O primeiro-ministro Luís Montenegro declarou esta manhã, 04 de outubro, que não está preocupado com um possível chumbo do Orçamento do Estado 2026. “Não me parece que haja razões para estar preocupado ou menos otimista”, disse o social-democrata, que está em campanha autárquica no Norte do país. Mais afirmou "não vislumbrar razões" para a reprovação do OE no Parlamento. A declaração aos jornalistas ocorreu no município de Chaves, onde apoia o candidato do PSD Marcelo Delgado. Ainda sobre o OE, admitiu que podem ocorrer "acertos" e garantiu que vai ocorrer um “diálogo que iniciar-se-á depois do debate da Assembleia da República”.Ao mesmo tempo, salientou que os maiores partidos da oposição "terão a responsabilidade" pela aprovação, sem citar o Partido Socialista (PS) e o Chega. Recorda-se que a proposta do Governo foi aprovada em Conselho de Ministros na sexta-feira, 03 de outubro. O documento deverá ser entregue no Parlamento na próxima sexta-feira, 10 de outubro, dando início ao processo orçamental, que terminará no dia 28 de outubro com a votação na generalidade. A proposta será votada na especialidade no dia 27 de novembro.Recusa de venda de armas a IsraelOutro assunto comentado pelo primeiro-ministro foi a polémica na base das Lajes. Montenegro recusou "uma venda de armamento a Israel" e qualquer coisa que pode ser entendida neste sentido. “Nós não interviemos em nenhum ato que pudesse ser entendido como uma venda de armamento a Israel. Foi uma escala de aviões [na base das Lajes], não propriamente de armamento", declarou.Em causa está a passagem pela base de três aviões F-35 americanos para serem entregues a Israel, numa operação para a qual não teve informação e, como tal, não deu a respetiva informação. O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) assumiu esta falha. A pasta de Paulo Rangel declarou que houve "óbvia uma falha de procedimento, contrária às instruções internas dadas pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros"..Governo aprova proposta de Orçamento do Estado e nome de Álvaro Santos Pereira para o Banco de Portugal.Alívio fiscal no Orçamento do Estado para 2026 pode chegar a mil milhões de euros