As pensões continuam a ser um dos temas mais quentes do Orçamento de Estado e ainda passíveis de ver alterações na especialidade. O Governo propôs aumentos extraordinários, o PS e o Chega defendem aumentos permanentes, embora com formas diferentes de lá chegar. André Ventura avançou intenção de aumentos de 1,5% em pensões até aos 1567 euros e defendeu, em conferência de Imprensa, que “há margem" para entendimentos conjuntos. “Há condições para que os três maiores partidos venham a chegar a, não sei se um entendimento ou um consenso, mas acho que há margem para que os três maiores partidos cheguem pelo menos a uma conclusão afirmativa de que aumentar as pensões hoje em Portugal não é uma questão orçamental, não é uma questão de 2025 nem de 2026, é um desígnio histórico”, afirmou o presidente do Chega e candidato presidencial também. O Governo falou em “curta margem negocial", Ventura disse acreditar no “esforço” de Montenegro, mas não deu alternativas para a compensação financeira da medida, insistindo ainda na manutenção do desconto sobre os produtos petrolíferos.A proposta socialista, por outro lado, passa por transformar o eventual bónus do Governo aos pensionistas num aumento permanente das pensões em 2027, caso haja margem estrutural. Se tal não existir, o PS pede que o Governo não baixe o ponto de IRS previsto para descer em 2027. A intenção do Partido Socialista é não desequilibrar o Orçamento, que já considera estar a empolar receita. Por isso, em nome da estabilidade, tem proposta mais conservadora. De qualquer modo, a aprovação de uma das propostas quanto às pensões será importante para a definição de votação na especialidade. .Carneiro desafia Montenegro a fazer aumento permanente das pensões mais baixas .Redução da carga fiscal e aumento das pensões entre condições do Chega para negociar Orçamento de Estado 2026