Costa: é preciso defender "aquilo que é nosso", "há um risco da União Europeia poder fracassar"

"Temos de defender a Europa para que a Europa nos defenda a nós e, para isso, precisamos de um PS forte e uma votação massiva no Partido Socialista aqui na Região Autónoma da Madeira", disse o primeiro-ministro
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O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje que está "obcecado" pela Madeira, do mesmo modo que está por "todo o território nacional" como líder partidário e primeiro-ministro.

"Para mim a Madeira não é menos Portugal que o Algarve ou Trás-os-Montes. A Madeira é Portugal e estou sim, estou obcecado pela Madeira", declarou, após o que foi aplaudido de pé pela assistência. O secretário-geral do PS centrou, contundo, o discurso nas eleições europeias de maio, apelando para a mobilização dos socialistas madeirenses, pois vão constituir o "trampolim para as regionais" que se realizam em setembro.

"A Europa tem sido absolutamente fundamental para o nosso desenvolvimento. É a Europa que tem contribuído para o financiamento daquilo tem feito a mudança em Portugal, nas regiões autónomas, em todo o território nacional ao longo das últimas décadas", disse.

"Sim, nós somos Europa, nós precisamos da Europa, nós queremos a Europa, nós estamos aqui para defender a Europa", declarou, acusando depois as autoridades regionais de nem sempre participarem nos grupos de pressão junto dos organismos europeus.

Como exemplo, referiu a recente criação de uma frente comum que juntou regiões de Portugal, Espanha e França, mas na qual não consta qualquer representante da Madeira.

"Temos de defender a Europa para que a Europa nos defenda a nós e, para isso, precisamos de um PS forte e uma votação massiva no Partido Socialista aqui na Região Autónoma da Madeira", disse, salientando que "se não nos mobilizarmos para defender aquilo que é nosso, há de facto um risco efetivo de a União Europeia poder fracassar".

A Convenção regional do PS ficou marcada por um incidente protagonizado pelo ex-líder e ex-deputado do Partido Trabalhista Português (PTP), José Manuel Coelho, que logo no início subiu ao palco, com um cartaz onde se lia "Jardim-Costa Eleitoralismo Nunca Mais!" e ali permaneceu num canto até ao fim dos trabalhos.

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