Já na reta final do debate, a discussão muda de tema e foca-se na lei laboral e na greve geral desta quinta-feira, dia 11 de dezembro.Na opinião de Jorge Pinto, o primeiro-ministo tentou demovar os trabalhadores da greve ao anunciar um aumento de salários. Com estas mexidas, diz o candidato presidencial, o que o Governo está a fazer é "enfraquecer" direitos dos trabalhadores. António Filipe defende depois que o Presidente tem abertura e margem nesta área, mas assume que espera que os trabalhadores "derrotem" o pacote laboral "antes". Se fosse chefe de Estado, diz que "usaria o peso político" para veter a lei, que considera "lesiva" para quem trabalha, e pelo meio acusa ainda Jorge Pinto de não se demarcar o suficiente do tal "consenso neoliberal".O candidato apoiado pelo Livre diz estranhar o posicionamento do seu oponente e diz que foi "das primeiras pessoas" a denunciar este pacote laboral..Recordando que Jorge Pinto é um candidato "progressista, ecologista e europeísta", Carlos Daniel pergunta se António Filipe se revê nesta última parte. O candidato apoiado pela CDU responde dizendo que não é "eurodependente" e que é um candidato "patriótico".Jorge Pinto responde que, "em 2025, ser patriota é ter uma voz no projeto europeu" e questiona "como" se é "patriota" com Trump nos EUA e Putin na Rússia.António Filipe frisa não ser "eurodependente" e demarca-se de Putin, Von der Leyen ou Trump. "Não tenho nada a ver". Acusa ainda o Livre de ter "dois pesos e duas medidas" nos conflitos, nomeadamente da Ucrânia e na Palestina.O debate estende-se sobre este tema, com ambos os candidatos a trocarem argumentos. Jorge Pinto pergunta a António Filipe se é "tão crítico" de Zelensky como é de Putin. O candidato apoiado pela CDU responde de forma perentória: "Claro que sim." Volta a dizer que não há ninguém em Portugal "mais distante de Putin" do que o PCP. Já sobre a utilização de ativos russos congelados, António Filipe afirma não ser "banqueiro" e acusa a UE de "não se entender". Sobra a Ucrânia, volta a frisar que o caminho deve ser o da paz e que são os dois países que têm de o alcançar.Jorge Pinto constata que há "uma clivagem" considerável entre ambos os candidatos. Argumenta ser um "pacifista", a favor da autodeterminação dos povos e diz não ter "dois pesos e duas medidas", como acusou António Filipe..Carlos Daniel pergunta agora a ambos os candidatos o que os fez avançar sendo do mesmo espaço ideológico. Jorge Pinto é o primeiro a responder e considera que a diversidade de candidaturas à esquerda "não é mau" e que a sua candidatura traz coisas novas.O deputado do Livre diz no entanto que "o barco" da convergência de candidaturas à esquerda "já zarpou", e diz que só à "25.ª hora" avançou por ser favorável a uma candidatura única que acabou por não surgir"Estou a fazer um favorr à esquerda ou não ia votar ou ia para Henrique Gouveia e Melo", diz. António Filipe defende que a sua candidatura é uma pedrada no charco, que "segue os valores do 25 de Abril" e contra o que chama "o consenso neoliberal"..Será António Filipe o primeiro candidato a intervir, com Jorge Pinto a fechar.O debate iniciará pela eutanásia, um tema que divide os candidatos e cuja regulamentação pelo Governo ainda não aconteceu.António Filipe defende que o tema "não deve" voltar ao Parlamento. Começa por dizer que "se fosse Presidente", teria promulgado a lei, apesar das reservas. "A questão não deve voltar. O que o Presidente agora pode fazer é perguntar quando e se o Governo a vai regulamentar", diz. Explica que apesar de respeitar quem é a favor, foca-se "no outro ângulo", o de ter uma sociedade que dê cuidados a quem mais precisa.Jorge Pinto defende que tem de haver "o direito a morrer com dignidade"..Boa noite.O debate presidencial desta segunda-feira, 8 de dezembro, coloca frente a frente dois candidatos, António Filipe e Jorge Pinto, apoiados respetivamente por CDU e Livre.Será moderado por Carlos Daniel e terá transmissão na RTP. Acompanhe aqui ao minuto.