Mariana Leitão eleita a nova líder dos liberais
Mariana Leitão eleita a nova líder dos liberaisFoto: Leonardo Negrão

Convenção da IL. Mariana Leitão ganha com 73% de aprovação e sem votos contra

Mariana Leitão é eleita a nova líder dos liberais.
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X Convenção com 12 horas de duração

Terminou pouco antes das 21h00 a X Convenção Liberal. Os trabalhos principiaram por volta das 9h00 e a sessão durou 12 horas, com 63 participações de militantes à mesa.

Sem altercações, ouviram-se gritos de incentivo para João Cotrim de Figueiredo se candidatar à Presidência da República, o ponto alto da tarde no Multiusos de Alcobaça. O discurso da nova presidente aconteceu às 20h40, depois de uma aprovação de 73% dos militantes, com 672 boletins de voto recebidos.

17 moções aprovadas

17 das 18 moções apresentadas foram aprovadas pelos militantes.

1 – “Contra o Ódio, a Liberdade!” – 1.º Subscritor: Filipe Mendonça - Votação: 223 a favor, 98 contra e 125 abstenção

2 – “Voto Eletrónico como Pilar da Modernização Democrática” – 1.º Subscritor: Filipe Carneiro - Votações: 234 favor, 110 abstenções e 121 contra

3 – “Orgulho, Igualdade e Liberdade: o Compromisso Liberal” – 1.º Subscritor: João Tavares - Votação: rejeitada por ampla maioria

4 – “Liberdade: o farol da política externa” – 1.º Subscritor: Rodrigo Saraiva - Votação: aprovada por ampla maioria

5 – “Menos Centralismo, Mais Liberdade” – 1.º Subscritor: Pedro Petiz Viana - Votação: aprovada por ampla maioria

6 – “Afirmar a Iniciativa Liberal como um Partido Autárquico” – 1.º Subscritor: Paulo Lopes - Votação: aprovada por ampla maioria

7 – “Educação: Onde começa a liberdade” – 1.º subscritor: Celso Monteiro - Votação: aprovada por ampla maioria

8 – “Mais Desporto, Mais Liberdade” – 1.º Subscritor: Pedro Moreira - Votação: aprovada por ampla maioria

9 – “Desburocratizar, transformar e modernizar os bombeiros em Portugal” – 1.º Subscritor: José Pedro Reis - Votação: aprovada por ampla maioria

10 – “Abertura e Acolhimento” – 1.º subscritor: Vasco Figueira - Votações: Favor 153, Contra 127 e Abstenção 182

11 – “Acessibilidade, Inclusão e Inovação é Liberdade para Todos” – 1.ª Subscritora: Fátima Ferreira - Votação: Aprovada por ampla maioria

12 – “Pela criação da Área Metropolitana do Minho” – 1.º subscritor: Luís Rosa -Votações: Favor 160, Contra 76 e Abstenção 210

13 – “Agricultura com Futuro: Liberdade, Inovação e Território Vivo” – 1.ª subscritora: Inês Vidal de Goes - Votação: aprovada por ampla maioria

14 – “Nacionalidade com Responsabilidade - Integrar com Regras, Não Adiar com Medo” – 1.º subscritor: João Silva de Almeida - Votação: aprovada por maioria

15 – “Feminismo é Liberalismo” – 1.ª subscritora: Mariana Folque - Votação: aprovada por maioria

16 – “Objetivos e Resultados-Chave: um novo sistema operativo para o Estado” – 1.º subscritor: Miguel Silva Ramos - Votação: aprovada por maioria

17 – “A transformação do sistema de ensino para um mundo em transformação” – 1.º subscritor: Miguel Silva Ramos - Votação: aprovada por maioria

18 – “A terra como motor da produtividade nacional” – 1.º subscritor: Miguel Silva Ramos - Votação: aprovada por maioria

