Vladimir Putin deu hoje uma entrevista a uma televisão russa na qual disse estar pronto para "atrair parceiros estrangeiros" para o que diz ser os "novos territórios históricos que foram devolvidos à Rússia", ou seja, o territórios ocupados na Ucrânia.
O presidente russo falou ainda de Volodymyr Zelensky, considerando que ele "não tem quaisquer hipóteses" de vencer umas eleições na Ucrânia, apontando mesmo que Valery Zaluzhnyi, ex-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, como possível vencedor.
“E dado que este potencial candidato é potencialmente apoiado por outros políticos, incluindo antigos primeiros-ministros, o atual chefe do regime não tem quaisquer hipóteses de ganhar as eleições. Zero hipóteses", frisou.
The Eiffel Tower lights up Paris in the colours of Ukraine today🇺🇦 pic.twitter.com/DbUCnAa86G
— KyivPost (@KyivPost) February 24, 2025
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje, com o apoio da Rússia, uma resolução dos Estados Unidos que apela a uma paz rápida na Ucrânia, mas sem referência à integridade territorial do país.
A resolução, que "apela ao fim do conflito o mais rapidamente possível e pede uma paz duradoura", recebeu 10 votos a favor, incluindo o da Rússia, e nenhum contra.
Os quatro países da União Europeia (UE) (França, Eslovénia, Grécia, Dinamarca) e o Reino Unido abstiveram-se.
Macron revelou que Donald Trump vai encontrar-se em breve com Zelensky para alcançar um acordo sobre terras raras e minerais.
"Não queremos um acordo de paz que seja fraco", vincou o presidente francês.
Emmanuel Macron recordou as conversas que teve com Vladimir Putin e vincou a necessidade de não dar ao presidente russo "um cheque em branco que possa ser violado".
"Parei as minhas conversações com o presidente Macron depois de [massacre em] Bucha [março de 2022], porque achei que não estavam a surtir efeito. Em 2014, quando foi negociada a paz, eu estava presente, mas o presidente Putin violou esta paz. Foram várias as vezes que conversámos ao telefone antes da guerra. Acredito que os Estados Unidos têm capacidade. Não podemos dar a Putin um cheque em branco que possa ser violado", afirmou o presidente francês, na resposta a uma pergunta de um jornalista.
Numa fase de respostas a perguntas dos jornalistas, Donald Trump afirmou que ficou muito animado com o inquérito que indica que os americanos apoiam as suas intenções de terminar a guerra na Ucrânia.
"A reunião nas Arábia Saudita foi fantástica. O que eu faço são negócios, são acordos, e sei quando alguém tem vontade de os fazer ou não. Ninguém estava a falar com a Rússia. Uma das primeiras chamadas que fiz neste mandato foi para o presidente Putin e ele expressou que quer terminar esta guerra. O cessar-fogo será uma realidade", garantiu.
O presidente francês começou por recordar a amizade entre Estados Unidos e França, que "vem desde o início da Primeira Guerra Mundial", e salientou que os dois países estiveram "do lado correto nas duas grandes guerras", "sempre unidos a defender a paz".
Emmanuel Macron destacou que os países da União Europa investiram "milhares de milhões de euros em ajuda à Ucrânia para a ajudar a manter a soberania, mas também para manter a soberania da Europa".
"Queremos salvar vidas e libertar presos. Queremos um paz duradoura, o que só poderá acontecer com garantias de que isto não pode acontecer. A paz não significa a rendição da Ucrânia, mas sim a soberania da Ucrânia. A Europa está empenhada na segurança", afirmou Macron, que salientou ainda a necessidade de o Irão não obter armas nucleares.
"Estamos aqui para travar uma guerra horrível que está a destruir território europeu. Guerra não teria acontecido se eu fosse o presidente dos Estados Unidos na altura. Geração inteira de ucranianos e russos foi dizimada. É altura de pôr um ponto final a esta guerra sangrenta. Acredito que vamos ter boas conversações, incluindo com a Rússia", afirmou Donald Trump, em conferência de imprensa conjunta com Macron.
