António José Seguro, candidato à Presidência da República
António José Seguro, candidato à Presidência da RepúblicaJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Seguro espera publicar este sábado todas as entidades das quais recebeu dinheiro

Candidato declarou que enquanto consultor teve “qualquer contacto” com a administração central. Mas diz: "Vou também publicar, amanhã [sábado] espero eu, todas as entidades que eu recebi dinheiro".
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O candidato presidencial António José Seguro anunciou esta sexta-feira, 19 de dezembro, que vai publicar a lista das entidades das quais recebeu dinheiro, quer diretamente quer através das empresas, assegurando que nunca teve contacto com a administração central ou com o Governo.

À margem de um encontro sobre Cultura que promove esta sexta-feira em Lisboa, António José Seguro foi questionado sobre a lista de 22 clientes divulgada esta sexta-feira pelo seu opositor Luís Marques Mendes, reiterando que no seu caso assume “total transparência” e que já submeteu no Portal da Transparência todas as declarações que a lei exige.

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Marques Mendes divulga 22 clientes e desafia candidatos a revelarem tudo o que possa constituir “conflitos de interesses”

“Mas vou para além disso. Vou também publicar, amanhã [sábado] espero eu, no site da minha candidatura, todas as entidades que eu recebi dinheiro, quer que recebi dinheiro diretamente, quer que recebi dinheiro das minhas empresas”, anunciou.

O candidato presidencial apoiado pelo PS declarou que “nunca no exercício de consultoria, de gestão e de operacionalização de negócios” teve “qualquer contacto” com a administração central ou com gabinetes ou membros de governo”.

“É também importante, para além de se divulgar aquilo que são os nossos clientes, ter a oportunidade para dizer com clareza que nunca houve nenhuma ação junto da administração pública e dos governos que ponha em causa alguma compatibilidade nesta matéria”, enfatizou.

Sobre o desafio da candidatura de Marques Mendes para que os restantes candidatos assumissem a mesma transparência, Seguro considerou não ser para si porque essa mensagem tinha “dois destinatários muito claros”.

“Toda a minha vida foi uma vida de transparência. Eu sempre defendi uma separação completa entre os negócios e a vida pública e apesar de não estar há 11 anos na vida pública, a minha última declaração de rendimentos e de património é de 2014, eu já submeti no portal da transparência todas as declarações que a lei me exige”, disse.

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O antigo líder do PS recusou fazer campanha com estas matérias e reiterou que, para si, “a transparência é elementar” porque “quem não deve, não deve”.

“E por isso aquilo que eu vou fazer é divulgar aquilo que eu considero que são elementos importantes para eu poder ser escrutinado no exercício do meu mandato, se merecer, como espero a confiança dos portugueses”, observou, insistindo que se apresenta "com total transparência e com uma vida limpa".

O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou esta sexta-feira uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentário e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.

Numa lista enviada à Lusa pela sua candidatura, encontram-se como clientes da sociedade LS2MM, Lda., no âmbito de consultoria estratégica: a Alberto Couto Alves, SGPS, SA; a Associação Portuguesa dos Industriais de Engenharia Energética (APIEE); a Atrys Portugal Centro Médico Avançado, SA, do Porto; a Denominador Comum – Consultoria de Negócios, SA, com sede na Póvoa de Lanhoso; e a Painhas SA, com sede no Porto.

À Lusa, o diretor de campanha, Duarte Marques, desafia os restantes candidato, “a bem da transparência”, a divulgarem “tudo o que se possa suscitar conflitos de interesses”.

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