Portugal volta a ter mais de 500 pessoas nos cuidados intensivos

O relatório de situação da DGS indica que, nas últimas 24 horas, há 4097 novos casos e 70 mortes por covid-19. Há ainda mais 69 pessoas internadas e mais cinco em unidades de cuidados intensivos. São agora 504.
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Há mais 4097 casos e mais 70 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, segundo os dados do relatório de situação da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira (9 de dezembro).

Desde o início da pandemia, já foram registados 332 073 casos em Portugal e 5192 mortes. Em dezembro, só num dia o número de mortes foi inferior (68, a 2 de dezembro).

Há também mais 69 pessoas hospitalizadas, para um total de 3332, e mais cinco em unidades de cuidados intensivos (são 504 no total, voltando a ultrapassar a barreira dos 500).

No boletim desta quarta-feira, há mais 2272 recuperados (são já 254 700 desde o início da pandemia). Em todo o país há assim 72 181 casos ativos (mais 1755 do que na véspera) e as autoridades mantêm 76 405 contactos em vigilância (menos 1360).

A região norte continua a ser a que apresenta piores números: são mais 2076 casos e 30 mortes nas últimas 24 horas. Segue-se a região de Lisboa e vale do Tejo, com mais 1157 casos e 21 mortes. Na região centro há mais 555 casos e 13 mortes, enquanto no Alentejo são 163 novos casos e as restantes seis mortes. O Algarve tem mais 97 casos, os Açores mais 28 e a Madeira mais 21.

Das 70 mortes registadas no boletim desta quarta-feira, 50 são de pessoas com mais de 80 anos. Há ainda 14 óbitos na faixa etária dos 70 aos 79 anos e mais seis entre os 60 e os 69 anos.

Do total de mortes desde o início da pandemia, 2731 eram de doentes do sexo masculino e 2461 do sexo feminino.

O novo período do estado de emergência em Portugal, que vigora até 23 de dezembro, iniciou-se às 00.00 desta quarta-feira, com um total de 113 concelhos do continente em risco de transmissão de covid-19 extremamente elevado ou muito elevado.

No último sábado, o primeiro-ministro, António Costa, disse que a estratégia do governo é manter o esquema que está já em vigor até ao Natal, reduzindo depois um pouco as restrições nas festas.

No caso do Natal e do Ano Novo, as medidas também já anunciadas serão sujeitas a avaliação no dia 18 para confirmar a tendência de melhoria da pandemia de covid-19.

Cirurgiões de sete especialidades do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte começam nesta quarta-feira a operar os seus doentes em blocos operatórios de unidades privadas e do setor social. O objetivo é manter a resposta cirúrgica aos doentes não covid e diminuir os tempos de espera.

"O que aprendemos com a primeira fase da pandemia não é para se repetir na segunda." A frase é do presidente do conselho de administração (CA) do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, e explica o porquê do protocolo agora assinado com cinco unidades, quatro privadas e uma do setor social, o Hospital SAMS, e que começa nesta quarta-feira a ser executado.

"Tivemos a experiência da primeira fase, em que a suspensão da atividade teve um peso forte na acessibilidade dos doentes aos cuidados cirúrgicos, tornando-se mais difícil e mais prolongada. Portanto, o que aprendemos com a primeira fase queremos corrigir agora na segunda", argumentou ao DN Daniel Ferro.

Os cuidados de saúde primários registaram nos primeiros dez meses deste ano menos nove milhões de contactos presenciais médicos e de enfermagem relativamente ao mesmo período de 2019, segundo dados divulgados pelo Movimento Saúde em Dia.

Nos hospitais, as consultas presenciais sofreram uma redução de 2,7 milhões entre janeiro e outubro de 2020 em relação a igual período do ano anterior, adiantam os dados apresentados no dia em que os representantes do movimento são ouvidos pela Comissão Parlamentar de Saúde.

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