Políticos, jornalistas, figuras da televisão e populares marcaram presença no velório do antigo primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC Francisco Pinto Balsemão, entre a tarde e a noite de hoje.O velório abriu ao público, na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, depois das 18h30, após um período reservado à família e pessoas mais próximas.Logo na primeira hora passaram pelo velório as mais altas entidades do Estado.O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, chegaram e saíram juntos, depois de permanecerem cerca de uma hora no interior da igreja.Antes, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, esteve no local durante cerca de dez minutos.Mais tarde, chegou aos Jerónimos o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, acompanhado pela mulher, Manuela Eanes.Também marcaram presença os antigos primeiros-ministros Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho - que quis aguardar na fila de acesso geral do público, prescindindo do direito protocolar de passar à frente.Do atual Governo PSD/CDS-PP, passaram pelos Jerónimos os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Justiça, Rita Alarcão Júdice, do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, e das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.Compareceram também a antiga candidata presidencial Ana Gomes, os candidatos a Presidente da República António José Seguro, antigo secretário-geral do PS, Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD, e Jorge Pinto, deputado do Livre.Estiveram presentes antigos ministros, como João de Deus Pinheiro, Fernando Faria de Oliveira, Basílio Horta, Luís Pedro Mota Soares, Pedro Siza Vieira, António Vitorino e Guilherme d'Oliveira Martins.O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, também marcou presença.O líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, e vários deputados do PSD, incluindo a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais, passaram igualmente pelo velório. Sérgio Sousa Pinto, João Soares, Isabel Soares, Pedro Roseta, Filipa Roseta e Francisco Louçã foram outras das figuras que prestaram homenagem a Pinto Balsemão.Entre personalidades da televisão e do jornalismo, tanto do universo da Impresa quanto de outros grupos de comunicação, estiveram presentes nomes como Bárbara Guimarães, João Baião, Andreia Rodrigues, Daniel Oliveira, Ricardo Costa, António José Teixeira, Clara Ferreira Alves e Ricardo Araújo Pereira.A fila de acesso à igreja estendeu-se até ao cruzamento entre a Praça do Império e a Rua dos Jerónimos durante a maior parte do tempo da realização do velório, e a entrada na igreja prolongou-se para além da hora prevista para o final, até às 22:30.Pelo facto de Balsemão ter sido primeiro-ministro, as cerimónias fúnebres têm honras militares, com escolta de cadetes das academias dos três ramos militares (Exército, Marinha e Força Aérea).Na missa, que se realiza na quinta-feira às 13:00, também no Mosteiro dos Jerónimos, será ainda prestada guarda de honra por militares da Força Aérea, uma vez que Balsemão foi oficial deste ramo.O funeral será reservado à família.O Governo decretou dois dias de luto nacional, hoje e quinta-feira, coincidindo com as cerimónias fúnebres.Lusa. antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho recordou Francisco Pinto Balsemão como "uma figura marcante da democracia" portuguesa e admitiu que o PSD de hoje é diferente do de então, o que considerou natural."Tudo o que não evolui, morre. As instituições são outras, o passado que temos atrás de nós foi muito importante para definir o que somos e como aqui chegámos, mas não é o que nos define para o futuro", afirmou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, à saída do velório de Pinto Balsemão, que decorre no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.Depois de ficar mais de uma hora na fila, - recusando vários convites para passar à frente pelo protocolo, como as outras altas individualidades - Passos sublinhou que acompanhou desde muito jovem o percurso político de Balsemão, tendo participado aos 16 anos no Conselho Nacional que o designou primeiro-ministro em 1980, após a morte trágica de Francisco Sá Carneiro."Ele é com certeza uma das personalidades que figurará entre as mais significativas e as maiores do nosso Portugal dos últimos 50, 60 anos", destacou.Passos lembrou os tempos conturbados, politica e economicamente, mas recusou fazer quaisquer paralelismos com os executivos que liderou entre 2011 e 2015, quando o país estava sob assistência financeira."São questões muito diferentes, não queria estabelecer esse tipo de paralelo, são circunstâncias mesmo muito diferentes", disse.Já questionado se o PSD de hoje ainda está no mesmo sítio da sua fundação por Pinto Balsemão, Passos considerou que não"Não pode estar, porque o Portugal de hoje não é o Portugal de 1974. Todos nos deslocámos, não foi só o PSD, foi o país inteiro, não há nenhuma similitude entre as expectativas que existiam em 1974 e aquilo que se tinha seguido à Revolução, com aquilo que se passa hoje, é completamente diferente", disse.O antigo presidente do PSD considerou que a mudança aconteceu no mundo inteiro, admitindo que hoje "existe um vento que sopra com mais força do lado da direita"."Isso evidentemente não é eterno, mas significa que os problemas hoje são problemas muito diferentes daqueles que enfrentávamos em 1974, as respostas não podem ser as mesmas, a maneira de pensar não pode ser a mesma", considerou.Questionado diretamente se o PSD navegou um pouco mais para a direita, Passos lembrou que também o PS evoluiu em Portugal, porque "tudo o que não evolui, morre"."As instituições têm de se adaptar aos novos desafios, aos novos tempos, assim como as pessoas têm hoje expectativas muito diferentes daquelas que tinham quando estavam a construir uma sociedade democrática, que hoje é uma sociedade que está construída, tem os seus problemas, evidentemente, tem os seus desafios, mas são de outra natureza", disse.Sobre Pinto Balsemão, Passos Coelho quis destacar, além dos contributos na vida política e para a liberdade de imprensa, outros dois que considerou estarem a ser menos falados.Por um lado, o papel que teve para que Portugal subscrevesse avanços importantes na participação das mulheres na vida cívica e, na frente externa, "na reaproximação de Portugal com as suas ex-colónias, com os países africanos de língua oficial portuguesa"."Foi a primeira grande reaproximação do Governo português com os governos desses países", salientou.Em resumo, considerou que Pinto Balsemão foi "uma figura que marca de uma forma muito significativa aquilo que foi a sociedade portuguesa, a cultura portuguesa, a democracia portuguesa"..O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes elogiou hoje o contributo de Francisco Pinto Balsemão para a democracia, destacando a sua ação como primeiro-ministro "numa altura de grande crispação", que acompanhou enquanto chefe de Estado.Ramalho Eanes compareceu hoje à noite no velório de Francisco Pinto Balsemão, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, acompanhado pela mulher, Manuela Eanes, e falou aos jornalistas à saída da igreja.O antigo Presidente da República elogiou o papel de Balsemão "na conquista da democracia" e "da liberdade e da independência da comunicação social" e na fundação do então PPD, atual PSD, "um partido extremamente importante na altura e ainda hoje"."Como todos os homens, terá tido os seus defeitos e os seus erros, mas acho que a sua ação foi extremamente importante na luta pela democracia, e isso desde os tempos da Ala Liberal, na sua luta por uma democracia mais livre, mais autêntica, mais responsável", declarou.Depois, Ramalho Eanes destacou a ação governativa de Balsemão, recordando o período em que coincidiram como Presidente da República e primeiro-ministro, entre 1981 e 1983.Segundo Eanes, "foi particularmente importante" a ação de Balsemão como primeiro-ministro "numa altura de grande crispação, de grandes dificuldades" em Portugal, "e da qual ele se saiu com sucesso e desenvolveu com patriotismo".O antigo chefe de Estado considerou ainda que Balsemão teve uma ação "notável na libertação e independência da comunicação social" e realçou a criação do Expresso e da SIC."Acho que se poderia dizer que a ação dele foi uma ação de excelência, e que também se poderá dizer, sem exagero, que ele tem direito a permanecer na memória dos portugueses", concluiu.A seguir, Manuela Eanes quis "sublinhar que o doutor Balsemão teve sempre ao seu lado uma mulher que é um exemplo de dignidade, de espírito de solidariedade, de espírito de família", Mercedes Balsemão, "e que tem uma obra, que como sabem é a SIC Esperança, uma obra importante no aspeto social". . O Presidente da República e o primeiro-ministro chegaram hoje juntos ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde antes esteve o presidente da Assembleia da República, para o velório de Francisco Pinto Balsemão.Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro chegaram perto das 19:00, no mesmo carro, à entrada da Igreja de Santa Maria de Belém, onde decorre o velório do antigo primeiro-ministro e fundador do PSD, sem prestar declarações à comunicação social à entrada.Antes, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, esteve no local durante cerca de dez minutos.Também marcaram presença os antigos primeiros-ministros Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho – que quis aguardar na fila de acesso geral do público, prescindindo do direito protocolar de passar à frente..O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes recordou hoje Francisco Pinto Balsemão como “um cavalheiro da democracia”, que não tinha problemas com discordâncias de opinião.O atual autarca da Figueira da Foz falava à saída do velório de Pinto Balsemão, que morreu na terça-feira aos 88 anos, que decorre na igreja do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa.“Eu não conheci ninguém como o dr. Francisco Pinto Balsemão, com a capacidade de aceitar de bom grado e com respeito as diferenças de opinião, porque mesmo os democratas, os maiores democratas, às vezes têm dificuldade”, salientou.Santana Lopes recordou-o como “um cavalheiro da democracia, uma figura que sabia estar bem com todas e todos”.“É um momento muito raro de unanimidade no pronunciamento de outros setores políticos sobre ele”, afirmou.Questionado se o fundador do PSD foi “um pouco mal-amado” no seu partido, admitiu que sim, até por si próprio.