Preocupação com os extremismos

"Luís Montenegro diz que quer governar ao centro. Está no seu direito. Mas quanto mais o centro for sinónimo de imobilismo, mais força ganharão as soluções extremistas. Se mais e mais moderados são derrotados pelo mundo fora, é porque muitos deles cruzaram os braços e insistiram na estabilidade sem rumo. Enquanto os portugueses não virem um rumo, um caminho para um país melhor, continuarão a apostar mais no extremismo. A história dos últimos anos devia bastar para aviso. E a Iniciativa Liberal avisou. Vivemos tempos perigosos e difíceis. Os extremismos crescem por todo o lado. Vivemos num panorama internacional protecionista, hostil e cada vez mais fechado. Assistimos a transformações tecnológicas a um ritmo estonteante. A uma Europa incapaz de as aproveitar. Incapaz ainda de se afirmar como um ator no palco mundial".

"E neste contexto, Portugal estagna. Aqui, o Estado falha e os portugueses sentem-se cada vez mais sufocados por promessas vazias e impostos asfixiantes. Não estamos preparados para todos estes desafios e cumprir o nosso papel. É por isso que este é um tempo de escolhas. E nós estamos aqui hoje porque recusamos o conformismo e escolhemos a liberdade. É por isso que queremos: Um país onde a saúde não mata por espera O SNS está a falhar. Não por falta de dinheiro. Mas por falta de coragem. Coragem para fazer diferente. Para fazer melhor. Para confiar nas pessoas. Defendemos um sistema público de financiamento, mas com liberdade de escolha. Onde o cidadão escolhe, o Estado paga, e o sistema funciona. Seja público, privado ou social - o que interessa é salvar vidas, não proteger monopólios. Um país onde ter uma casa não é um luxo Não é com mais ideologia que construímos mais habitação Não é com mais burocracia, mais processos de licenciamento que construímos mais habitação Precisamos de estimular o mercado de arrendamento, não de punir os senhorios. Precisamos de impulsionar o mercado, não de o congelar. A Iniciativa Liberal defende o óbvio: Menos burocracia, menos taxas, menos medo de investir. Acabar com preços tabelados pelo Estado. Acabar com regimes do arrendamento que se substituem à liberdade contratual. Mais oferta, mais liberdade, mais habitação."

Críticas a Montenegro pelas medidas eleitoralistas

"Ainda esta semana, o país teve mais um sinal de que a tão prometida mudança afinal não passou de marketing político. No debate do Estado da Nação, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, reforçou, mais uma vez, que a AD, por si, não será capaz de trazer quaisquer reformas ou mudança para o país. O momento das reformas, das mudanças sérias e da ambição reformista é agora. Não é no final da legislatura que se começa a mudar o país. O momento das propostas arrojadas é agora, e até agora, nada se viu. O chamado alívio fiscal vale 4 euros por mês. E depois, não hesita a gastar 400 milhões de euros em despesa extraordinária para efeitos eleitoralistas"

"A privatização da TAP foi feita à medida do PS de Pedro Nuno Santos, sem que se soubesse ainda a posição do PS. Na saúde, continua a grande promessa de mudanças que nunca chegaram, enquanto gestores de cartão partidário ocupam os hospitais. Na habitação, tudo o que vimos foram incentivos à procura sem qualquer incentivo à construção. O mercado aqueceu e o Governo faz de conta que nada aconteceu. E depois de tudo isto, quer-nos convencer que o país está melhor. Mas para quem? Para quem trabalha o mês inteiro e mesmo assim vive em precariedade? Para quem não consegue comprar ou arrendar uma casa porque não há habitação suficiente? Para os profissionais de saúde exaustos num SNS caótico? Para as famílias esmagadas pelos impostos e pelas rendas impossíveis? Ou estará melhor para o Estado que continua gordo, ineficiente e a consumir metade da riqueza dos portugueses?

"O Primeiro-ministro apresentou um conjunto de medidas que parecem tiradas diretamente do caderno de encargos do PS. Subsídios, “cheques disto e daquilo”, promessas vagas de investimento público - tudo menos reformas estruturais. Tudo menos coragem política. Isto trata-se de uma cópia do modelo que já era seguido por António Costa. E chegou a hora de Luís Montenegro decidir se quer ser António Costa. São péssimos sinais de um Governo que apenas há um ano dizia que era para mudar. Há um ano, não tinha maioria. Este ano reforçou-a. E no entanto, parece que nada mudou.O Estado da Nação é isto: um país exausto de pagar tanto e receber tão pouco, e um Governo que se comporta como se governasse há 10 anos.. Um país onde quem trabalha, quem investe e quem arrisca continua a ser tratado como culpado, enquanto o Estado é o único premiado com mais dinheiro e mais poder."

