Direção da campanha de Carlos Moedas lança desafios a Alexandra Leitão.
Direção da campanha de Carlos Moedas lança desafios a Alexandra Leitão.Foto: Leonardo Negrão

Carlos Moedas contra-ataca após “acusações sem sentido” do PS

Direção de campanha da coligação Para Ti, Lisboa desafia Alexandra Leitão a denunciar financiamento ilegal “insinuado” por candidato do PS. Em causa está utilização de painéis publicitários da Câmara.
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A direção de campanha da coligação Por Ti, Lisboa (PSD-CDS-Iniciativa Liberal), que procura manter Carlos Moedas à frente da Câmara de Lisboa, desafiou nesta terça-feira Alexandra Leitão, cabeça de lista da coligação Viver Lisboa (PS-Livre-Bloco de Esquerda-PAN), “a denunciar publicamente e nas entidades próprias” as “insinuações” feitas na véspera pelo dirigente socialista Nuno Saraiva.

O candidato à Assembleia Municipal nas listas da frente de esquerda partilhou uma publicação nas redes sociais em que apelava a que o Ministério Público investigasse a utilização da rede de painéis publicitários digitais da autarquia para divulgar balanços do mandato de Moedas, apurando se esse “elogio em boca própria” configura uma “situação de alegado financiamento ilegal”.

Numa nota de imprensa, a que o DN teve acesso, a direção de campanha da coligação Por Ti, Lisboa começa por afirmar que “a leviandade, as insinuações, as acusações infundadas, a desonestidade e falta de carácter têm limites”. E acusa o PS de se ter radicalizado, “preferindo juntar-se a uma esquerda radical”, o que explica que “as suas listas tenham sido construídas por um chefe de banda acusado de participação económica em negócio e abuso de poder, e que inclua nas suas listas nomes que se prestam a estes papéis de acusadores sem sentido”. Duas referências implícitas, no primeiro caso ao líder da concelhia lisboeta do PS, Davide Amado, presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, que chegou a demitir-se do cargo partidário, para o qual viria a ser reeleito pelo militantes socialistas da capital, quando o Ministério Público o acusou de ter montado um esquema de viciação de contratos por ajuste direto, que alegadamente terá lesado a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa em dois milhões de euros.

Quanto à publicação de Nuno Saraiva, que se insurgiu contra aquilo a que chamou “aberração que continua a ser praticada na cidade sem que ninguém intervenha”, pois a utilização dos painéis da Câmara de Lisboa “significa dinheiro usado a favor do recandidato”, a direção da campanha de Carlos Moedas refere-se ao ex-jornalista, que foi diretor-adjunto do DN, como uma “personagem”, inquirindo se Alexandra Leitão se revê nas suas práticas. E remata o comunicado dizendo que “sabemos das suspeitas que existem em torno de financiamentos na Câmara de Lisboa nos 14 anos de governação socialista”, garantindo que recusa tais práticas, pois “não somos todos iguais”.

Além da publicação de Nuno Saraiva, o PS-Lisboa apresentou uma participação à Comissão Nacional de Eleições, que ainda não discutiu o assunto. Fonte oficial dessa entidade disse que ainda não é possível garantir se haverá uma decisão no plenário desta quinta-feira.

Direção da campanha de Carlos Moedas lança desafios a Alexandra Leitão.
Candidato do PS pede investigação a “alegado financiamento ilegal” da campanha de Carlos Moedas

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