“Se calhar houve uma altura em que ele era primeiro-ministro e eu também era do grupo dos críticos”, disse.Lusa.O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou hoje a perda de "um amigo querido", referindo-se a Francisco Pinto Balsemão, que descreveu como "um estadista notável” e “uma figura mediática brilhante"."Sobre o falecimento de Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro-ministro de Portugal, acabámos de ouvir o secretário-geral e ele disse que Portugal perdeu um estadista notável e uma figura mediática brilhante, e perdeu um amigo querido", afirmou o porta-voz adjunto de Guterres, Farhan Haq, no habitual 'briefing' diário à imprensa, em Nova Iorque..O Conselho de Administração da RTP manifestou "o seu mais profundo pesar" pela morte de Francisco Pinto Balsemão, "uma figura incontornável na defesa do jornalismo livre, independente e rigoroso, com um percurso que tem como marcos mais decisivos a fundação do semanário Expresso em 6 de janeiro de 1973 e posteriormente da SIC, o primeiro canal privado de televisão em Portugal, em 6 de outubro de 1992"."Ao longo do seu trajeto, sempre defendeu que a autonomia financeira dos projetos editoriais era essencial para preservar a sua independência de todos os poderes e deu provas de que aplicava a si mesmo essa defesa da liberdade de informação, mesmo quando era ele o objeto das notícias dos media", pode ler-se numa nota enviada às redações.O Conselho de Administração da RTP diz que o fundador do grupo Impresa era alguém "sempre atento aos novos desenvolvimentos no setor" e que "dedicou os últimos anos a acompanhar as transformações radicais que o setor dos media foram conhecendo em todo o mundo, nomeadamente na área digital, com implicações profundas nos antigos modos de produção"."Nunca deixou de se considerar jornalista e a prova disso é que ainda este ano conduziu um conjunto alargado de conversas com personalidades nacionais, disponibilizadas sob a forma de podcasts. A ideia que transmitiu sucessivamente foi a de que gostaria, através de tudo o que realizou na sua vida, de deixar um mundo melhor do que aquele que tinha encontrado", acrescenta o comunicado, que "considera que cumpre a todos os que trabalham no setor nunca deixar cair o exemplo e o legado de Francisco Pinto Balsemão em prol da independência dos media e da liberdade de informação dos jornalistas"..O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considera que Francisco Pinto Balsemão merece um "lugar de destaque" na História de Portugal, pelo seu percurso político mas também pela criação de "órgãos de comunicação social de referência"."Pela sua ação decisiva em prol do País, nomeadamente na defesa da liberdade política e da democracia – enquanto deputado da Ala Liberal, fundador do PSD e Primeiro-Ministro – e na defesa da liberdade de opinião e independência da imprensa – com a criação de órgãos de comunicação social de referência, como o Expresso e a SIC –, Pinto Balsemão merece lugar de destaque na memória dos Portugueses e na história do nosso País", afirma António Ramalho Eanes numa declaração escrita enviada à agência Lusa.Eanes e Balsemão mantiveram divergências e relações tensas quando o primeiro era Presidente da República e o segundo primeiro-ministro. Mas logo na introdução do seu livro "Memórias", Pinto Balsemão considera Ramalho Eanes uma das figuras mais marcantes com quem contactou, a par de Sá Carneiro, José Pinto Leite e Mário Soares..O cardeal Américo Aguiar enalteceu esta quarta-feira o papel de Francisco Pinto Balsemão na afirmação do Portugal democrático e a “sua missão na sociedade portuguesa” através do grupo Impresa.Numa nota enviada à Lusa, o bispo da diocese de Setúbal prestou homenagem e manifestou gratidão pela forma como Francisco Pinto Balsemão contribuiu para a construção da democracia, nomeadamente através do jornal Expresso e do canal de televisão SIC, pertencentes ao grupo Impressa, que fundou e ao qual presidia.A título pessoal, Américo Aguiar agradeceu o acolhimento de Pinto Balsemão na PMP - Plataforma dos Media Privados desde 2015, na qual o bispo participou como representante do Grupo Renascença Multimédia. aque presidiu entre 2016 e 2023.A Plataforma de Media Privados (PMP) é uma associação sem fins lucrativos que representa os principais grupos de media privados do país, incluindo a Cofina, Global Media, Impresa, Media Capital, Público e Renascença Multimédia, que tem como função defender a liberdade de imprensa e promover iniciativas relacionadas com a indústria da comunicação social.DN/Lusa.O primeiro-ministro, Luís Montenegro, cancelou toda a agenda até ao final das cerimónias fúnebres de Francisco Pinto Balsemão.O velório de Francisco Pinto Balsemão realiza-se hoje a partir das 18:30 em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, e a missa decorre no mesmo local às 13:00 de quinta-feira. O funeral será reservado à família.Fica em aberto se o chefe do Governo ainda poderá participar em parte do Conselho Europeu que se realiza em Bruxelas na quinta e sexta-feira.Luís Montenegro tinha inicialmente previsto na agenda de hoje o debate preparatório do Conselho Europeu na