"Esta é uma situação horrível que pode levar a uma Terceira Guerra Mundial. Não vou deixar isso acontecer", acrescentou, sublinhando que a guerra deve ser costeada também pelos Estados Unidos e não só pela Europa. "Porque deixaram começar a guerra?", questionou o presidente dos Estados Unidos, em alusão à administração Biden. "Agora temos um novo presidente que promove a paz por todo o mundo. Serei relembrado como um fazedor da paz", vincou.
Donald Trump garantiu hoje que Vladimir Putin aceitará a entrada de forças de manutenção de paz europeias na Ucrânia como parte de um eventual acordo para acabar com a guerra.
Na Sala Oval, onde se encontrou com o presidente dos EUA, Emmanuel Macron assumiu que a Europa está preparada para fornecer garantias de segurança à Ucrânia.
O presidente do Conselho Europeu advogou hoje que a sua presença, da presidente da Comissão Europeia e de vários líderes europeus em Kiev demonstra "solidariedade com a população ucraniana" e com Volodymyr Zelensky, advertindo que "o momento importa".
"A nossa presença hoje em Kiev é uma demonstração da nossa solidariedade para com a população da Ucrânia e para com o Presidente Volodymyr Zelensky. Todos queremos que esta guerra acabe, que o sofrimento e a destruição parem", escreveu António Costa nas redes sociais.
O presidente do Conselho Europeu acrescentou que "o momento importa", pela "Ucrânia e pela segurança da Europa", numa altura em que a arquitetura de segurança que vigora praticamente desde a Segunda Guerra Mundial é ameaça pela incerteza das decisões dos Estados Unidos da América.
Donald Trump anunciou na Casa Branca, durante a receção a Emmanuel Macron, que o fim da guerra da Ucrânia pode estar para breve. "Se formos inteligentes, a guerra poderá terminar em breve, dentro de semanas", disse na Sala Oval.
“Se não formos inteligentes, a guerra continuará. Isso é algo que não queremos isso”, disse, revelando que teve uma conversa telefónica com Vladimir Putin, presidente da Rússia, na qual ambos concordaram em iniciar negociações para acabar com o conflito.
Donald Trump recusou-se hoje a classificar Vladimir Putin, presidente da Rússia, como ditador. O chefe de Estado norte-americano foi questionado na Sala Oval, na Casa Branca, ao lado de Emmanuel Macron, presidente francês.
“Não uso essas palavras levianamente, veremos como tudo vai funcionar”, disse Trump, que utilizou a palavra ditador para classificar Zelensky.
Nesse sentido, o líder norte-americano garantiu que Rússia e Ucrânia "têm a possibilidade de alcançar um acordo muito bom" para colocar fim à guerra que "poderia levar à Terceira Guerra Mundial".
Donald Trump anunciou hoje que vai receber na Casa Branca Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, "esta semana ou na próxima" para assinar um acordo sobre os minerais.
O presidente dos EUA disse ter anunciado na reunião do G7 que este é um acordo essencial. "Todos expressaram o seu objetivo de ver o fim da guerra e eu enfatizei a importância do acordo vital sobre minerais críticos e terras raras entre os EUA e a Ucrânia, que esperamos que seja assinado muito em breve", disse.
Emmanuel Macron, presidente de França, está na Casa Branca para uma reunião com o seu homólogo norte-americano Donald Trump.
Numa publicação na rede social X, o líder francês escreveu que se encontra nos Estados Unidos para "reafirmar" o seu apoio "inabalável" à Ucrânia.
“Durante três anos, a Ucrânia tem lutado com admirável coragem contra um agressor, a Rússia. Pela soberania e pela liberdade, o nosso apoio à Ucrânia permanecerá inabalável. Estou em Washington para reafirmar isto e avançar com o presidente Donald Trump e os nossos aliados”, escreveu Macron.
For three years, Ukraine has been fighting with admirable courage against an aggressor—Russia.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 24, 2025
For sovereignty and freedom.
Our support for Ukraine will remain unwavering. I am in Washington to reaffirm this and to move forward with President @realDonaldTrump and our allies. pic.twitter.com/ZUehOczJhM
Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentaram queixa no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Rússia pela deportação de 19 jornalistas ucranianos, avançou hoje a ONG no seu 'site'.
