Esta manhã, o ex-ministro da Economia apresentou-se no incidente no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para ser ouvido mas a audição acabou por ser adiada. O seu advogado, Ricardo Sá Fernandes, não quis revelar os motivos do adiamento, dizendo apenas que se tratou de "questões processuais"..A explicação oficial chegou entretanto através de um comunicado da Procuradoria-Geral da República: "Antes de iniciada a diligência foi suscitado, pelo seu advogado, o incidente de recusa dos magistrados designados para dirigir o inquérito", explica a PGR. "Perante o requerimento apresentado, o magistrado do Ministério Público deu sem efeito a diligência designada, a fim de o incidente de recusa ser apreciado pelo imediato superior hierárquico (Diretor do DCIAP)..O advogado explicou aos jornalistas ter discordado da marcação para hoje da diligência que levou Manuel Pinho ao DCIAP, porque foi marcada para o mesmo dia em que o ex governante vai ao parlamento, cerca das 15:00, para prestar esclarecimentos aos deputados acerca de decisões políticas que tomou na área da energia.."Pedimos o reagendamento desta diligência [do Ministério Público] para outro dia, uma vez que nos parecia inconveniente", disse, defendendo que no combate processual as instituições "têm de ser respeitadas, mesmo que se discorde" da decisão dessas instituições, e que essa foi a razão porque se deslocou hoje com Manuel Pinho ao DCIAP.