Prioridade é emagrecer o Estado

"Esta Convenção marca o início de uma nova etapa. Uma etapa em que deixamos as nossas disputas internas e viramos toda a nossa força para fora. Porque os nossos adversários não estão aqui. Estão no regime instalado. Estão na máquina que eterniza a estagnação. Portugal não vai mudar com remendos. Não vai crescer com mais programas públicos, subsídios temporários ou promessas de boas intenções. O país só mudará quando tivermos a coragem de fazer o que é estrutural: reformar profundamente o Estado e libertar o mercado de trabalho. Tudo começa com a reforma do Estado. Um Estado que custa demasiado, faz demasiado e faz demasiadas vezes mal. Um Estado que ocupa espaço onde devia apenas servir - que sobrecarrega os contribuintes. Um Estado que vive para si próprio, em vez de estar ao serviço das pessoas. Precisamos de um Estado mais pequeno, mais leve, mais ágil. Que concentre os seus recursos nas funções essenciais e que abandone a tentação de querer ser empresário, planificador central ou gestor da economia. Precisamos de um Estado que simplifique, desburocratize e liberte tempo e dinheiro para quem cria valor: trabalhadores, empreendedores, empresas, cidadãos".

"Sem essa reforma, nenhuma outra reforma terá sucesso. E é por isso que a flexibilização do mercado de trabalho só fará sentido e terá impacto se o Estado deixar de ser o maior obstáculo à liberdade económica. Hoje, em Portugal, contratar é um risco, despedir é um pesadelo, crescer é uma dor de cabeça. As leis laborais continuam rígidas, antiquadas e desenhadas para proteger um modelo de emprego que já não corresponde à realidade. É preciso permitir contratos mais flexíveis, ajustados à realidade de cada sector, de cada empresa e de cada pessoa. Significa acabar com o estigma do trabalho por conta própria, do trabalho remoto, do trabalho por projeto - que são formas legítimas e muitas vezes preferidas pelos próprios trabalhadores. Significa confiar nas pessoas para fazerem os seus próprios acordos, em vez de as prender a um modelo imposto pelo Estado, em nome de uma segurança ilusória que só perpetua a mediocridade. Com um Estado reformado e um mercado laboral livre, Portugal pode finalmente libertar o seu potencial. Pode atrair talento em vez de o perder. Pode gerar riqueza em vez de a redistribuir antes ainda de a criar. Pode premiar o mérito em vez de castigar quem tem ambição."

Primeiros agradecimentos de Mariana Leitão como presidente da Iniciativa Liberal

"Quero agradecer à nova comissão executiva. Temos um caminho exigente pela frente mas tenho a certeza que temos uma equipa competente e preparada para os desafios que aí vêm. Quero agradecer à Comissão Executiva cessante. Quero também agradecer a todos os ex-presidentes que deram um contributo inestimável para a Iniciativa Liberal já ter chegado onde chegou. Deixo um agradecimento particular ao Rui Rocha, que deixa agora a presidência da Iniciativa Liberal. O teu exemplo no espírito de serviço, de responsabilidade e desprendimento continuarão a ser um exemplo para o nosso partido"

"E há uma figura comum a todos os ex-presidentes. Esteve à frente da secretaria-geral durante 7 anos, organizou a grande maioria das convenções, esteve em todas as reuniões do Conselho Nacional, fez todos os combates políticos externos e moldou a cultura política da Iniciativa Liberal. Uma cultura de exigência, competência, inconformismo. Um cultura de verdade, frontalidade e persistência. O Miguel Rangel foi mais do que um secretário-geral, foi um dos garantes da estabilidade da Iniciativa Liberal e um dos grandes promotores do seu crescimento e da sua evolução para um partido profissional. Sem Miguel Rangel, a Iniciativa Liberal não estaria ainda neste patamar e por isso eu não posso deixar de agradecer a quem tudo deu a este partido nos últimos 7 anos. Muito obrigada, Miguel. Puseste as tuas qualidades ao serviço do partido, agora o país vai ter a oportunidade de conhecer a fundo essas qualidades."

