Marcelo fala em "equilíbrio muito razoável e muito prudente" no desconfinamento desenhado pelo Governo

O chefe de Estado destacou a "convergência não só institucional como também estratégia" em em relação ao plano de desconfinamento.
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O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que o plano de desconfinamento gradual divulgado pelo Governo representa um "equilíbrio muito razoável e muito prudente", falando em convergência entre a Assembleia, o executivo, os partidos e os especialistas.

"Parece-me que se chegou a um equilíbrio muito razoável e muito prudente entre o que era a posição dos especialistas, dos partidos e do que o Governo estava a estudar e do que o Presidente da República pensava", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Falando aos jornalistas portugueses em Roma, depois de ter recebido esta manhã pelo papa na Cidade do Vaticano, o chefe de Estado vincou que "há aqui uma preocupação de conciliar a ideia de desconfinamento com prudência e preocupação".

"[O plano] permite confirmar várias coisas: em primeiro lugar, a coincidência e a convergência, não só institucional como também estratégica, que tem envolvido o Presidente da República, a Assembleia da República e o Governo, que continua e vai continuar até ao fim da pandemia", assinalou.

E, em segundo lugar, "o plano tem a preocupação de ir até maio, o que é bom por não ser demasiado longo e ser flexível nos indicadores escolhidos na forma como ligados com as medidas, de salvaguardar uma ideia que me parecia importante, da Páscoa com confinamento", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Classificando o plano como "positivo", o chefe de Estado saudou a ideia de prever "uma Páscoa confinada".

Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu que combinou com o primeiro-ministro não se dirigir ao país por "ser impossível" fazê-lo depois da divulgação do plano, dado estar em viagem para Roma para uma audiência com o papa.

"O primeiro-ministro falou mais tarde do que a partida do Presidente e, portanto, fazia sentido ser o primeiro-ministro a apresentar o plano em concreto aos portugueses e era impossível ao Presidente estar a intervir depois disso", disse.

O chefe de Estado recordou que recebeu António Costa "anteontem [quarta-feira] à noite para ver o que iria ser o fundamental do plano a apresentar pelo Governo".

"E depois, já em Roma, tive conhecimento do plano em pormenor", acrescentou.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, "foi nesse encontro que se programou que o Presidente não falasse porque iria partir para Roma antes de o Conselho de Ministros terminar".

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