O CDS-PP tem um nome perto do consenso para as Presidenciais’2026. Paulo Portas, presidente de 2007 a 2016, seria parte integrante da estratégia para revitalizar o partido e colocá-lo, entendem os militantes, na luta por uma segunda volta presidencial. Nuno Melo, presidente dos centristas, assumiu há 11 dias que ninguém “duvidará que se Paulo Portas quisesse ser candidato presidencial teria o partido todo com ele”. A declaração pública, com vista a convencer Portas à corrida, não tem tido desenvolvimentos, segundo o DN pôde apurar, mas deu sequência ao que Paulo Núncio, deputado e líder da bancada parlamentar, dissera ao DN, admitindo que a hipótese de “candidatura própria” era equacionada. A vontade tem vindo a aumentar devido ao facto de os partidos no Parlamento terem representação na corrida presidencial: António Filipe concorre pelo PCP, Catarina Martins pelo Bloco de Esquerda, Marques Mendes é apoiado pelo PSD, Cotrim de Figueiredo pela IL e André Ventura pelo Chega. António José Seguro deve receber apoio do PS no dia 19 de outubro, faltando, portanto, Livre, PAN e JPP.Portas é, atualmente, comentador na CNN, tem cargo de professor adjunto na NOVA SBE, e tem-se colocado à margem da política nos últimos anos. O número elevado de candidatos, que vai atingir, provavelmente, o recorde, demove-o, nesta altura, uma possível corrida eleitoral, ainda para mais estando ciente de que a dispersão de votos poderá ver-se mais à direita.O CDS-PP aguarda definições, estabeleceu que abordaria o tema no pós-autárquicas, mas não se revê em Gouveia e Melo, sentindo que o almirante tem perdido fulgor nos últimos meses e que tomou determinadas posições públicas que, segundo o CDS-PP, o colocam à esquerda do que entendem ser a ideologia política necessária.Como o DN escreveu, fora do acordo de coligação governamental com o PSD ficou a questão presidencial. Apesar de terem feito jornadas parlamentares conjuntas em julho e de Lobo Xavier, Conselheiro de Estado e ex-dirigente do CDS-PP, ter dito que Marques Mendes era o candidato a apoiar e admitir que poderia “pressionar” o CDS-PP nesse sentido, dois meses depois não se vislumbraram aproximações ao social-democrata. De acordo com o que o DN pôde aferir, há uma sensação conjunta de que o CDS-PP deverá afastar-se do PSD nesta matéria e apresentar um candidato próprio, até porque o momento para o reconhecimento do Estado da Palestina por Luís Montenegro não foi apoiado pelo CDS-PP. .Nuno Melo nega que reconhecimento da Palestina abra brechas na coligação governativa.Belém: há nove candidatos e recorde está à vista