Assembleia da República, que também foi cancelado, tal como todo o plenário de hoje e quinta-feira.O primeiro-ministro cancelou também a viagem já hoje para Bruxelas, na qual participaria no jantar informal com o Presidente do Egito por ocasião da Cimeira UE-Egito..O 'chairman' e a presidente executiva (CEO) da Sonae consideram que Portugal perdeu uma "figura maior" da democracia e da sua liberdade com a morte de Francisco Pinto Balsemão, "um homem com visão"."O país perdeu ontem [terça-feira] uma figura maior da sua democracia e da sua liberdade", disseram Paulo Azevedo e Cláudia Azevedo à Lusa.Francisco Pinto Balsemão "foi um homem de visão, coragem e serviço público — um dos construtores do Portugal moderno", prosseguiram os dois gestores, numa mensagem conjunta."No seu percurso político, teve um papel decisivo na consolidação da democracia, e como primeiro-ministro marcou uma era de compromisso institucional e de defesa dos valores democráticos", sublinharam.No jornalismo e nos media "deixou uma marca incomparável: fundador do Expresso e da SIC, foi pioneiro na criação de um espaço mediático livre, plural e de excelência", destacam.Paulo Azevedo e Cláudia Azevedo apontam que a "sua defesa intransigente da liberdade de imprensa foi, e continuará a ser, uma referência para todos os que acreditam que uma sociedade informada é a base de uma democracia sólida".Na Sonae, "reconhecemos em Francisco Pinto Balsemão um exemplo de liderança com propósito e impacto, cujos valores de independência, integridade e inovação espelham muitos dos princípios que procuramos viver no nosso dia a dia".A visão de Francisco Pinto Balsemão "ajudou a moldar o país onde crescemos, vivemos e construímos", sublinham ainda."O país perde uma referência e a nossa família perde um amigo. À família Balsemão deixamos, com enorme respeito e carinho, os nossos sentimentos e um abraço sentido", remataram o presidente da Sonae e a CEO do grupo.DN/Lusa.Os filhos de Francisco Pinto Balsemão destacaram esta quarta-feira, numa carta aos trabalhadores da Impresa, que o legado do pai é eterno e que dele fazem parte todos os que colaboram com o grupo."É um dia muito difícil para todos nós. Achámos que não chegaria porque começámos a acreditar que Francisco Pinto Balsemão – pai, marido, avô, jornalista, empreendedor – era eterno. Como todos se recordarão, as frases sobre o futuro eram iniciadas pelo fundador da Impresa com a expressão 'Se eu um dia morrer…'. Mas o seu legado é eterno. E o seu legado somos todos nós", disseram os filhos na carta a que a Lusa teve acesso.Leia mais aqui:.Filhos de Balsemão destacam legado do pai. "Começámos a acreditar que era eterno". Os plenários da Assembleia da República de hoje e quinta-feira foram cancelados com a concordância de todos os partidos devido ao luto nacional pela morte de Francisco Pinto Balsemão, disse à Lusa fonte do gabinete do presidente do parlamento..A CIP – Confederação Empresarial de Portugal manifestou esta quarta-feira o seu pesar pela morte do empresário Francisco Pinto Balsemão. “Cultivou sempre, em todas as atividades políticas, empresariais e jornalísticas a que se dedicou, os valores da liberdade, da tolerância e do liberalismo, tendo dado contributos muitos relevantes para tornar a sociedade e a economia portuguesas mais abertas e com mais concorrência”, diz o organismo em comunicado.A CIP lembra que, como primeiro-ministro teve uma “intervenção decisiva” na revisão constitucional de 1982, “a qual diminuiu a carga ideológica da primeira versão da Constituição da República Portuguesa, permitiu alguma flexibilização da atividade económica e substituiu o Conselho da Revolução pelo Tribunal Constitucional, elementos que foram decisivos para a normalização do país e para a consolidação do seu processo democrático e da sua abertura ao exterior”.Como jornalista e empresário de meios de comunicação social, lembra a criação do Expresso e realça que o suplemento de Economia se tornou “um dos fóruns mais qualificados de debate sobre o mundo empresarial em Portugal”.Para a confedereção, o lançamento da SIC “foi outro contributo inestimável de Francisco Pinto Balsemão para tornar Portugal um país mais moderno, mais aberto à concorrência, com maior escrutínio, e com instituições económicas, sociais e políticas mais plurais e de melhor qualidade”..O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo decidiu reservar as suas ações de campanha a uma esfera privada, sem presenca da comunicação social."Por respeito à memória e por terem sido decretados dois dias de luto nacional pelo falecimento do Dr. Francisco Pinto Balsemão, as iniciativas públicas desta candidatura previstas para hoje e amanhã, passam a ter um carácter reservado, sem a presença da comunicação social", lê-se num comunicado da candidatura do almirante.Em declarações aos jornalistas, em Braga, o candidato presidencial destacou o papel de Francisco Pinto Balsemão na defesa da liberdade de imprensa, sublinhando que “não há nenhuma democracia no mundo sem uma imprensa verdadeiramente livre”.