Segundo a organização, a Rússia deportou pelo menos 19 jornalistas ucranianos, desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e todos foram presos arbitrariamente pelas forças de ocupação russas, pelo menos 14 deles estão atualmente detidos em território russo.
A queixa apresentada também ao Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia resultou em catorze investigações do Ministério Público ucraniano sobre crimes contra jornalistas.
"As forças de ocupação russas estão a afugentar jornalistas ucranianos independentes, perdendo-os e deportando-os, em parte para o seu território. Até ao momento, 18 deles ainda estão detidos e um jornalista ainda está desaparecido", afirmou o diretor de advocacia e assistência dos RSF, António Bernard.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje com apoio de 93 países uma resolução não vinculativa que exige o fim das hostilidades na Ucrânia e reafirma a soberania, independência, unidade e integridade territorial ucraniana.
A resolução em causa, apresentada pela Ucrânia e pela União Europeia, obteve 93 votos a favor, 18 contra - incluindo dos Estados Unidos - e 65 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.
O texto europeu reitera a exigência para que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares da Ucrânia.
Na sequência, os Estados Unidos colocaram a votos também a sua própria resolução na Assembleia-Geral da ONU sobre a guerra na Ucrânia, pedindo uma paz duradoura entre Moscovo e Kiev e implorando um fim rápido para o conflito.
Lusa
A presidente da Comissão Europeia diz que a Ucrânia poderá aderir à União Europeia antes de 2010 se continua com as suas reformas internas ao ritmo atual.
Von der Leyen afirmou esta segunda-feira, numa conferência de imprensa ao lado de Volodymyr Zelensky em Kiev, que a Ucrânia está a sair-se bem e pode ser "admitida antes de 2030" se continuar "nesta velocidade e com esta qualidade".
Já o presidente ucraniano crê que adesão à UE ou à NATO ajudará "muito" a Ucrânia a dissuadir futuras agressões russas.
Depois de relembrar três anos de guerra com a Rússia, Volodymyr Zelenskyy abordou o futuro. “Esperamos poder terminar a guerra este ano e não em três”, afirmou em Kiev.
"Se os pressionarmos [aos russos], se os colocarmos no seu lugar, no seu território, e se a Ucrânia estiver na UE e na NATO... é claro que isso nos ajudará muito", acrescentou o líder ucraniano.
Zelensky referiu ainda que os países com populações significativas de língua russa poderão ser os próximos na mira de Moscovo.
O "momento mais perigoso", disse, é quando os países da Europa Oriental têm pessoas com "raízes russas", não porque eles próprios representem qualquer ameaça, mas porque o Kremlin usará a sua segurança como pretexto para uma invasão, atirou, citando como exemplos a Polónia, a Eslováquia, a Letónia, a Moldávia e a Estónia como potencialmente ameaçados.
"Se cairmos... acho que todos os países que mencionei correm esse risco por causa da política russa, por causa da sua visão do mundo russo", justificou.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi recebido esta segunda-feira na Casa Branca, em Washington D.C., avança a Sky News. Está previsto um encontro entre o chefe de Estado francês e o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a guerra na Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também deverá reunir-se com o presidente norte-americano.
Na semana passada, Macron promoveu dois encontros, em Paris, com líderes europeus, depois de terem sido iniciadas conversações entre os EUA e a Rússia, em Riade, para o fim da guerra, que não contaram com a Ucrânia e a Europa.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou esta segunda-feira que os EUA mudaram o tom da conversa mundial sobre um possível acordo de paz, o que, defendeu, só poderá ser alcançado com a Ucrânia à mesa das negociações.
Considerou que a Europa deve usar a "força coletiva" no "esforço pela paz". "O presidente Trump mudou o debate global nas últimas semanas e criou uma oportunidade", afirmou Starmer, citado pela imprensa britânica.
"Agora temos de acertar os fundamentos. Se queremos que a paz perdure, a Ucrânia precisa de ter um lugar à mesa, e qualquer acordo precisa de ser baseado numa Ucrânia soberana, apoiada por fortes garantias de segurança", defendeu.
