PCP diz que foi informado de compra de ações dos CTT mas não considerou relevante
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PCP diz que foi informado de compra de ações dos CTT mas não considerou relevante

Líder parlamentar dos comunistas diz que "o que se impunha era o controlo público" dos correios.
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A líder parlamentar do PCP afirmou esta quarta-feira que o partido foi informado da compra de ações dos CTT pela Parpública, decisão que os comunistas não consideraram relevante, dizendo que "o que se impunha era o controlo público" dos correios.

"Foi-nos dada essa informação, mas como referimos, nunca considerámos relevante, nem nunca considerámos que correspondesse aquilo que é necessário", afirmou Paula Santos em declarações aos jornalistas no parlamento.

Para o PCP, "o que se impunha é o controlo público dos CTT".

O Jornal Económico noticiou esta quarta-feira que o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão. Este jornal escreveu que "a compra teve lugar após exigências do BE" para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, entretanto negadas pelo partido.

Também o Jornal de Negócios noticiou esta quarta-feira que a compra de ações dos CTT pela Parpública foi negociada com o PCP e "terá tido dois objetivos: tentar a abstenção dos comunistas para viabilizar o OE de 2021 e recuperar uma posição nos Correios que desse margem ao Governo na renegociação da concessão".

Os CTT foram privatizados entre 2013 e 2014 pela governação PSD/CDS-PP em período de assistência financeira externa a Portugal.

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