O almirante na reserva Henrique Gouveia e Melo é o candidato às eleições presidenciais que capta maior número de apoios “desalinhados” das orientações partidárias, incluindo um ex-líder do PSD e dois do CDS-PP.A candidatura do antigo chefe do Estado-Maior da Armada, que se apresenta como uma figura independente, fora do sistema partidário, tem agregado apoios oriundos de diversos partidos, nomeadamente ex-líderes, a começar pelo seu mandatário nacional, Rui Rio, que foi presidente do PSD.O partido liderado por Luís Montenegro já declarou apoio oficial a Luís Marques Mendes, também antigo presidente dos sociais-democratas, assim como o CDS-PP.Na área centrista, Gouveia e Melo reúne o apoio de dois ex-presidentes do CDS-PP, que votarão "desalinhados" da orientação oficial do partido: José Ribeiro e Castro e Francisco Rodrigues dos Santos.Na lista de apoios públicos do almirante na reserva surgem vários antigos governantes do PSD como Fernando Negrão, António Martins da Cruz, Ângelo Correia ou António Capucho, o ex-presidente do Governo Regional da Madeira Alberto João Jardim, assim como autarcas da área social-democrata como Carlos Carreiras (Cascais), Isaltino Morais (Oeiras, e também antigo ministro do Ambiente), e Fernando Seara (ex-presidente da Câmara de Sintra).Gouveia e Melo conta também com o apoio de dois ex-ministros da Saúde do PS, António Correia de Campos e Manuel Pizarro, do ex-secretário de Estado socialista Ricardo Pinheiro e do antigo deputado do PS Diogo Leão.Recentemente, também o antigo primeiro-ministro e ex-secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou que irá votar no almirante por considerar que é o candidato que reúne melhores condições para combater a extrema-direita.Sobre estas afirmações, Gouveia e Melo disse apenas que o antigo governante votará em quem desejar, afastando-se desse apoio.No boletim de candidatos às eleições presidenciais, Luís Marques Mendes também reúne vários apoios “desalinhados”.É o caso do atual presidente da Câmara Municipal de Fafe (município onde Marques Mendes cresceu), o socialista Antero Barbosa, e de dois antigos secretários de Estado do PS, em governos liderados por António Costa: João Sobrinho Teixeira e José Gomes Mendes.Uma das figuras que também já declarou publicamente que irá votar em Marques Mendes é a antiga deputada e ex-militante da Iniciativa Liberal, Carla Castro, que chegou a concorrer à liderança do partido contra Rui Rocha e integra a comissão de honra da candidatura do social-democrata.André Ventura, presidente do Chega, é apoiado na corrida a Belém pelo antigo governante e ex-militante do PSD Rui Gomes da Silva, seu “ministro sombra” na área da Justiça, que surgiu inicialmente como apoiante de Gouveia e Melo.Também António José Seguro, cuja candidatura é apoiada pelo PS, reúne alguns “desalinhados” como o ex-dirigente do PSD Vasco Rato (que em 2006 demitiu-se da Comissão Política Nacional do PSD quando Marques Mendes era líder e é conotado como próximo do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho), o antigo vice-presidente do CDS João Varandas Fernandes ou o militante da IL Ricardo Valente, que chegou a ser vereador na Câmara Municipal do Porto quando Rui Moreira era presidente.Seguro é também apoiado por Ricardo Sá Fernandes, antigo dirigente e militante do Livre.João Cotrim de Figueiredo, antigo líder da Iniciativa Liberal, é apoiado por figuras como José Miguel Júdice, que já foi militante do PSD e é o mandatário nacional da candidatura do liberal a Belém.Cotrim conta ainda com o apoio da antiga deputada do PSD Liliana Reis ou do ex-dirigente e fundador do Chega Nuno Afonso.À esquerda, a candidata apoiada pelo BE, Catarina Martins, terá o voto da deputada socialista Isabel Moreira, que votará “desalinhada” do apoio do PS a Seguro. .Marques Mendes abriu e encerrou o "debate bastante vivo" entre André Ventura e João Cotrim de Figueiredo.Seguro espera publicar este sábado todas as entidades das quais recebeu dinheiro