“E, em última análise, um apoio dos EUA será vital para dissuadir a Rússia de lançar outra invasão dentro de poucos anos”, considerou o primeiro-ministro britânico.
Starmer disse ainda que “o Reino Unido está preparado e disponível para apoiar este processo [de paz] com tropas no terreno, juntamente com outros países europeus e com as condições corretas".
Estão na "fase final" as negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia referentes a um acordo sobre o acesso e exploração de minerais em território ucraniano, anunciou o governo de Kiev.
O presidente ucraniano, recorde-se, terá recusado um primeiro esboço de um acordo sobre minerais proposto pela administração de Donald Trump, por considerar ser necessário garantias de segurança, segundo a Reuters.
“As equipas ucranianas e norte-americanas estão na fase final das negociações relativas ao acordo sobre minerais. As negociações têm sido muito construtivas, com quase todos os pormenores-chave finalizados”, afirmou Olha Stefanishyna, que, no governo de Kiev, tem a pasta da integração europeia e da Justiça.
De acordo com esta governante, Kiev espera agora "que os líderes dos EUA e dos Emirados Árabes Unidos possam" assinar acordo "e endossá-lo em Washington (o mais rápido possível) para mostrar" o "compromisso" da Ucrânia "para as próximas décadas”.
Ukrainian and U.S. teams are in the final stages of negotiations regarding the minerals agreement. The negotiations have been very constructive, with nearly all key details finalized. We are committed to completing this swiftly to proceed with its signature. We hope both US and…
— Olga Stefanishyna (@StefanishynaO) February 24, 2025
Os serviços de informações britânicos indicaram esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia fez até ao momento 860 mil baixas no exército russo, mas admite que Moscovo conseguiu impor pressão constante sobre os militares ucranianos.
O relatório dos serviços de informações do governo britânico foi divulgado através das redes sociais no dia em que se assinalam três anos da invasão da Ucrânia pela Rússia e destaca que o exército russo sofreu cerca de 860 mil baixas, entre mortos e feridos.
Segundo o relatório, o número de baixas "substancial" afetou a qualidade das forças armadas russas, contrariando o plano anunciado por Moscovo, antes de 2022, de estabelecer uma força moderna e profissional.
Para os serviços de informações do Reino Unido, a Rússia depende atualmente da quantidade em detrimento da qualidade para continuar as operações contra a Ucrânia.
O mesmo relatório refere que os efetivos que servem atualmente no exército russo recebem formação mínima, enquanto os comandantes russos utilizam táticas básicas para progredir no terreno.
"A Rússia perdeu pelo menos 3.750 tanques e 8.400 veículos blindados. A grande quantidade de carros de combate e veículos blindados, um legado da União Soviética, tem sido o único meio da Rússia para repor estas pesadas perdas", indica ainda o relatório.
Londres nota que apesar dos "custos impostos às forças terrestres", a Rússia tem sido capaz de impor pressão sobre as defesas ucranianas.
Mesmo assim, a análise militar do Reino Unido refere que os progressos de Moscovo abrandaram no início de 2025.
Lusa
Enquanto líderes europeus participam, em Kiev, na cimeira internacional de apoio à Ucrânia, o presidente russo teve uma "longa conversa telefónica" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Tratou-se de uma conversa "calorosa e amigável”, segundo o Kremlin, em que Putin falou sobre as conversações que sentaram à mesa Washington e Moscovo com vista ao fim da guerra na Ucrânia.
“O lado chinês manifestou o seu apoio ao diálogo iniciado entre a Rússia e os Estados Unidos, bem como a sua disponibilidade para ajudar a encontrar formas de resolver pacificamente o conflito ucraniano", referiu a nota da presidência russa, segundo a Sky News.
“Os dirigentes sublinharam em particular que a relação entre a Rússia e a China em matéria de política externa é o fator de estabilização mais importante nos assuntos mundiais", destacou ainda o Kremlin. “É de natureza estratégica, não está sujeita a influências externas e não é dirigida contra ninguém", concluiu Moscovo.
