O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou o primeiro-ministro a negociar com os socialistas uma proposta de “Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa” com um prazo definido de três meses.Segundo escreve o jornal Público, que cita uma carta enviada na sexta-feira a Luís Montenegro, o socialista pede uma audiência formal para dar início a esse entendimento e critica o anúncio surpresa de Portugal na Cimeira da NATO sobre o aumento do investimento em Defesa para 2% do PIB este ano e 5% até 2035.Carneiro defende que decisões desta dimensão exigem consenso político alargado e apela à criação de um grupo de trabalho PS/PSD“Venho propor formalmente a abertura de um diálogo institucional entre o PSD e o PS, com vista à definição de uma plataforma de convergência parlamentar em matéria de Defesa Nacional, em particular no que respeita ao investimento estratégico”, escreve José Luis Carneiro.Na carta, o secretário-geral do PS escreve que tal consenso “deverá assentar em princípios estruturantes, orientações estratégicas partilhadas e num conjunto de medidas concretas”, que envolvam os setores da indústria, da ciência, da inovação, da educação e da administração pública. .Países da NATO aceitam investir 5% em Defesa até 2035. Trump compromete-se a "ajudar" e "proteger" os aliados.Propõe grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS em articulação com o Governo. José Luís Carneiro, propõe a constituição de um grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS que, em articulação com o Governo e com representantes “dos setores com relevância para a matéria em apreço”, possa apresentar, no prazo de três meses, uma proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa.Esta proposta será depois submetida à apreciação da Assembleia da República, segundo José Luis Carneiro.O PS considera que os compromissos assumidos por Portugal na Cimeira da NATO, na Haia, “não são suscetíveis de ser cumpridos sem um alargado apoio social e político, para a obtenção do qual o Governo nada tem feito”.O primeiro-ministro chamou a São Bento tanto o PS como o Chega, que agora é o segundo maior partido com representação parlamentar, no dia 18 de junho, para discutir a necessidade de reforço do investimento em Defesa.Contudo, segundo o PS revela nesta carta, nessa reunião foi prestada “pouca informação sobre o modo como seriam empregues os recursos desse incremento significativo da despesa pública em Defesa”, tendo os socialistas sido apanhados de surpresa com o anúncio de 5% do PIB até 2035 feito dias depois..General Vieira Borges: reforço na Defesa é oportunidade para reindustrializar o país.Europa está a gastar milhões em Defesa, mas pode não estar preparada para uma guerra em 2030