Mariana Leitão eleita com 73% de votos a favor

Nova presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, foi eleita com 73% dos votos a favor. 27% dos militantes no sufrágio preferiram a abstenção. Não existiram votos contra entre os 672 boletins de voto. Ricardo Pais Oliveira e Mário Amorim Lopes são os novos vice-presidentes.

Recorde-se que a política de 42 anos se candidatou sem oposição.

Rodrigo Saraiva rejeita "saltos radicais"

Rodrigo Saraiva, deputado da Iniciativa Liberal, considera que o partido tem feito um trajeto de "consistência" e rejeita que procure afastar-se, de forma radical, do PSD. "Não consigo compreender as discussões ideológicas. A Iniciativa Liberal tem sido consistente na sua visão de Portugal, de reformar o estado. Somos reconhecidos pela necessidade de menos impostos, de controlo da despesa orçamental, mais liberdade na saúde e educação. A moderação de que se fala é pela aproximação à AD, mas não foi uma colagem. Fomos muito críticos com a AD, mas no dia seguinte às eleições sentámo-nos para uma solução de governo. Pior teria sido não termos procurado soluções, porque assim diríamos que éramos inúteis. Não vamos dar saltos radicais. Quem diz que não crescemos como queriam, pretendia o quê? Que fôssemos populistas como o Chega, extremistas, irresponsáveis, socialistas como algumas propostas do Chega? Temos de ser mais abrangentes e manter a consistência, a coerência. Temos de continuar a acreditar nesta maratona liberal por Portugal", reiterou.

Ao DN disse também que uma candidatura única não diminui a força de Mariana Leitão: "Não acho que ter uma candidatura única fragilize. Tem os pontos fortes e fracos. As lideranças afirmam-se nos programas desenvolvidos e espera-se que vá melhorando a sua influência com os resultados eleitorais."

Rodrigo Saraiva é deputado da IL
Rodrigo Saraiva é deputado da ILFoto: Leonardo Negrão

Mário Amorim Lopes fala do radicalismo de Leitão: "Não somos moderados na ambição de Portugal"

O deputado da Iniciativa Liberal Mário Amorim Lopes detalhou ao DN o posicionamento ideológico de Mariana Leitão. "O PSD acusa-nos de não sermos moderados. Não somos nada moderados na ambição de Portugal, é verdade. Não temos de ser periféricos, somos um país adiado, podemos querer ser como a Bélgica, Países Baixos ou Irlanda. Não podemos ser acobardados nas liberdades das pessoas. Na Iniciativa Liberal, somos muito radicais e intransigentes nos valores de que cada pessoa pode ter o seu projeto, pode viver com quem quiser. Somos radicais na defesa das contas públicas, sempre respeitando as contas públicas. Jamais poderemos estar à beira da falências", reagiu o professor universitário.

Na X Convenção da IL reconheceu que era benéfico haver oposição nas listas a votos, mas defende a futura presidente: "Não acho que uma candidatura única fragilize a Mariana. É o único partido que tem uma convenção universal, ou seja qualquer membro pode inscrever-se e qualquer membro que consiga 25 candidaturas pode candidatar-se à comissão executiva. Qualquer pessoa que quisesse candidatar-se podia tê-lo feito. Se não o fez foi por sentir que não tinha condições de ganhar. A Mariana é uma grande candidata. Se é desejável ter mais candidaturas? Sim, porque o debate é mais aberto e plural."

