Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, no local da explosão
Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, no local da explosãoFacebook / Donald Tusk

Usada para levar "armas para a Ucrânia". Explosão em linha ferroviária na Polónia foi "ato de sabotagem"

A explosão de um engenho explosivo "destruiu os carris" na ligação entre Varsóvia-Lublin, diz primeiro-ministro polaco. Não há informação sobre feridos, mas Tusk fala em sabotagem "sem precedentes".
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Uma explosão numa linha ferroviária na Polónia, que também é usada para transportar armas com destino à Ucrânia, resulta de um "ato de sabotagem sem precedentes", disse esta segunda-feira, 17 de novembro, o primeiro-ministro polaco.

No domingo (16), um engenho explosivo "destruiu os carris" na ligação entre Varsóvia-Lublin, disse Donald Tusk, referindo que a explosão visou "a segurança do Estado polaco e dos seus cidadãos". "Infelizmente, os nossos piores receios confirmaram-se. (...), ocorreu um ato de sabotagem".

"Está em curso uma investigação. Tal como em casos anteriores, vamos capturar os perpetradores, independentemente de quem sejam os seus apoiantes", prometeu o chefe do Governo polaco numa mensagem nas redes sociais.

De acordo com a Sky News, não há informação sobre feridos.

EPA/PRZEMYSLAW

Após a explosão que causou danos na linha ferroviária, os militares inspecionaram um troço de carris com 120 km, que conduz à fronteira com a Ucrânia, noticia a Reuters, que recorda sabotagens, como incêndios e ciberataques, que tiveram como alvo a Polónia e outros países europeus desde início da guerra na Ucrânia, em curso há mais de três anos.

Num comunicado em vídeo, no local onde ocorreu a explosão, Tusk, citado pela Reuters, afirmou que esta ligação ferroviária "também é utilizada para transportar armas para a Ucrânia". "Felizmente, não ocorreu nenhuma tragédia, mas as implicações legais são muito graves", sublinhou.

Também aproveitando as redes sociais, o ministro do Interior polaco, Marcin Kierwiński, disse que "a Polónia está a enfrentar atos de sabotagem sem precedentes na sua história recente”.

Devido à explosão na linha ferroviária, o governante participou numa reunião de emergência, com os ministros dos Transportes e da Justiça, bem como com elementos da polícia e dos serviços de segurança.

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