Zelensky e Trump vão reunir-se à margem da cimeira de Haia
Volodymyr Zelensky e Donald Trump vão encontar-se esta quarta-feira, 25 de junho, à margem da cimeira da NATO que está a decorrer em Haia, segundo avançou à AFP um alt funcionário da presidência ucraniana.
"As equipas estão a ultimar os detalhes" desta reunião, que será o segundo encontro após o desentendimento na Sala Oval da Casa Branca, em fevereiro. Depois desse momento tenso, presidentes ucraniano e norte-americano sentaram-se frente a frente na Basílica de São Pedro, no Vaticano, à margem do funeral do papa Francisco, no final de abril.
Nessa ocasião, Washington e Kiev disseram que o encontro no Vaticano foi positivo.
Antes deste encontro, Zelensky recebeu o apoio do secretário-geral da NATO, que defendeu uma Ucrânia “tão forte que Vladimir Putin jamais pense em voltar a aproximar-se”.
“Queremos torná-la tão fortes que Vladimir Putin jamais pensará em voltar a aproximar-se da Ucrânia”, disse Mark Rutte, apelando a um reforço do investimento dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e da União Europeia na área da defesa e no apoio à Ucrânia – 23 dos 32 países da União Europeia pertencem à Aliança Atlântica.
Em conferência de imprensa conjunta com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e os presidentes do Conselho Europeu, o português António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Mark Rutte insistiu que a cimeira que está a decorrer em Haia, nos Países Baixos, até quarta-feira, é importante para reenquadrar a NATO ao novo contexto de incerteza e insegurança geopolítica.
Pouco antes da reunião entre o principal representante político da NATO e os da União Europeia, o Presidente ucraniano alertou que os objetivos do homólogo russo, Vladimir Putin, “não se circunscrevem à Ucrânia”.
Volodymyr Zelensky considerou que Vladimir Putin precisa de continuar a guerra no território ucraniano para assegurar que não é deposto: “Enquanto Putin conseguir matar, Putin vive.”
À margem da cimeira, o Presidente ucraniano tem ainda previsto um encontro com os líderes das principais economias europeias (Alemanha, França, Itália, Polónia e Reino Unido).
*com Lusa