Mário Amorim Lopes
Mário Amorim LopesFoto: Leonardo Negrão

Rui Malheiro dá apoio a Mariana Leitão nas Autárquicas, mas critica radicalismo: "Estamos mais colados à direita agora"

Líder do movimento Unidos pelo Liberalismo, Rui Malheiro
Líder do movimento Unidos pelo Liberalismo, Rui MalheiroFoto: Leonardo Negrão

Rui Malheiro chegou a ser avançado como possível candidato à liderança da Iniciativa Liberal. Ao DN explicou as duas razões que o levaram a descartar o avanço. "O timing da Convenção foi curto, deixou pouco espaço para debater e tentar reformar o partido que temos. Depois, era necessário ter união e força do partido para as Autárquicas e Presidenciais. Neste momento, o partido tem de estar unido. É de apostar todas as fichas e tentar o máximo de autarcas possível. Depois avaliaremos o futuro", referiu, garantindo apoio interno nos próximos dois sufrágios.

O líder do Movimento pelo Liberalismo não foi chamado às discussões com Mariana Leitão e concorda que a futura presidente seja apelidada de radical. "Não sou tão radical como a Mariana nem tão moderado como o Rui Rocha. É preciso um meio termo e apresentar as nossas medidas de forma que a população entenda. Na Mariana, vejo um discurso radical e, acima de tudo, algum radicalismo no posicionamento ideológico. Estamos muito mais colados à direita do que se via com Rui Rocha", afirmou ao DN.

Cotrim de Figueiredo considera-se a melhor alternativa para resultados eleitorais 

Cotrim de Figueiredo já conversou com Mariana Leitão e procura novos apoios para avançar com a candidatura a Belém. Para as Presidenciais, diz não existirem "alternativas" que garantam "os mesmos resultados eleitorais". Veja mais aqui.

Cotrim de Figueiredo equaciona Belém

Deputado europeu e ex-presidente assinala estar a pensar numa possível candidatura. Veja mais aqui

Milei continua a dividir militantes

Os militantes da Iniciativa Liberal divergem no tema Milei, presidente argentino.

Sandra Lobo Pimentel subiu ao púlpito para dizer que o rumo da IL a tem "desiludido", pede, sim, um partido "humanista", que não associe imigração à insegurança, que "não tenha em Milei o seu herói" e que esteja aberto a opiniões contrárias.

Filipe Mendonça critica o “partido desmobilizado", “acantonado à direita” e lembra que o partido "não se calava contra o ódio”. “Será mesmo Milei o vosso herói?”, questiona.

Mário Amorim Lopes, que chegou a ser apontado como sucessor de Rui Rocha, disse que Javier Milei é “apenas o executor das ideias liberais”. Dizendo que o presidente argentino está a mostrar que o liberalismo gera “riqueza e prosperidade”, assinala que estas ideias “têm um rosto em Portugal e esse rosto é a IL”.

Margarida Pouseiro pediu voto em branco

A militante Margarida Pouseiro, que admitiu candidatar-se à liderança do partido, convidou todos os militantes presentes na convenção a votarem em branco na eleição de Mariana Leitão, "para que a legitimidade da única candidata saia ainda mais fragilizada".

A liberal fez duras críticas à Direção e ao atual rumo da IL, afirmando que o partido promove "sucessões dinásticas e assaltos internos ao poder para que ninguém possa entrar". "Internamente, somos muito parecidos aos outros partidos. Ambicionamos ser Governo da República, mas somos os primeiros a atropelar estatutos e leis", acusou.

63 participações na moção de estratégia

Acima das cinco centenas, este era o registo inicial dos trabalhos em Alcobaça. A convenção nacional da Iniciativa Liberal pautou-se pela participação, com mais de seis dezenas de militantes a manifestarem a intenção de discursar durante o período de intervenção referente à moção estratégica do partido.

PS, Bloco e PCP ausentes da X Convenção Liberal, Ministro dos Assuntos Parlamentares presente

A Iniciativa Liberal endereçou a todos os partidos o convite para se fazerem representar na X Convenção Liberal. PS, Bloco de Esquerda e PCP não marcaram presença na ação em Alcobaça.

Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares e habitual presença na negociação de propostas da AD com os Liberais, foi um dos políticos na plateia.

Do PSD compareceram João Antunes dos Santos e Célia Freire, deputados; Rui Paulo Sousa, secretário-geral e deputado do Chega; Filipe Honório e Isabel Faria, membros do Livre, e Telmo Correia, vice-presidente do CDS-PP, representaram as demais forças políticas.