“Não há nenhuma democracia no mundo sem uma imprensa verdadeiramente livre. E o Presidente da República deve ter isso como preocupação, deve ter isso na sua mente e na sua magistratura de influência e noutro qualquer poder que possa utilizar, deve pugnar e tentar que esse pilar da democracia que é uma imprensa livre faça o seu papel com toda a liberdade e com toda a isenção”, apontou.Para o candidato presidencial, uma democracia sem a liberdade de imprensa “não existe, não tem viabilidade”. .A Câmara Municipal de Lisboa decretou dois dias de luto municipal, nesta quarta e quinta-feira (22 e 23 de outubro), em homenagem a Francisco Pinto Balsemão. A autarquia expressou o seu profundo pesar pela perda de uma das figuras mais marcantes da vida pública portuguesa, destacando o seu contributo inestimável para a comunicação social, a democracia e a liberdade em Portugal. “Lisboa perde um dos seus grandes cidadãos”, afirmou o presidente da Câmara, Carlos Moedas, recordando-o como “um exemplo de inteligência, coragem e dedicação à causa pública” e como “um cidadão sempre comprometido com o país”.Em 2023, Francisco Pinto Balsemão recebeu a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa. O município sublinha que o seu legado permanecerá como inspiração para futuras gerações, lembrando-o como defensor intransigente das liberdades de pensamento, de expressão e de informação. Durante o período de luto, as bandeiras do município serão colocadas a meia-haste em todos os edifícios e equipamentos municipais, em sinal de homenagem..O 'chairman' do grupo de media britânico Daily Mail and General Trust (DMGT) afirmou à Lusa que Francisco Pinto Balsemão "foi um homem extraordinário" e um amigo leal, "cujos conselhos eram sempre sinceros, inteligentes e sábios".Contactado pela Lusa, o visconde Rothermere, presidente do Conselho de Administração do grupo proprietário do Daily Mail destacou que "Francisco foi um homem extraordinário que, de muitas maneiras, representou a jornada que o seu país percorreu ao longo do último século".Nas suas palavras, classificou o fundador do grupo Impresa de "extremamente inteligente e independente, além de sábio e gentil".Francisco Pinto Balsemão "nunca deixou que a adversidade o atrapalhasse, mas encarava os desafios como uma forma de crescer e ter sucesso como pessoa e nos negócios", prosseguiu o gestor."Ele era um amigo muito leal, cujos conselhos eram sempre sinceros, inteligentes e sábios" e "amava a vida, vivia-a ao máximo e apreciava a companhia de outras pessoas que compartilhavam a mesma visão", sublinhou.Francisco Pinto Balsemão "tocou muitas pessoas de uma forma muito positiva e fará muita falta a elas", concluiu o 'chairman'..O antigo primeiro-ministro e presidente do PSD Durão Barroso lembrou esta quarta-feira Francisco Pinto Balsemão como um “fundador da democracia”, destacando o legado de liberdade daquele que considera ter sido o “político português mais cosmopolita da sua geração”.“Ele foi não apenas fundador de um dos maiores partidos portugueses, o PPD/PSD, foi também, nessa qualidade, um fundador da nossa democracia. Mas já antes do 25 de Abril de 1974, tinha sido fundador do jornal Expresso, um dos títulos mais influentes da comunicação social portuguesa, que foi essencial também na altura para a afirmação da liberdade, num regime que ainda não reconhecia essa liberdade”, frisou Durão Barroso em declarações à agência Lusa.Pinto Balsemão, lembrou o antigo presidente da Comissão Europeia, era “aquele que tinha mais relações internacionais, não só na política, mas na economia, nas empresas, na comunicação social, a nível europeu e a nível global”.“Era um homem com uma rede importantíssima e diversificada de contactos, alguém que combinava esse cosmopolitismo com, obviamente, o amor ao seu próprio país, a Portugal. Era alguém que tinha uma paixão grande pela liberdade e, sobretudo, uma paixão pela vida, que tinha uma grande curiosidade intelectual, curiosidade intelectual que ia para além da política”, sublinhou.Durão Barroso considera que Balsemão deixa um legado de “paixão pela liberdade”, mesmo nas “funções, por vezes, contraditórias e difíceis” que tinha na política e na comunicação social.“Ele mostrou que sabia respeitar a necessária independência e o espírito de tolerância. Portanto, foi uma grande perda, penso eu, para o país, aquela que agora cedeu e, obviamente, que queria aproveitar para exprimir à sua família as minhas mais sinceras condolências”, concluiu o antigo chefe de Governo..O primeiro-ministro, Luís Montenegro, não viaja hoje para Bruxelas e a sua participação no Conselho Europeu de quinta-feira está ainda a ser avaliada, na sequência da morte do antigo líder do PSD Francisco Pinto Balsemão, revelaram fontes diplomáticas à agência Lusa.De acordo com a agenda do primeiro-ministro, Montenegro deveria chegar esta quarta-feira a Bruxelas para participar, às 20:00 locais (19:00 de Lisboa) no jantar informal de líderes da União Europeia (UE) com o Presidente egípcio Abdul Fattah al-Sisi, por ocasião da cimeira UE-Egito, mas cancelou a deslocação, e mesmo a sua presença no Conselho Europeu de quinta-feira está dependente da calendarização das cerimónias fúnebres do antigo primeiro-ministro e militante número um do PSD.Caso Montenegro não participe na cimeira de líderes da UE, deverá delegar a representação de Portugal num outro chefe de Estado ou de Governo dos 27, como