Dino D'Santiago nasceu em Quarteira, há 42 anos.
Dino D'Santiago nasceu em Quarteira, há 42 anos.Paulo Spranger

Marques Mendes anuncia Dino D’Santiago como mandatário da Cultura, Diversidade e Inclusão

Músico aceitou convite do candidato à Presidência da República, que destacou o papel do filho de cabo-verdianos “no combate a todo o tipo de discriminação”. Escolha foi criticada por André Ventura.
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A candidatura presidencial de Marques Mendes confirmou nesta quinta-feira que o músico Dino D'Santiago será o mandatário da Cultura, Diversidade e Inclusão do atual conselheiro de Estado e antigo líder do PSD, que é um dos mais bem posicionados nas intenções de voto para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Chefe de Estado.

No comunicado divulgado nesta manhã, a candidatura de Marques Mendes recorda que o cantor e compositor, nascido há 42 anos em Quarteira (Loulé), e filho de imigrantes cabo-verdianos, recebeu a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2023. E que essa distinção “significou o reconhecimento do contributo para a criação musical em língua portuguesa e para a sua projeção no mundo”, bem como do seu “papel na promoção do diálogo cultural entre os povos que falam português“ e do “empenho na defesa da igualdade e no combate a todo o tipo de discriminação”.

Dino D’Santiago, que se tornou mais conhecido pela sua colaboração com a norte-americana Madonna, quando a artista conhecida por “rainha da pop” residiu em Portugal, já tinha divulgado, nas suas redes sociais, que aceitara o convite de Marques Mendes.

Nas redes sociais, André Ventura reagiu à confirmação da escolha de mandatário do rival nas eleições de 18 de janeiro de 2026, escrevendo que Marques Mendes “já era o candidato do sistema” e tornou-se o “candidato imprestável para a Nação”. Isto porque, aludindo a declarações proferidas por Dino D’Santiago, defendeu que o músico “quer mudar a letra do Hino Nacional e diz que Portugal é racista “. Em 2023, numa conferência dedicada aos 50 anos do semanário Expresso, Dino D'Santago sugeriu a criação de um novo hino, "menos belicista".

O Chega também já criticou publicamente os contratos públicos assinados por entidades como a Câmara de Lisboa, com a empresa Batuku Roots e a associação Mundu Nôbu, criadas por Dino D'Santiago. Em sentido contrário, a concelhia de Loulé do PSD criticou a autarquia algarvia, então liderada pelo socialista Vítor Aleixo, por contratar o músico para um espectáculo em 2021, quando este integrava a Comissão de Honra da sua recandidatura.

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