no tempo.A PSP alerta ainda que o cyberbullying, por ocorrer no espaço digital, acarreta uma série de problemas acrescidos em comparação com o bullying, pois "prolonga-se 24h por dia, é indelével e a vítima sente que não tem onde se refugiar, nem por um curto período de tempo". "Isto faz com o que o cyberbullying acabe por causar danos ainda mais nefastos nas vítimas, apesar de não ser praticado de forma presencial", alerta..PSP registou 130 situações de bullying e 21 de cyberbullying nas escolas no último ano letivo.'Bullying', indisciplina e confronto físico diminuíram nas escolas sem telemóveis