É o acidente de viação mais trágico de que há memória na Madeira. Vinte e nove mortos foi o resultado do despiste ocorrido no final da tarde de ontem, no Caniço, em Santa Cruz, um acidente que tirou a vida a 11 homens e 18 mulheres, todos de nacionalidade alemã..O autocarro seguia lotado de turistas rumo a um restaurante no Funchal, onde os aguardava um jantar de noite típica madeirense. A certa altura, por motivos que se desconhecem, o condutor perdeu o controlo do pesado, que veio de arrastos no muro logo abaixo da Quinta Splêndida..O autocarro embateu num sinal de trânsito mas, ao chegar à curva, na Estrada Ponta da Oliveira, tombou para o lado direito e galgou o muro. Caiu para os terrenos e só parou num quintal de uma habitação, levando a crer que o motorista tentou travar a todo o custo o autocarro, antes do despiste, deixando também antever o que algumas testemunhas afirmaram no local: o acelerador do pesado de passageiros "prendeu", algo que só poderá ser confirmado após as devidas peritagens..Mas antes disso, terá ainda apanhado um transeunte que se encontrava junto ao muro e que terá tido morte imediata. Uma informação que não foi confirmada pelo Serviço Regional de Proteção Civil..Às 18h30 começaram a soar as sirenes. Foram mobilizados para o local 44 operacionais e 19 viaturas de diversas corporações de bombeiros da Madeira (Bombeiros Municipais de Santa Cruz, Sapadores do Funchal, Voluntários Madeirenses, Voluntários de Câmara de Lobos, Voluntários de Santana, Cruz Vermelha Portuguesa e Municipais de Machico) que prontamente socorreram as vítimas deste acidente, assegurando o seu transporte para o Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça..No local, o cenário era dantesco. As vítimas gritavam por socorro e suplicavam para serem acudidas. A prioridade dos bombeiros foi retirar os sobreviventes, entre eles o motorista e uma funcionária da Travel One que estava entre os feridos que inspiravam mais cuidados pois, segundo foi possível apurar, terá ficado encarcerada no interior do autocarro. Rapidamente um forte contingente policial encerrou os principais acessos desta zona, impedindo a população de se aproximar do local..Mas, mesmo assim, as pessoas tentavam passar as barreiras. Estavam em choque com o que aconteceu. Um popular, que pediu para não ser identificado, referiu ao DIÁRIO que ouviu o estrondo mas disse nunca ter imaginado a dimensão desta tragédia.."Eu ouvi um barulho e percebi que era um acidente, mas longe de mim pensar numa coisa destas. Agora é tentar conformar os que ficam porque não é fácil receber uma notícia destas", disse, enquanto observava as ambulâncias a passar em direção ao hospital..Os restantes apenas lamentavam a situação, mas "ninguém se lembra de nada tão horrível na freguesia do Caniço"..Os corpos começaram posteriormente a ser retirados, longe dos olhares dos muitos curiosos que se tentavam aproximar. Foram depois transportados para o Gabinete Médico Legal do Funchal para serem autopsiados..Imagens que ficarão na memória e que "dificilmente deixarão de estar presentes na vida de quem presenciou este acidente".."Pessoas não vão deixar de recomendar a Madeira".O vice-presidente do Governo Regional informou que vários psicólogos acompanharam os feridos e alguns familiares e amigos das vítimas que seguiam num outro autocarro de turismo que estava a circular na hora em que ocorreu o fatal acidente. "Temos pessoas a fazer a tradução, temos contacto com a embaixada, e todo esse acompanhamento foi feito desde o primeiro minuto", explicou Pedro Calado na conferência de imprensa realizada às 21 horas no Serviço Regional de Proteção Civil..Questionado sobre que impacto este sinistro poderá ter no turismo da Madeira, o governante disse que "os acidentes acontecem em qualquer sítio do mundo, o que é de lamentar". Contudo, acredita que "o destino Madeira não será afetado pelo facto de ter havido este acidente. "As pessoas não vão deixar de recomendar a Madeira porque houve um acidente de autocarro", sublinhou, adiantando que este autocarro estava devidamente inspecionado. Neste balanço, que contou também com a presença do Secretário Regional da Saúde, com a tutela da Proteção Civil, e com a Secretária Regional do Turismo, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, José Dias, informou ainda que foram criadas três linhas de apoio: 291705659; 291705778 e 291705679.
