Ultimato. Trump dá "três ou quatro dias" ao Hamas para responder ao plano de paz para Gaza
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Ultimato. Trump dá "três ou quatro dias" ao Hamas para responder ao plano de paz para Gaza

Plano de paz inclui a libertação de todos os reféns em 72 horas, o desarmamento do Hamas, a retirada gradual das forças de Israel e um governo transitório liderado por um organismo internacional.
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O presidente dos EUA deixou esta terça-feira, 30 de setembro, um ultimato ao Hamas ao afirmar que o grupo palestiniano tem "três ou quatro dias" para responder à proposta de paz que conta com o apoio do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

"Vamos dar-lhes três ou quatro dias", disse aos jornalistas Donald Trump, em Washington, deixando um aviso ao grupo palestiniano. "Os países muçulmanos estão a bordo, Israel está a bordo. Estamos à espera do Hamas, e o Hamas pode fazê-lo ou não, mas se não o fizer, será um final muito triste", afirmou.

Questionado sobre se haveria possibilidade para novas negociações sobre o plano de paz, o presidente dos EUA respondeu: "Não muita".

O plano de Trump, apresentado na segunda-feira na Casa Branca ao lado de Netanyahu, integra 20 pontos e inclui um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns em 72 horas, o desarmamento do Hamas, a retirada gradual das forças de Israel e um governo transitório liderado por um organismo internacional presidido por Trump.

Os Estados Unidos comprometem-se também a mediar entre Israel e a Palestina para uma "coexistência pacífica" e abrem caminho para a criação de um Estado palestiniano.

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Os 20 pontos do plano de Trump para Gaza

Horas depois de a proposta ser conhecida, o primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abdulrahman al-Thani, e o chefe dos serviços de informação egípcios, Hassan Mahmoud Rashad, apresentaram o plano ao grupo palestiniano. "Os negociadores do Hamas disseram que o iriam examinar de boa-fé e responder", disse à AFP, fonte ligada ao processo negocial.

Fonte próxima do Hamas disse à Reuters que o plano de Trump é "completamente tendencioso em relação a Israel" e impõe "condições impossíveis" que têm como objetivo eliminar o grupo.

O plano de Donald Trump visa pôr termo à guerra em curso na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em território israelita, a 7 de outubro de 2023.

O ataque do Hamas causou a morte de mais de 1200 pessoas e 251 reféns, segundo as autoridades israelitas.

A ofensiva israelita que se seguiu em Gaza provocou mais de 66.000 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

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Acordo de paz está nas mãos do Hamas após acordo entre Trump e Netanyahu

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