sucede nestes casos..O Conselho de Ministros aprovou o decreto de luto nacional de dois dias pela morte de Francisco Pinto Balsemão, a cumprir esta quarta e quinta-feira. O velório do fundador do atual PSD, do jornal Expresso e da televisão privada SIC vai decorrer a partir das 18h30 desta quarta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos, segundo avança a SIC Notícias.A missa será na quinta-feira às 13h00, no mesmo local. Presidirá à celebração o Cardeal Patriarca de Lisboa Emérito, D. Manuel Clemente..A apresentadora Catarina Furtado, que trabalhou durante dez anos na SIC, recordou esta quarta-feira, que Francisco Pinto Balemão foi uma pessoa "determinante" na forma como vê o mundo. Reaçando os "projetos ambiciosos" que desenvolveu, e o homem "exigente, duro até", a apresentadora lembrou que quando quis deixar a estação de televisão para ir estudar para Londres, Balsemão não a deixou desvincular-se. "Alguém que nos valoriza mesmo no início de carreira quer dizer que se preocupa connosco", comentou em declarações à SIC Notícias.A apresentadora lembrou também que chamava Francisco Balsemão de "tio", algo que não agradava muito, pelo menos inicialmente, ao patrão da Impresa. "Fica respeito, carinho e muita admiração", concluiu Catarina Furtado, dizendo ainda que a "vontade de ouvir os mais novos era das coisas mais extraordinárias" que Balsemão tinha..O ex-primeiro-ministro português António Costa recordou hoje o papel de Francisco Pinto Balsemão para a “democracia civilista e pluralista” atual e o combate à “asfixia da liberdade de expressão” durante o Cavaquismo.Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro-ministro, “institucionalizou a democracia civilista e pluralista” de hoje e “deu os primeiros passos para uma economia mais aberta”, afirmou António Costa, em Bruxelas, lembrando ainda o papel de Francisco Pinto Balsemão na maneira “como dialogou com o PS para a revisão constitucional de 1982”.António Costa lembrou que, ainda durante a ditadura, Francisco Pinto Balsemão “procurou a liberalização do regime através da criação do Expresso” e, mais tarde, criou a SIC, o “primeiro canal de televisão privado”, salientando a sua importância durante o “período do cavaquismo” em que houve, considerou, “asfixia da liberdade de expressão”.“A SIC marcou um momento de ar puro”, sublinhou.António Costa endereçou condolências à família de “uma grande figura do país”.DN/Lusa.O candidato presidencial João Cotrim Figueiredo qualificou hoje Francisco Pinto Balsemão como “um cultor da liberdade” cuja visão e ousadia constituíram um legado “que o decurso do tempo não vencerá”.“Mais do que fundador do PPD/PSD, primeiro-ministro ou precursor no setor dos media, Francisco Pinto Balsemão foi, ao longo de toda a vida, um cultor da liberdade”, escreveu Cotrim Figueiredo na rede social X.Para o antigo presidente da Iniciativa Liberal, Balsemão foi uma “figura maior” da democracia portuguesa.“A sua visão, a sua ousadia, a sua capacidade de correr riscos e de imaginar e construir um país mais livre e mais próspero inspiram-nos e constituem um legado que o decurso do tempo não vencerá”, declarou, apresentando condolências ao PSD, ao grupo de media Impressa, aos amigos e família de Pinto Balsemão.."Visionário, trabalhador, disruptor, lutador, sempre um comunicador, gostava de surpreender e de se reinventar", resumiu o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, acerca da figura que foi Francisco Pinto Balsemão. O governante dá como "prova o podcast que lançou já bem entrado na casa dos 80": “Deixar o Mundo Melhor”."Um verdadeiro Senhor, como tantos que privaram com ele puderam comprovar, de trato ímpar e sempre educado, um homem de família, que conseguiu manter parte da sua nos seus negócios", elogia numa publicação nas redes sociais, em que partilha o último podcast de Balsemão "para que o possamos recordar sempre"..O gestor e ex-banqueiro António Horta Osório afirmou esta quarta-feira que Francisco Pinto Balsemão, falecido na terça-feira, foi um baluarte da democracia portuguesa e um defensor intransigente da liberdade de imprensa, considerando que Portugal fica mais pobre."Francisco Pinto Balsemão foi um baluarte da democracia portuguesa e um defensor intransigente da liberdade de imprensa", disse António Horta Osório, numa reação à sua morte, enviada à agência Lusa."Portugal fica hoje mais pobre", concluiu o gestor, que há cerca de um ano renunciou ao cargo de administrador da Impresa para se dedicar à sua atividade internacional.Lusa.Os neurocientistas António e Hanna Damásio, amigos de Francisco Pinto Balsemão, afirmaram esta quarta-feira à Lusa que se este nada mais tivesse feito do que inventar o Expresso, já teria assegurado o seu lugar na história. "Mas uma tal garantia em nada reduz a profunda tristeza com que a morte do nosso amigo Francisco nos abala", afirmam. .As reações à morte de Pinto Balsemão multiplicaram-se pelas redes sociais, comunicados e diretos televisivos.Rui Rio, ex-presidente do PSD"Social-democrata genuíno"“Pinto Balsemão foi um social-democrata genuíno até ao fim dos seus dias e a melhor pessoa em Portugal para responder à pergunta o que é um social-democrata. Não é fácil surgir outra Pinto Balseão nas