Carlos Moedas tomou esta terça-feira, 11 de novembro, posse como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Neste caso, reeleito na capital depois da vitória autárquica de dia 12 de outubro. No discurso, perante as presenças notadas de figuras proeminentes do PSD, como Cavaco Silva e Sebastião Bugalho, Moedas lembrou-os, assim como a Pedro Passos Coelho, mas não mencionou Luís Montenegro. O primeiro-ministro, que já não estivera na vitória eleitoral de Moedas, festejando antes no norte as conquistas, ouviu ainda assim exigências. “Exigimos ao Governo mais Polícia de Segurança Pública e mais Polícia Municipal. É um imperativo. Continuaremos a colocar mais vídeo-proteção e voltaremos aos guardas noturnos”, disse, enquanto percorria os planos do programa eleitoral 2025-2029.Continuou, declarando a “habitação como prioridade máxima”, prometendo “700 casas a reabilitar nos bairros históricos da cidade para arrendamento acessível para jovens”, vincando que “100 estão já a ser reabilitadas”, além das novas centralidades em Chelas, Vale de Santo António, Casal do Pinto e Quinta do Ferro.Na higiene urbana, anunciou o “fim da delegação de competências entre a Câmara e as Juntas de Freguesia na limpeza e recolha dos ecopontos”, na saúde programas de “rastreio gratuito do cancro do pulmão e do cancro do cólon para todos os lisboetas.”Vincou a importância da “requalificação da Tapada das Necessidades e da transformação do Parque Papa Francisco e a renovação do Parque de Monsanto.” Na mobilidade, diz ser “tempo de iniciar dois grandes projetos ligando Lisboa a Loures e a Oeiras através de um novo Metrobus e de um novo elétrico.”Terminou a intervenção com farpas a quem possa fazer força de bloqueio na Câmara. “O pior que poderíamos fazer à democracia seria impor-lhe as nossas idiossincrasias – e tal vale para quem governa, como para quem está na oposição. Quem exerce o governo deve governar, dialogando e encontrando compromissos. E quem exerce a oposição deve deixar governar, fiscalizando a ação de quem governa. Tendo em conta a pluralidade das forças que compõem o executivo, não nos podemos esquecer quem os lisboetas mandataram para governar”, asseverou, em claro recado a Alexandra Leitão e ao PS e restante coligação Viver Lisboa (seis vereadores), à CDU (João Ferreira como vereador) e ao Chega (dois vereadores). Sobre a alegada possibilidade de o Chega integrar o Executivo, o que terá sido vetado pela Iniciativa Liberal, não houve qualquer resposta..Chega sugere que Iniciativa Liberal bloqueou entrada no executivo de Carlos Moedas.Câmara de Lisboa. Liberais ficam com o pelouro da Economia, CDS-PP com Ação social