Prisão preventiva para filha e genro de professora assassinada

A investigação policial "teve início numa participação do suposto desaparecimento" da mulher, de 59 anos. Tribunal do Montijo decretou prisão preventiva para a filha e o genro, os dois suspeitos
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Uma professora, de 59 anos, que estava desaparecida desde sábado, no Montijo, distrito de Setúbal, foi encontrada morta na quinta-feira. Filha e genro foram detidos no âmbito desta investigação.

Em comunicado, a Polícia Judiciária refere que os detidos, "filha e genro", que viviam com a mulher, "na sequência de inúmeras desavenças, delinearam um plano, executado conjuntamente, para lhe tirar a vida".

Segundo a tese da polícia, a professora foi assassinada no passado sábado, dia 1. "Pela hora do jantar, usando fármacos, colocaram-na na impossibilidade de resistir, agrediram-na violentamente no crânio com um objeto contundente, colocaram-na na bagageira de uma viatura e transportaram-na para a zona de Pegões, onde, com recurso a um acelerante, lhe pegaram fogo", relata a PJ.

"O corpo foi localizado, completamente carbonizado", no passada quarta-feira, dia 5, à noite.

A Polícia Judiciária refere que deteve os suspeitos," um homem e uma mulher, com 27 e 23 anos", respetivamente "​​​por sobre eles recaírem fortes indícios da prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver".

A investigação policial "teve início numa participação do suposto desaparecimento" da mulher, de 59 anos, "na sequência de uma comunicação da filha", informa a PJ.

De acordo com fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Setúbal, a professora estava desaparecida desde sábado (1 de setembro), mas o alerta só foi dado a esta força de segurança na segunda-feira.

Uma filha da vítima partilhou esta semana um apelo na rede social Facebook, informando que a mulher, professora no Montijo e com 59 anos, tinha sido vista pela última vez, pela família, na noite de sábado, quando "avisou que iria sair".

Entretanto, o Tribunal do Montijo decretou esta sexta-feira prisão preventiva para o casal suspeito de ter matado uma professora, que é mãe e sogra dos arguidos, na sequência de desavenças familiares, disse à agência Lusa fonte policial. ​Os dois suspeitos, a filha adotiva e o genro da vítima, vão aguardar julgamento nos estabelecimentos prisionais de Tires e do Montijo, respetivamente.

O crime terá sido o culminar de desentendimentos frequentes entre Amélia Fialho, de 59 anos, professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, e a filha adotiva e o genro.

O mau relacionamento familiar entre a vítima e os dois arguidos remonta, pelo menos, a 2014, ano em que a PSP do Montijo terá sido chamada a casa da família por alegadas agressões da filha adotiva à professora, agora assassinada.

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