A bebé nascida de uma mãe que morreu no hospital Amadora-Sintra também não sobreviveu. O óbito foi declarado por volta das 7h00 deste sábado, 01 de novembro. A notícia foi avançada inicialmente pela SIC Notícias.A criança era uma menina e filha de uma paciente que estava grávida de 38 semanas e faleceu na noite de quinta-feira. A bebé nasceu de cesariana e tinha o "prognóstico muito reservado".A cidadã, da Guiné-Bissau, havia ido ao hospital no dia anterior por sentir-se mal e foi diagnosticada hipertensão. Recebeu medicação e foi enviada para casa com indicação de internamento às 39 semanas, segundo o hospital. Mas, horas depois, na madrugada, voltou ao local com paragem cardiorespiratória e faleceu.A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito e vai trabalhar em conjunto com a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), tendo o Ministério Público também aberto um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. O DN sabe também que a Ordem dos Médicos já solicitou informação ao hospital sobre as circunstâncias em que aconteceu esta morte.O DN apurou que a grávida terá chegado a Portugal no dia 3 de setembro, tendo conseguido uma primeira consulta para 15 dias depois no Hospital Amadora-Sintra. A primeira consulta foi realizada a 17 de setembro, tendo a doente chegado sem história clínica, mas com a ideia de realizar ali o parto. Foi consultada fez exames de rotina e saiu nessa altura já com a marcação da consulta para dia 29 outubro, quando completava as 38 semanas.A morte da paciente causou repercussão política, com José Luís Carneiro, líder dos socialistas, a exigir o apuramento de “todas as responsabilidades”, considerando o primeiro-ministro responsável pelo “falhanço clamoroso” na saúde.No mesmo dia em que a grávida faleceu, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tinha uma audição agendada no Parlamento para falar do Orçamento de Estado 2026. Com a cobrança sobre o assunto, recusou demitir-se. “Não, não demito”, disse a governante depois de a deputada do Chega, Marta Silva, lhe perguntar se não ia fazer o mesmo que fez a sua antecessora, Marta Temido..Ministra manifesta "pesar" e apresenta "condolências à família e amigos"A ministra da Saúde apresentou as condolências à família pela morte de uma grávida de 36 anos e, um dia depois, do seu bebe recém-nascido no hospital Amadora-Sintra, "partilhando a dor por esta tragédia".A bebé nasceu de uma cesariana de emergência na Unidade Local de Saúde Amadora/Sintra e morreu neste sábado de manhã, 1 de novembro, um dia após a morte da mãe, que deu entrada no hospital na madrugada de sexta-feira já em paragem cardiorrespiratória. A mãe de 36 anos e grávida de 38 semanas tinha estado na quarta-feira numa consulta de rotina, tendo sido então mandada para casa.Numa nota enviada para a Lusa, o Ministério da Saúde "manifesta o seu profundo pesar" pelo falecimento do bebé, explicando que "a criança não resistiu às lesões sofridas após a mãe ter entrado em paragem cardiorrespiratória no seu domicílio". "A ministra da Saúde apresenta sentidas condolências à família e amigos pela morte desta mulher e do seu bebé, partilhando a dor por esta tragédia", acrescenta o gabinete de Ana Paula Martins. .Ministério Público e IGAS abriram inquéritos à morte de grávida de 38 semanas no Amadora-Sintra. Hospital diz que protocolo foi seguido.Carneiro responsabiliza PM por “falhanço clamoroso” na saúde e pede responsabilidades sobre morte de grávida