O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, passou a ter saldo negativo de 17 pontos percentuais na avaliação do seu desempenho no Barómetro DN/Aximage de setembro, com mais de metade dos inquiridos a considerarem que esteve mal (32%) ou muito mal (22%) no mês anterior, enquanto apenas 31% disseram que esteve bem e 6% muito bem.A quebra pronunciada nos valores que dizem respeito a Marcelo, quando comparados com o Barómetro DN/Aximage de abril, o mais recente a incluir perguntas sobre o desempenho presidencial, foi transversal entre os 570 inquiridos, ao ponto de o Chefe de Estado só ter saldo positivo entre aqueles que votaram na AD nas eleições legislativas de 18 de maio. E, mesmo entre esses, apenas 8% disseram que esteve muito bem e outros 43% que esteve bem. Nos antípodas, entre os eleitores do Chega, só 5% responderam que o seu desempenho foi muito bom e outros 16% que foi bom..A seis meses do final do segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa enfrenta uma erosão generalizada em todos os escalões socioeconómicos. Mas sobretudo entre os que têm rendimentos mais altos, da Classe A/B: comparando com os dados de abril, tem menos 16 pontos percentuais de avaliações positivas, enquanto as negativas aumentam 14 pontos. São agora os mais pobres, da Classe D, que têm maior percentagem de inquiridos a defender que o Presidente da República esteve muito bem, embora não passem de 10%. De igual modo, além de conseguir maior percentagem de avaliações positivas entre mulheres (39%) do que nos homens (34%), o Presidente da República tem os melhores resultados nos inquiridos mais velhos, com 65 anos ou mais: 4% dizem que esteve muito bem e 37% que esteve bem. No que diz respeito às regiões, o Norte e o Centro são os principais bastiões de Marcelo, com 41% dos inquiridos a terem avaliação negativa. Pelo contrário, no Sul e Ilhas, essa percentagem desce para 28%. As entrevistas incluídas nesta edição do Barómetro DN/Aximage, que é a primeira sondagem em que o Chega aparece como a força partidária que lidera nas intenções de voto, foram realizadas entre 2 e 5 de setembro. Já depois, portanto, de o Presidente da República designar o homólogo norte-americano, Donald Trump, como “um ativo soviético, ou russo”, ao intervir na Universidade de Verão do PSD..Barómetro DN/Aximage: Chega ultrapassa AD e fica à frente das intenções de voto pela primeira vez .Apenas dois ministros têm saldo positivo nas avaliações e Ana Paula Martins piora .Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, são os únicos elementos do Governo que mantêm um saldo positivo nas avaliações feitas pelos inquiridos no Barómetro DN/Aximage de setembro. Mas muito escasso, visto que ambos somam 41% de respostas positivas e 40% de negativas, quando em abril, ainda no anterior Executivo de Luís Montenegro, Fernando Alexandre tinha 41% de avaliações positivas e 33% de negativas.A tendência negativa para os governantes também se reflete no ministro de Estado e das Finanças, Miranda Sarmento, que apresenta agora saldo nulo, quando no Barómetro DN/Aximage de abril tinha um saldo positivo de três pontos percentuais. E no ministro da Defesa, Nuno Melo, que passa de quatro para 12 pontos negativos.No fundo da tabela, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, continua a destacar-se pelas piores razões. Na sequência de um verão de urgências hospitalares encerradas, viu as avaliações positivas diminuírem (de 24% para 22%), em simultâneo com o avolumar de avaliações negativas, que passam de 60% para 65%. Também com maus indicadores está a nova ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, que tem um saldo negativo de 29 pontos percentuais, pior do que os 12 pontos negativos que a antecessora, Margarida Blasco, apresentava no Barómetro DN/Aximage de abril. E ainda o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, com um saldo negativo de 24 pontos, após a percentagem daqueles que lhe apontam um desempenho mau ou muito mau piorar de 50% para 52%..Barómetro DN/Aximage: Eleitores do PS dizem que Ventura lidera a oposição.Ficha técnicaObjetivo do Estudo: Sondagem de opinião realizada pela Aximage - Comunicação e Imagem Lda, para o DN sobre intenção de voto legislativo e temas da atualidade política.Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2), grupo etário (4) e região (4), A amostra consiste em 570 entrevistas realizadas em CAWI; 273 homens e 297 mulheres, 131 entre os 18 e os 34 anos, 155 entre os 35 e os 49 anos, 155 entre os 50 e os 64 anos e 129 para os 65 e mais anos; Norte 205, Centro 123, Sul e Ilhas 92, Area Metropolitana de Lisboa 150.Técnica: Aplicação online - CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) - de um questionário estruturado, devidamente adaptado ao suporte utilizado, a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas. O trabalho de campo decorreu entre 2 e 5 de setembro de 2025. Taxa de resposta: 85,59%.Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou - 4,1%.Responsabilidade do estudo: Aximage - Comunicação e Imagem Lda, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.