É o acidente de viação mais trágico de que há memória na Madeira. Vinte e nove mortos foi o resultado do despiste ocorrido no final da tarde de ontem, no Caniço, em Santa Cruz, um acidente que tirou a vida a 11 homens e 18 mulheres, todos de nacionalidade alemã..O autocarro seguia lotado de turistas rumo a um restaurante no Funchal, onde os aguardava um jantar de noite típica madeirense. A certa altura, por motivos que se desconhecem, o condutor perdeu o controlo do pesado, que veio de arrastos no muro logo abaixo da Quinta Splêndida..O autocarro embateu num sinal de trânsito mas, ao chegar à curva, na Estrada Ponta da Oliveira, tombou para o lado direito e galgou o muro. Caiu para os terrenos e só parou num quintal de uma habitação, levando a crer que o motorista tentou travar a todo o custo o autocarro, antes do despiste, deixando também antever o que algumas testemunhas afirmaram no local: o acelerador do pesado de passageiros "prendeu", algo que só poderá ser confirmado após as devidas peritagens..Mas antes disso, terá ainda apanhado um transeunte que se encontrava junto ao muro e que terá tido morte imediata. Uma informação que não foi confirmada pelo Serviço Regional de Proteção Civil..Às 18h30 começaram a soar as sirenes. Foram mobilizados para o local 44 operacionais e 19 viaturas de diversas corporações de bombeiros da Madeira (Bombeiros Municipais de Santa Cruz, Sapadores do Funchal, Voluntários Madeirenses, Voluntários de Câmara de Lobos, Voluntários de Santana, Cruz Vermelha Portuguesa e Municipais de Machico) que prontamente socorreram as vítimas deste acidente, assegurando o seu transporte para o Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça..No local, o cenário era dantesco. As vítimas gritavam por socorro e suplicavam para serem acudidas. A prioridade dos bombeiros foi retirar os sobreviventes, entre eles o motorista e uma funcionária da Travel One que estava entre os feridos que inspiravam mais cuidados pois, segundo foi possível apurar, terá ficado encarcerada no interior do autocarro. Rapidamente um forte contingente policial encerrou os principais acessos desta zona, impedindo a população de se aproximar do local..Mas, mesmo assim, as pessoas tentavam passar as barreiras. Estavam em choque com o que aconteceu. Um popular, que pediu para não ser identificado, referiu ao DIÁRIO que ouviu o estrondo mas disse nunca ter imaginado a dimensão desta tragédia.."Eu ouvi um barulho e percebi que era um acidente, mas longe de mim pensar numa coisa destas. Agora é tentar conformar os que ficam porque não é fácil receber uma notícia destas", disse, enquanto observava as ambulâncias a passar em direção ao hospital..Os restantes apenas lamentavam a situação, mas "ninguém se lembra de nada tão horrível na freguesia do Caniço"..Os corpos começaram posteriormente a ser retirados, longe dos olhares dos muitos curiosos que se tentavam aproximar. Foram depois transportados para o Gabinete Médico Legal do Funchal para serem autopsiados..Imagens que ficarão na memória e que "dificilmente deixarão de estar presentes na vida de quem presenciou este acidente".."Pessoas não vão deixar de recomendar a Madeira".O vice-presidente do Governo Regional informou que vários psicólogos acompanharam os feridos e alguns familiares e amigos das vítimas que seguiam num outro autocarro de turismo que estava a circular na hora em que ocorreu o fatal acidente. "Temos pessoas a fazer a tradução, temos contacto com a embaixada, e todo esse acompanhamento foi feito desde o primeiro minuto", explicou Pedro Calado na conferência de imprensa realizada às 21 horas no Serviço Regional de Proteção Civil..Questionado sobre que impacto este sinistro poderá ter no turismo da Madeira, o governante disse que "os acidentes acontecem em qualquer sítio do mundo, o que é de lamentar". Contudo, acredita que "o destino Madeira não será afetado pelo facto de ter havido este acidente. "As pessoas não vão deixar de recomendar a Madeira porque houve um acidente de autocarro", sublinhou, adiantando que este autocarro estava devidamente inspecionado. Neste balanço, que contou também com a presença do Secretário Regional da Saúde, com a tutela da Proteção Civil, e com a Secretária Regional do Turismo, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, José Dias, informou ainda que foram criadas três linhas de apoio: 291705659; 291705778 e 291705679.