Itália. Mais 675 casos em 24 horas, número mais baixo desde o início da quarentena
O boletim diário da Proteção Civil italiana, deste domingo, indica que, nas últimas 24 horas, o país notificou mais 675 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e mais 145 mortes. É o menor número de infeções diárias reportado desde o início da quarentena, embora as autoridades tenham feito notar que ontem realizaram-se 60 101 testes de despiste para a covid, menos cerca de nove mil do que na sexta-feira.
No total, Itália tem agora 225 435 casos, 31 908 vítimas mortais e 125 176 recuperados. É o terceiro país do mundo com mais óbitos declarados, só ficando atrás dos Estados Unidos (90 246) e do Reino Unido (34 636).
A região mais afetada pelo surto continua a ser a Lombardia (no norte, onde se situa a cidade de Milão), tendo registado mais 326 infetados, no último dia.
No sábado tinham sido contabilizados mais 875 novos casos e 153 mortes. A desaceleração registada na curva epidemiológica levou o governo italiano a avançar com mais confiança com o desconfinamento, permitindo a reabertura de praticamente todos os estabelecimentos comerciais a partir de segunda-feira.
Tal como acontece em Portugal, Itália começa uma nova fase de desconfinamento na próxima segunda-feira (18 de maio). Serão levantadas todas as restrições à circulação dentro da mesma região e reabrem empresas, comércio, bares, restaurantes, cabeleireiros, praias.
Nos restaurantes, por exemplo, as mesas devem ser separadas por pelo menos um metro, uma distância que pode ser reduzida se forem utilizados separadores. Vai ser permitida a medição de temperatura dos clientes e impedir a sua entrada se ultrapassarem os 37,5 graus, devendo os estabelecimentos fornecer produtos desinfetantes e limpar o estabelecimento várias vezes ao dia.
Não serão permitidos buffets e os funcionários devem usar uma máscara e desinfetar as mãos antes de cada serviço. Os clientes devem também usar a máscara até se sentarem à mesa.
Nas praias, os banhistas devem ter uma distância mínima de um metro, criando-se entradas e saídas diferenciadas, e cada guarda-sol deve ocupar pelo menos 10 metros quadrados.
Segunda-feira, reabrem ainda os museus e regressam as missas presenciais, desde que seja respeitado o distanciamento social e o uso de máscaras e luvas pelo padre na eucaristia.
Já as escolas estão encerradas até setembro, ficando para outra fase do processo de desconfinamento que começou a 4 deste mês. Piscinas e ginásios podem voltar a abrir as portas a 25 de maio e os teatros e cinemas a 15 de junho.
O país vai abrir as fronteiras com a União Europeia e do espaço Schengen, sem necessidade de quarentena, a partir de 3 de junho, segundo um decreto aprovado este sábado de madrugada, que estabelece também normas para a reabertura das atividades económicas do país.
O diploma legal determina ainda que a partir da mesma data será permitida a deslocação entre as diferentes regiões. Para além de acrescentar que as viagens a partir de e para o estrangeiro poderão apenas estar limitadas por medidas governamentais dos outros países e pelo "cumprimento das restrições decorrentes da regulamentação da União Europeia e de obrigações internacionais".
As medidas têm como objetivo recuperar os fluxos turísticos no país durante o verão, e foram fortemente apoiada pelos ministros da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus.
Além disso, facilitará o reencontro das numerosas famílias separadas pelo bloqueio fronteiriço, aplicado desde março.
A proibição de mobilidade será limitada às pessoas que testem positivo para o coronavírus ou que se estejam em quarentena.