O candidato presidencial Jorge Pinto entregou esta quarta-feira, 17 de dezembro, no Tribunal Constitucional perto de 10 mil assinaturas para formalizar a sua entrada na corrida a Belém, um número que disse provar a vitalidade da sua candidatura.Em declarações à saída do Palácio Ratton, em Lisboa, Jorge Pinto disse ter recolhido perto de 10.000 assinaturas no total - cerca de 7.500 digitais e as restantes em papel -, excedendo o mínimo obrigatório de 7.500.“Estas quase 10.000 assinaturas que são a prova da vitalidade desta candidatura e da vitalidade desta maneira de ver o papel da Presidência da República, uma maneira desempoeirada, mas não por isso menos realista, menos responsável, mas sim certamente também otimista e esperançosa no Portugal que vamos construir em conjunto”, afirmou.Questionado sobre os baixos resultados que as recentes sondagens lhe atribuem, o candidato apoiado pelo Livre salientou que há uma grande percentagem de eleitores indecisos nesses resultados e que pretende convencer essa franja de eleitores explicando-lhes que “há uma maneira nova, diferente, mas para melhor, de fazer política”.Sobre se um mau resultado em janeiro prejudicará o Livre, Jorge Pinto sublinhou que a “candidatura vai correr bem” e ter um “bom resultado”, mas garantiu que, se assim não for, a responsabilidade é exclusivamente sua e “nunca terá uma tradução no resultado” do seu partido.Jorge Pinto foi também inquirido sobre as palavras do líder do PS, que disse que Seguro era o único candidato à esquerda com possibilidades de ir à segunda volta e pediu responsabilidade aos nomes apoiados por Livre, PCP e BE, e respondeu que não concorre para “andar a reboque de ninguém, seja de esquerda, seja de direita”.“Eu não estou certo de que o recado de José Luís Carneiro tenha sido para a esquerda, na verdade quero crer que foi muito para o seu próprio partido, (...) vejamos aquilo que as sondagens dizem que é o resultado do PS em eleições legislativas e ao mesmo tempo o resultado da candidatura de António José Seguro apoiado oficialmente pelo PS. Parece-me que nas entrelinhas, na verdade, José Luís Carneiro está a falar para os militantes e apoiantes do seu próprio partido”, acrescentou.O candidato a Belém comentou ainda as palavras do ministro sobre residências públicas de estudantes, considerando-as “muito infelizes” e distantes da sua visão de “universalismo no acesso às habitações para estudantes no ensino superior”.Na terça-feira, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, defendeu que as residências públicas devem ter alunos de vários estratos sociais, caso contrário, dando prioridade aos bolseiros, irão degradar-se mais rapidamente. .Presidenciais. Jorge Pinto e André Ventura entram em confrontação com acusações mútuas de impreparação.Eutanásia e Ucrânia separaram, greve aproximou, mas António Filipe e Jorge Pinto quiseram marcar diferenças