Filipe Mendonça crítico às propostas de Leitão

Filipe Mendonça apresentou críticas às propostas de Mariana Leitão: "Li com atenção o programa, com esperança... mas encontrei meia página no país das liberdades e muita confusão entre segurança e imigração. Não vale só dizer cortar, é preciso incluir, acrescentar. Sonho liberal não é uma utopia, basta cumprir a declaração de intenções desse país. É desta Iniciativa Liberal que vou sentir saudades"

19 moções em discussão em Alcobaça

Foram submetidas 19 moções a discussão e apreciação aos militantes da Iniciativa Liberal.

Confira algumas fotos da convenção

Os liberais estão reunidos este sábado em Alcobaça para eleger Mariana Leitão a nova líder do partido. O fotojornalista Leonardo Negrão traz registos da convenção.

Partido mais "ideológico e até mais radical"

Na sua primeira intervenção de apresentação da sua moção de estratégia global perante a X convenção nacional da IL, em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão, assumiu que o partido não tem atualmente condições de contribuir para uma solução de Governo e deve assumir-se, antes como “consciência liberal” do sistema político.

“Hoje, o imobilismo começa a mudar de sinal. A direita do caos já começa a esconder-se atrás da responsabilidade para deixar tudo na mesma. Não tenhamos dúvidas: o Chega não é mais do que um novo socialismo à direita. Não defendem a nossa soberania enquanto indivíduos. Não defendem qualquer reforma para Portugal. São coletivistas, estatistas, e paternalistas”, defendeu.

Mariana Leitão dedicou uma fatia substancial do seu discurso para atacar o Chega, que acusou de precisar “tanto do Estado como os outros”, mas, “como a economia não cresce, querem os mesmos apoios, a mesma subsidio-dependência e o mesmo paternalismo, mas só para os seus”.

“Nas políticas, pouco os distingue do desgoverno que nos trouxe até aqui. E é só uma questão de tempo até que todos o entendam”, afirmou.

Sobre o Governo PSD/CDS-PP disse que “pensa que falar em reformas e inventar um ministério chega para agradar aos liberais”.

*Lusa

Rui Rocha diz que liberais devem publicar na comunicação e não em chats

Rui Rocha, ex-líder do partido, numa primeira intervenção, falou sobre os rumos para a IL no futuro. Afirmou que é necessário "combate ao chatismo", em referência aos chats da internet. Para o liberal, em vez de estar a usar os chats, utilizem a comunicação social. "Por cada 15 publicações em chats publiquem antes um artigo de opinião na comunicação social".

Rocha também sugeriu que se "combate ao sebastianismo" e que o partido deixe de olhar para o passado.  "O que está lá atrás é relevante, tem coisas boas nos resultados e na capacidade de impacto", mas avisa: "Cuidado com esse olhar para o passado, vamos olhar para o futuro."

"Alternativa ao imobilismo e ao autoritarismo"

“É importante hoje, mais do que nunca, darmos este sinal de que a IL está cá, está preparada, está confiante e é uma alternativa ao imobilismo, a um autoritarismo ainda tímido, mas que se começa a sentir”, afirmou Mariana Leitão em declarações aos jornalistas à chegada ao pavilhão onde se vai realizar a X Convenção Nacional da IL, em Alcobaça.

Leia a notícia completa aqui:

Mariana Leitão eleita a nova líder dos liberais
Convenção da IL: Mariana Leitão quer mostrar que é alternativa ao imobilismo e ao autoritarismo

Liberais elegem nova líder este sábado

Boa tarde. Bem-vindos ao live blog do Diário de Notícias sobre a convenção da Iniciativa Liberal que elegerá Mariana Leitão a nova líder do partido.

Esta semana, a liberal foi entrevistada pelo grande repórter do DN Leonardo Ralha. Assista abaixo:

Mariana Leitão eleita a nova líder dos liberais
Mariana Leitão: "As pessoas vão perceber que nem do lado da AD nem do lado do Chega haverá mudança"

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