José Luís Carneiro reuniu-se esta segunda-feira (29 de dezembro) com António José Seguro, o primeiro encontro divulgado público à Imprensa em Lisboa desde o anúncio do apoio socialista ao ex-secretário-geral, a 18 de outubro. E não há dúvidas para o atual líder do partido. Carneiro, que se manifestara concentrado no trabalho parlamentar, até pelo Orçamento do Estado, está agora disponível para entrar em campanha com o candidato presidencial apoiado pelo partido por ampla maioria. "Todo o PS está mobilizado para estar com António José Seguro. Contará com todo o apoio, com todo o empenhamento, com toda a mobilização dos socialistas de todo o país”, reiterou José Luís Carneiro aos jornalistas.Até aqui, Carneiro tinha vindo a público criticar Gouveia e Melo no dia 10 de dezembro, após o candidato se "arvorar de candidato do PS", defendendo, como tal Seguro. Há uma semana, enviara uma mensagem de apoio novamente. Há uma nítida alteração de prioridades e o secretário-geral estará em campanha, promete, "sempre que se justifique oportuno e adequado”, a primeira das vezes logo no arranque oficial da campanha, domingo, na apresentação da comissão de honra da candidatura.Após uma hora e meia de reunião, afinaram-se discursos e ideias a defender. Para já, o voto vindo da esquerda reúne prioridade. "Há um “património de princípios e de valores defendidos a partir da Presidência da República por Mário Soares e Jorge Sampaio e Seguro tem todas essas qualidades. É para o PS um orgulho ter um candidato com as suas qualidades. Não está em causa o mérito, a respeitabilidade, a legitimidade de todas as outras candidaturas à esquerda do PS, mas é para todos evidente que só uma candidatura tem condições para ir à segunda volta e, mais uma vez, deixo ficar um apelo às outras candidaturas para que procurem avaliar a possibilidade de apoiarem a candidatura do António José Seguro na medida em que é a única que pode ir à segunda volta”, reiterou, fazendo, o apelo público ao voto útil. Ainda que agora o PS esteja mais mobilizado para o apoio a Seguro, acreditando na ida do socialista à segunda volta, o PS não tem tido qualquer contacto junto de PCP, Bloco de Esquerda ou Livre para promover uma desistência das candidaturas de António Filipe, Catarina Martins ou Jorge Pinto.Porém, não apenas à esquerda se joga para o PS. Piscando o olho ao centro e à moderação, até face aos resultados eleitorais preciosos em capitais de distrito a concorrer a solo, a intenção é capitalizar votos de outros quadrantes. Ao DN, José Luís Carneiro admitiu a ideia. "Era muito importante que o povo de esquerda, mas também os democratas do centro e até do centro-direita, concentrassem os seus votos em Seguro", vincou em entrevista de balanço face aos seis meses como secretário-geral.As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026. Concorrem a estas eleições 11 candidatos, um número recorde..Presidenciais: Seguro contesta no Tribunal Constitucional boletins de voto com nomes excluídos. TC diz ter cumprido a lei.Presidenciais. José Luís Carneiro e António José Seguro afinam ideias em reunião esta segunda-feira