próximas décadas", disse Rui Rio, ex-líder do PSD, na CNN.Carlos Moedas, presidente da câmara de Lisboa"Referência pessoal e politica""Partiu uma das minhas referências pessoais e políticas. Francisco Pinto Balsemão teve uma vida feita de superlativos: foi fundador da democracia portuguesa, foi Primeiro-Ministro, foi o grande pioneiro da transformação da comunicação social. Mas foi, acima de tudo, um cidadão sempre comprometido com o país", escreveu o autarca no X..Cotrim Figueiredo, eurodeputado e candidato à Presidência da República"Um cultor da liberdade""Francisco Pinto Balsemão foi, ao longo de toda a vida, um cultor da liberdade. A sua visão, a sua ousadia, a sua capacidade de correr riscos e de imaginar e construir um país mais livre e mais próspero inspiram-nos e constituem um legado que o decurso do tempo não vencerá.".António Leitão Amaro, ministro da Presidência"Construtor essencial da liberdade de imprensa""Francisco Pinto Balsemão foi construtor essencial da liberdade de imprensa, do pluralismo e da democracia liberal. (...) O seu legado político, cívico e na comunicação social livre perdurará na história", escreve o social-democrata no X..Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros"Um português do Mundo"Paulo Rangel reagiu enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, através de um comunicado, onde falou no papel de Pinto Balsemão na integração europeia. "Um português do Mundo, um português cosmopolita. Fez muito pela inserção na NATO, pela integração europeia e pelo valor maior da democracia e do multilateralismo: a liberdade", lia-se. Rangel, no X, reagiria ainda a título pessoal: "Hoje perdi um amigo"..Mariana Leitão, presidente da Iniciativa Liberal"Um pioneiro" que lutou pela "liberdade de imprensa e de expressão"A presidente da Iniciativa Liberal reagiu ao óbito de Francisco Pinto Balsemão no X. Na rede social, a líder da IL recordou o percurso político do antigo primeiro-ministro, destacando o seu papel enquanto deputado da "ala liberal antes da revolução de Abril". Nas palavras de Mariana Leitão, Francisco Pinto Balsemão era "um pioneiro da comunicação social livre em Portugal, na luta pela liberdade de imprensa e de expressão". P.Partido Socialista"Soube sempre honrar o valor do debate democrático"Também numa nota no X, o Partido Socialista recordou a "vida" de Francisco Pinto Balsemão, "marcada pelo compromisso com a liberdade, o pluralismo e o Estado de Direito". Na publicação, os socialistas recordaram o papel que teve na "consolidação democrática", falando numa figura que "deixa um legado de independência, sentido de serviço público e defesa intransigente da liberdade de imprensa". Apesar das diferenças ideológicas, o PS destaca que Balsemão "soube sempre honrar o valor do debate democrático e da convivência entre diferenças, princípios fundamentais da vida democrática que partilhou com o PS nas grandes etapas da construção de Portugal livre e europeu"..José Pedro Aguiar Branco, presidente da Assembleia da República“Uma vida que se confunde com a própria História da democracia portuguesa”José Pedro Aguiar Branco, presidente da Assembleia da República (PAR) e segunda figura do Estado português, emitiu um comunicado na página oficial do parlamento. “Balsemão viveu uma vida longa e frutuosa, que se confunde com a própria História da democracia portuguesa. Até ao fim dos seus dias, impressionou o país com a sua energia, sagacidade e espírito de inovação. A democracia, o Parlamento e o país prestam-lhe tributo e agradecem a sua vida de serviço público”, escreveu Aguiar-Branco numa mensagem que pode ler aqui na íntegra..Nuno Melo, presidente do CDS e ministro da Defesa“Primeiro-ministro em circunstâncias difíceis”Nuno Melo, na rede social X, também fez homenagem a “uma personalidade incontornável da política e da imprensa em Portugal”, lembrando que foi “primeiro-ministro em circunstâncias difíceis”..Luís Marques Mendes, candidato à Presidência da República“Perco um grande amigo”“Perco um grande amigo. Ainda hoje não foi devidamente homenageado pelo papel que teve na revisão da Constituição de 1982. Era muito difícil. Foi um exemplo e referência absolutamente incontornável”, frisou o candidato presidencial e ex-presidente no PSD em declarações à SIC Notícias, recordando que contou com o apoio de Pinto Balsemão desde o primeiro momento em que se mostrou disponível para entrar na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa. .Inês de Sousa Real, deputada e porta-voz do PAN"Pioneiro no universo jornalístico""Independentemente das diferenças ideológicas, é um nome incontornável da democracia e política nacional, a par do seu pioneirismo no universo jornalístico e na criação da SIC e Expresso", escreveu no X..Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira"Fica um legado de liberdade e civismo"À margem do conselho nacional do PSD, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, recordou um "homem que honrou responsabilidade com brio", que "consolidou a democracia" após o 25 de Abril. Foi, por isso, "um democrata e fica um legado de liberdade e civismo". Miguel Albuquerque e Pinto Balsemão falavam "várias vezes" e a última dessas conversas mostra que o antigo primeiro-ministro "era um homem sempre na vanguarda". "Estávamos ambos muito interessados no impacto e nos efeitos futuros da Inteligência Artificial", recordou..PSD"Um homem de princípios, de coragem e de palavra"Numa nota de pesar enviada às redações, o PSD manifestou o seu “profundo pesar” pela morte do seu militante n.