O candidato presidencial Marques Mendes defendeu esta segunda-feira que "a verdade não oferece contestação" sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia e manifestou esperança num cessar-fogo "em termos sérios e justos" sem "benefício do infrator".
"Três anos depois do início da guerra na Ucrânia, alguns estão a tentar reescrever a história. Mas a verdade não oferece contestação", escreveu Luís Marques Mendes, numa publicação nas redes sociais, no dia em que se assinala o terceiro ano do início da guerra.
Para o também conselheiro de Estado, "há um país invasor, a Rússia, e um país invadido, a Ucrânia" e "há um ditador que provocou a guerra, o Presidente Putin, e um democrata que defende corajosamente o seu povo, o Presidente Zelensky".
"Assinalar três anos de guerra impõe-nos: homenagem, solidariedade e esperança", considerou.
Marques Mendes sublinhou que a Ucrânia "está a defender os seus valores nacionais" e os valores europeus, "os valores da liberdade, da democracia e da integridade territorial dos Estados", apelando à solidariedade ao povo ucraniano "que se tem exprimido na linha da frente com uma coragem e determinação inexcedíveis".
"Esperança que um próximo cessar-fogo, tentando pôr fim a esta guerra, seja feito em termos sérios e justos, com envolvimento de todas as partes interessadas e sem um incompreensível benefício do infrator", referiu ainda.
Lusa
UCRÂNIA 🇺🇦
— Luís Marques Mendes (@lmm2026) February 24, 2025
1. Três anos depois do início da guerra na Ucrânia, alguns estão a tentar reescrever a história. Mas a verdade não oferece contestação:
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou esta segunda-feira que a União Europeia está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia da invasão russa, e assim vai continuar no futuro, assegurou o ex-primeiro-ministro português em Kiev, durante a cimeira internacional de apoio à Ucrânia, referindo-se à ajuda militar, à reconstrução do país e à adesão à UE.
"Todos queremos que esta guerra termine e que o sofrimento e a destruição acabem", vincou Costa.
"Putin quer dividir-nos", prosseguiu o presidente do Conselho Europeu, defendendo que a UE deve mostrar "união" e que o seu apoio à Ucrânia "é forte".
"Só a Ucrânia pode decidir quando estão criadas condições" para se avançar para as negociações de paz", defendeu Costa, numa altura em que EUA e Rússia já iniciaram conversações, exluindo Kiev e a Europa.
Defendeu que só com garantias de segurança "fortes" e "concretas" é que se pode assegurar uma paz duradoura na Ucrânia e na Europa.
Costa disse que a UE está preparada "para fazer o que for necessário" para assegurar a segurança da Ucrânia num processo de paz.
O presidente do Conselho Europeu terminou a sua intervenção na cimeira com a frase: "Slava Ukraini" ("Glória à Ucrânia")
Putin wants to divide us. We show today that our support to Ukraine is strong, united and unchanged. Follow my speech at the #SupportUkraine Summit ↓ https://t.co/fSyxD0IdFj
— António Costa (@eucopresident) February 24, 2025
O primeiro-ministro espanhol é um dos líderes europeus que está em Kiev no dia em que se assinala os três anos da guerra na Ucrânia.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, Pedro Sánchez, reafirma a garantia de que "a Espanha está ao lado da Ucrânia".
"Três anos após o início da agressão russa, o nosso compromisso para com o povo ucraniano mantém-se intacto", escreveu Sánchez, em Kiev, onde participa numa cimeira internacional de apoio à Ucrânia.
España está con Ucrania.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) February 24, 2025
Tres años después del inicio de la agresión rusa, nuestro compromiso con el pueblo ucraniano sigue intacto. Ya en Kyiv, para participar en la Cumbre Internacional de apoyo a Ucrania. pic.twitter.com/vpv5uaTZPL
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, afirmou esta segunda-feira que Moscovo só vai terminar com as hostilidades" na Ucrânia caso as negociações tenham um "resultado aceitável" para a Rússia.
Os EUA e Moscovo, recorde-se, iniciaram conversações com vista a um acordo de paz, mas excluindo o país invadido, a Ucrânia, e a Europa.
