Luís Montenegro e o filho na terra-natal, em Espinho.
Luís Montenegro e o filho na terra-natal, em Espinho.Artur Machado / Global Imagens

Terra-natal de Montenegro no centro da polémica: Ricardo Sousa acusa líder do PSD de ajuste de contas

Jurista foi aprovado pela concelhia, mas foi Jorge Ratola, atualmente assessor de Montenegro, a ser indicado. Queixa foi enviada ao Tribunal Constitucional.
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Ricardo Sousa apresentou queixa no Tribunal Constitucional contra a candidatura do PSD a Espinho. Isto após a jurisdição nacional do partido ter negado o pedido para impugnar a indicação de Jorge Ratola como cabeça de lista. Esse nome foi encontrado à revelia da concelhia do partido, contrariando os estatutos do PSD.

A situação remonta a novembro de 2024, quando Ricardo Sousa foi selecionado candidato das eleições autárquicas por unanimidade dos membros da secção local do partido (à qual o próprio preside), após o que o PSD nacional avocou o processo. Em julho, fez saber que o cabeça de lista seria afinal Jorge Ratola ― ex-vice-presidente da Câmara de Aveiro, então adjunto do primeiro-ministro e atualmente seu assessor. Na altura, Sousa mencionou tratar-se de um "ajuste de contas pessoal" de Luís Montenegro.

À Lusa, o jurista salienta, que em "pelo menos mais 18 concelhos" houve candidatos definidos em data anterior à aprovação do tal documento e que nem por isso essas escolhas foram posteriormente inviabilizadas pelas instâncias superiores do partido, "caindo assim por terra o argumento de que o desrespeito por um pretenso calendário poderia ser causa de exclusão da candidatura".

"Os estatutos são claros: a secção propõe o nome do candidato, a distrital aprova e a nacional homologa. Mas este princípio estatutário foi completamente subvertido, porque o nome indicado pela Secção de Espinho nunca foi submetido a votação na reunião da Distrital, como impõem os estatutos", declarou.

Às eleições de 12 de outubro em Espinho também concorre o BE com Rita Ribeiro, a IL com José Ilídio Sá, a CDU com Pilar Gomes, o PS com Luís Canelas e, a título independente, Maria Manuel Cruz.

Também no PS há polémica porque a atual presidente da Câmara, eleita anteriormente pelos socialistas, se desvinculou do partido desde que o PS preferiu o seu vereador como cabeça de lista.

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