º1. Afirmando que “dedicou a sua vida ao serviço público, à liberdade e à construção da democracia”, os sociais-democratas relembram que Balsemão “enfrentou a censura” e defendeu “sem hesitações” a liberdade de imprensa, ao fundar o jornal Expresso em 1973. No seu mandato enquanto primeiro-ministro, “conduziu uma agenda reformista e ficará para sempre associado à revisão constitucional de 1982, decisiva para o reforço do regime democrático, e à conclusão das negociações para a adesão de Portugal à CEE”. “Mesmo após deixar funções executivas, permaneceu sempre presente na vida do partido, tendo presidido às comemorações dos “40 anos de Democracia, 40 anos de PSD” e tendo sido Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro”. “Francisco Pinto Balsemão parte hoje como sempre quis ser recordado: homem de princípios, de coragem e de palavra”, termina o partido..José Luís Carneiro, secretário-geral do PS“Era totalmente comprometido com a independência”O secretário-geral do PS, em declarações à SIC, lamentou a “perda de uma personalidade marcante na vida de um país democrático e de uma imprensa livre”. “Era totalmente comprometido com a independência, o serviço público e com a liberdade”, sublinhou ainda o socialista, destacando Balsemão como alguém detinha e vivia “profundamente os valores da social-democracia”..Henrique Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República“O seu legado ficará para sempre na memória dos portugueses”O candidato à presidência da República Henrique Gouveia e Melo destacou que Francisco Pinto Balsemão foi uma das "maiores referências nacionais da política, do jornalismo e da sociedade". "Deixa-nos uma das maiores referências nacionais da política, do jornalismo e da sociedade, mas o seu legado ficará para sempre na memória dos portugueses", afirmou, numa nota enviada à agência Lusa, recordando que conheceu o antigo primeiro-ministro e fundador do PPD/PSD no fim da pandemia de covid-19 e que, desde então, mantiveram "conversas muito interessantes". .António José Seguro, candidato à Presidência da República"Homem de convicções democráticas firmes"O candidato presidencial António José Seguro elogiou o “papel destacado” de Francisco Pinto Balsemão na política portuguesa, um “homem de convicções democráticas firmes” que se dedicou à causa democrática e deixa um legado no pluralismo político e mediático. "Foi com profunda tristeza que recebi a notícia do falecimento de Francisco Pinto Balsemão. Homem de convicções democráticas firmes, Balsemão teve um papel destacado na história política portuguesa, em particular no período conturbado da consolidação da nossa democracia”, refere Seguro, antigo secretário-geral do PS, numa publicação nas redes sociais..José Maria Neves, presidente de Cabo Verde“Visionário, ousado e inovador”O presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, disse hoje ter perdido “um grande amigo”, um “homem plural” e “visionário”, numa mensagem de pesar publicada nas redes sociais, na terça-feira, sobre a morte de Francisco Pinto Balsemão. "Acabo de perder um grande amigo, um homem plural que lutou pela liberdade, pela democracia e pelo crescimento material e espiritual de Portugal”, escreveu o chefe de Estado. "Conversávamos muito, desde a literatura ao jornalismo, passando pela política e pelo futuro da humanidade”, referiu, recordando Balsemão como “visionário, ousado e inovador”..Rui Moreira, presidente cessante da Câmara Municipal do Porto"O verdadeiro senador da democracia portuguesa"O presidente cessante da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, lamentou a morte do empresário e político Francisco Pinto Balsemão, que considerou ser "o verdadeiro senador da democracia portuguesa" e declarou luto municipal para estar quarta-feira, 22 de outubro. "Hoje despedimo-nos de um verdadeiro senador da democracia portuguesa. Foi com profundo respeito, grande admiração e sentida gratidão que, em setembro de 2023, entreguei as Chaves da Cidade a Francisco Pinto Balsemão", afirmou Rui Moreira, numa declaração nas redes sociais..Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega"Nunca se escondeu no jogo político""Um homem cheio de história, que nunca escondeu as suas raízes de centro esquerda, nem se se escondeu no jogo político", afirmou o deputado do Chega na RTP..Carlos César, presidente do PS"A sua palavra, mesmo na discordância, tornava-se bem-vinda"O presidente do PS, Carlos César, reagiu através da sua página pessoal no Facebook, terminando o texto a dizer que "o Partido Socialista curva-se perante a sua vida e a sua memória"..Rui Tavares, porta-voz do Livre"Deu muito ao país. Em ditadura e na democracia"O deputado e porta-voz do Livre, na rede social X, destacou as várias facetas de Francisco Pinto Balsemão. "Agora é o momento do reconhecimento", escreveu..Marcelo lembra Pinto Balsemão como "visionário" e "pioneiro". Montenegro recorda a personagem inspiradora