“Só cessaremos as hostilidades quando estas negociações produzirem um resultado firme e duradouro que seja aceitável para a Federação Russa”, disse Lavrov, citado pela BFM TV, durante uma visita a Ancara, na Turquia.
🔴 EN DIRECT
— BFMTV (@BFMTV) February 24, 2025
Guerre en Ukraine: la Russie "cessera les hostilités" quand elle aura obtenu ce qu'elle veut des "négociations"https://t.co/mePzygmuGN pic.twitter.com/cmmfBHCgj3
Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, também usou as redes sociais para assinalar "três anos" da "bárbara invasão em grande escala da Ucrânia por Putin".
"Enfrentamos um momento único numa geração para a nossa segurança e valores colectivos", escreveu Starmer na rede social X, tendo garantido que o Reino Unido continuará a "apoiar a Ucrânia por uma paz justa e duradoura".
Three years on from Putin's barbaric full-scale invasion of Ukraine, we face a once in a generation moment for our collective security and values.
— Keir Starmer (@Keir_Starmer) February 24, 2025
We continue to stand with Ukraine for a just and lasting peace.
Slava Ukraini.
Para assinalar os três anos de guerra na Ucrânia, o primeiro-ministro português deixou nas redes sociais uma mensagem dirigida aos ucranianos.
"Saúdo o povo ucraniano pela sua bravura na defesa da liberdade, soberania e integridade territorial", começou por referir Luís Montenegro.
Para o chefe do Governo, "é tempo de pôr fim a esta flagrante violação dos valores da democracia e do direito internacional".
"Portugal esteve desde a primeira hora ao lado da Ucrânia no exercício do seu legítimo direito à auto-defesa, e continuará ao seu lado na procura de uma paz justa, inclusiva e duradoura", assegurou Montenegro na mensagem partilhada na rede social X
No 3° aniversário da agressão da Rússia contra a Ucrânia, saúdo o povo ucraniano pela sua bravura na defesa da liberdade, soberania e integridade territorial.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) February 24, 2025
É tempo de pôr fim a esta flagrante violação dos valores da democracia e do direito internacional.
Portugal esteve desde…
Dois cocktails molotov foram atirados na manhã desta segunda-feira para o jardim do consulado russo na cidade portuária de Marselha, no sul de França, avança a BFM TV.
A estação de televisão, que cita fonte policial, refere uma explosão no consulado da Rússia nesta cidade francesa.
Os dois cocktails molotov atingiram o jardim do edifício. Até ao momento, não foram registados danos ou feridos.
Cerca de 30 elementos dos bombeiros e da polícia estão no local.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia já pediu às autoridades uma investigação às "explosões", segundo a agência de notícias russa Tass.
Incidente no consulado russo em Marselha tem “todas as características de um ataque terrorista”, fez saber a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
🔴 ALERTE INFO
— BFM Marseille Provence (@BFMMarseille) February 24, 2025
Marseille: une explosion entendue à proximité du consulat de Russie, une trentaine de marins-pompiers sur placehttps://t.co/JBIuuNiMfp pic.twitter.com/uQeg18wP2S
A presidente da Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira um novo pagamento à Ucrânia de 3,5 mil milhões de euros em março, quando o bloco comunitário já mobilizou 134 mil milhões, prometendo a entrega imediata de mais armas e munições.
"A Europa está aqui para reforçar a Ucrânia neste momento crítico. Posso anunciar que um novo pagamento de 3,5 mil milhões de euros para a Ucrânia chegará já em março", anunciou Ursula von der Leyen falando na Cimeira Internacional de Apoio, em Kiev, onde está hoje para assinalar o terceiro aniversário da invasão russa do país.
Acompanhada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e um dia após o antigo primeiro-ministro português ter anunciado uma cimeira extraordinária a 06 de março em Bruxelas dedicada à defesa europeia, a líder do executivo comunitário vincou que "não é apenas o destino da Ucrânia que está em causa, é o destino da Europa", sendo que a "primeira prioridade continua a ser dar força à resistência" ucraniana.
