Carlos Moedas procura ser eleito para um segundo mandato à frente da Câmara de Lisboa.
Carlos Moedas procura ser eleito para um segundo mandato à frente da Câmara de Lisboa.Reinaldo Rodrigues

Candidato do PS pede investigação a “alegado financiamento ilegal” da campanha de Carlos Moedas

Nuno Saraiva critica Comissão Nacional de Eleições por não se pronunciar sobre utilização de painéis publicitários da Câmara de Lisboa. E aponta “falta de vergonha” ao autarca que procura a reeleição.
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O dirigente socialista Nuno Saraiva, que é candidato à Assembleia Municipal de Lisboa, na lista da coligação Viver Lisboa (PS-Livre-Bloco de Esquerda-PAN), lançou nesta segunda-feira um apelo para o Ministério Público investigar uma “situação de alegado financiamento ilegal” da campanha da coligação Por Ti, Lisboa (PSD-CDS-Iniciativa Liberal), à frente da qual Carlos Moedas procura ser reeleito nas autárquicas de 12 de outubro. Em causa está o que considera ser a utilização de meios da Câmara de Lisboa para “colher benefício eleitoral”, através da divulgação de indicadores relativos ao mandato iniciado em 2021.

Numa publicação nas redes sociais, Nuno Saraiva insurge-se contra aquilo a que chama “aberração que continua a ser praticada na cidade sem que ninguém intervenha”, referindo-se à utilização da rede de painéis publicitários digitais da Câmara de Lisboa para o autarca “fazer o elogio em boca própria”. Na fotografia que acompanha o texto do candidato a deputado municipal surge a fotografia de um painel que se refere à entrega de mais 2500 casas.

Criticando a Comissão Nacional de Eleições (CNE) por “fechar os olhos” e não tomar posição sobre o tema, o ex-jornalista, que foi diretor-adjunto do Diário de Notícias, diz esperar que “alguém com a responsabilidade de analisar e investigar se pronuncie”, esclarecendo se estará ou não a ocorrer financiamento ilegal da campanha da coligação de centro-direita, na medida em que a utilização dos painéis “tem, obviamente, custos financeiros” e “significa dinheiro usado a favor do recandidato”.

Contactada pelo DN, fonte oficial da CNE confirmou que foi apresentada uma participação contra a alegada utilização de meios da Câmara de Lisboa para propaganda eleitoral da coligação Por Ti, Lisboa. E disse que o assunto será “analisado tão brevemente quanto possível”. Algo que deverá acontecer nos plenários desta ou da próxima semana. Por seu lado, a coligação Por Ti, Lisboa não comentou a publicação do candidato socialista.

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