Por essa razão, a União Europeia (UE) e os seus Estados-membros já mobilizaram 134 mil milhões de euros, "mais do que qualquer outro país", assinalou Ursula von der Leyen.
"Graças ao nosso Mecanismo de Apoio à Ucrânia e ao empréstimo do G7, colmatámos o défice orçamental da Ucrânia para todo o ano de 2025 e, paralelamente, temos de acelerar a entrega imediata de armas e munições. Este será o cerne do nosso trabalho nas próximas semanas", prometeu a responsável.
Um total de 23 membros do colégio de comissários está hoje em Kiev, numa comitiva liderada por Ursula von der Leyen e à qual se juntou António Costa.
"Hoje, estou aqui com o colégio da Comissão Europeia. Uma Ucrânia livre e soberana não é apenas do interesse europeu, mas também do interesse de todo o mundo", salientou a presidente da instituição, vincando que este apoio "não é apenas fundamental para a Europa", mas também "para a Ásia, para África e para ambos os lados do Atlântico" e "um investimento na prevenção de guerras futuras".
Lusa
Além de António Costa, presidente do Conselho Europeu, e de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também o primeiro-ministro canadiano está em Kiev no dia em que se assinala os três anos de guerra.
"Estou muito feliz por estar aqui", disse Justin Trudeau a Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, ao sair do comboio na capital ucraniana, de acordo com imagens publicadas nas redes sociais.
Von der Leyen, António Costa, e o primeiro-ministro canadiano irão participar numa cimeira que, segundo o presidente ucraniano, reunirá 13 líderes, além de outros 24 por videoconferência.
Com Lusa
До Києва прибули президентка Єврокомісії @vonderleyen, прем'єр-міністр Канади @JustinTrudeau та багато інших іноземних гостей, друзів України.
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) February 24, 2025
Радий був зустрічати їх сьогодні. pic.twitter.com/uk7CNYued4
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou esta segunda-feira a resistência da Ucrânia, no terceiro aniversário da invasão russa, num dia em que vários líderes estrangeiros chegaram a Kiev para reafirmar o apoio ao país.
"Três anos de resistência. Três anos de gratidão. Três anos de absoluto heroísmo dos ucranianos", escreveu Zelensky, numa mensagem nas redes sociais, agradecendo "a todos aqueles que defendem e apoiam" a Ucrânia.
Na mesma publicação, o presidente ucraniano publicou um vídeo para assinalar os três anos de guerra.
Lusa
Three years of resistance. Three years of gratitude. Three years of absolute heroism of Ukrainians. I am proud of Ukraine! I thank everyone who defends and supports it. Everyone who works for Ukraine. And may the memory of all those who gave their lives for our state and people… pic.twitter.com/HeNMpJX891
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 24, 2025
O Presidente da República salienta que Portugal vai continuar a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário e que uma paz justa e duradoura só pode ser alcançada com a plena participação dos ucranianos.
Numa mensagem publicada no portal da Presidência da República na Internet, quando se assinala o terceiro aniversário da invasão da Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que na madrugada de 24 de fevereiro de 2022 a Ucrânia "foi surpreendida pelo início da violenta invasão da Federação Russa".
"O Presidente da República, hoje, como há três anos, condena inequivocamente a guerra injusta e ilegal da Rússia, perpetrada em violação flagrante da integridade territorial e soberania da Ucrânia, do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas. Portugal reitera o seu apoio à Ucrânia, pelo tempo que for necessário, e continua ao seu lado no caminho para a adesão à União Europeia e nas aspirações de pertença à NATO", lê-se nesta mensagem.
Em relação à situação atual nos campos militar e diplomático, o chefe de Estado "presta homenagem à resistência e resiliência do corajoso povo ucraniano, apoiando os seus legítimos anseios por uma paz justa e duradoura".
"Paz que só poderá ser alcançada com a plena participação da Ucrânia", acentua o Presidente da República.
Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defendeu esta sexta-feira que a União Europeia (UE) "tem uma palavra a dizer" em quaisquer negociações para um cessar-fogo e um acordo na Ucrânia, admitindo que só assim pode ser uma "paz justa".
"A UE e outros países europeus têm uma palavra a dizer no plano negocial", disse Paulo Rangel, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco comunitário, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições da União Europeia.
O governante português acrescentou que no plano que seja esboçado para um cessar-fogo e um eventual acordo de paz, estão incluídas as "garantias de segurança dos países europeus" e também um "esforço financeiro enorme" na reconstrução do país invadido pela Ucrânia há precisamente três anos.
"Isso não é possível, nem faz sentido, sem envolver a UE", sustentou Paulo Rangel.
Os ministros com a pasta da diplomacia da UE reúnem-se hoje em Bruxelas para discutir, entre outros temas, o conflito na Ucrânia, três anos depois de a Rússia iniciar uma invasão que culminou na ocupação de porções significativas das regiões do Donetsk e de Lugansk (a península da Crimeia foi invadida em 2014).
Em causa, na reunião de hoje, estão também as negociações preliminares com a Rússia feitas pelos Estados Unidos da América (EUA), que excluíram a Ucrânia e a União Europeia.
Os países do bloco comunitário criticaram a decisão da administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, que teceu críticas ao modo como a UE apoiou a Ucrânia e ao próprio Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Lusa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou esta segunda-feira que a União Europeia deverá acelerar a entrega imediata de ajuda militar à Ucrânia nas próximas semanas.
"Devemos acelerar a entrega imediata de armas e munições [à Ucrânia]. E esse será o foco do nosso trabalho nas próximas semanas", disse von der Leyen, antes de chegar a Kiev.
A chefe da Comissão Europeia prometeu ainda apresentar "muito em breve" um plano abrangente sobre como aumentar a produção de armas e as capacidades de defesa da UE, do qual a Ucrânia também beneficiaria.
Lusa
Os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu estão esta segunda-feira em Kiev, por ocasião do terceiro aniversário da invasão russa, para demonstrar apoio à Ucrânia e ao presidente Volodymyr Zelensky, num momento de fortes tensões geopolíticas e diplomáticas.
Ursula von der Leyen e António Costa estão na capital ucraniana para demonstrar solidariedade para com a população ucraniana e o presidente Zelensky, que tem sido alvo de críticas por parte do homólogo dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump.
On the 3rd anniversary of Russia’s brutal invasion, Europe is in Kyiv.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 24, 2025
We are in Kyiv today, because Ukraine is Europe.
In this fight for survival, it is not only the destiny of Ukraine that is at stake.
It’s Europe’s destiny. pic.twitter.com/s0IaC5WYh6
Na semana passada, o presidente dos EUA considerou que Volodymyr Zelensky era "um ditador" sem legitimidade democrática e acusou-o de começar a guerra e de fomentá-la, coincidindo com a narrativa utilizada pelo Kremlin (presidência russa) para justificar a invasão e destoando da postura da Casa Branca durante o Governo do democrata Joe Biden (2021-2025).
A administração dos EUA também considerou que "são irrealistas" os desígnios de Kiev de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e de recuperar o território ocupado pela Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, nomeadamente a partes das províncias de Donetsk e de Lugansk e a península da Crimeia (ocupada desde 2014).
Em simultâneo, Washington e Moscovo avançaram com reuniões preliminares para esboçar um cessar-fogo e um acordo de paz, que foi amplamente criticado pela União Europeia (UE) e pela Ucrânia, por excluir o país invadido e os países daquele continente, que sentiram os efeitos imediatos do conflito, nomeadamente, o êxodo de cidadãos ucranianos e as consequências socioeconómicas.
Apesar de não estar disponível o roteiro que Ursula von der Leyen e António Costa farão em Kiev, é expectável que ocorra um encontro com o presidente ucraniano e uma cerimónia para homenagear os militares e a população civil que morreram nos últimos três anos.
António Costa esteve na Ucrânia no dia 1 de dezembro de 2024, coincidindo com o início do seu mandato na liderança do Conselho Europeu e viajou na altura com a Alta-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em representação do executivo comunitário, que também iniciou funções nesse dia.
Também hoje em Kiev está o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, "para reafirmar o apoio" a Zelensky, segundo anunciou na passada quinta-feira.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
Lusa