A União Europeia (UE) vai fornecer apoio energético de emergência para ajudar a Ucrânia a enfrentar os ataques russos contra infraestruturas críticas nos próximos meses, garantiu esta segunda-feira, 3 de novembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen."A Ucrânia não enfrentará este inverno sozinha", garantiu a política alemã, numa mensagem na rede social X após uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.. O Presidente ucraniano revelou esta segunda-feira, por sua vez, em conferência de imprensa, que a UE se comprometeu a entregar mais 127 milhões de euros em apoio.Rússia e Ucrânia trocam praticamente todas as noites ataques de longo alcance, dirigidos sobretudo contra infraestruturas energéticas e alvos militares situados nas respetivas zonas de retaguarda.Von der Leyen destacou ainda, na sua mensagem, que o bloco comunitário está "a trabalhar em opções para garantir a assistência financeira sustentada necessária à Ucrânia"."Amanhã [terça-feira], adotaremos o nosso Pacote de Alargamento, que reconhecerá o notável compromisso da Ucrânia com o seu percurso europeu ao longo do último ano. A mensagem da Comissão é clara: a Ucrânia está pronta para avançar", referiu ainda.Zelensky adiantou que a Ucrânia ainda precisa de 750 milhões de dólares (650 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) dos 2 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) necessários para importar gás natural para a atual época de aquecimento.O chefe de Estado ucraniano fez este alerta numa conferência de imprensa após uma reunião com, entre outros, a primeira-ministra Yulia Svyrydenko e a ministra da Energia, Svitlana Grynchuk, de acordo com a agência de notícias Ukrinform."A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acaba de anunciar que vamos receber mais 127 milhões de euros em apoio. Agradecemos-lhe por isso", frisou Zelensky.Zelensky divulgou ainda que a ministra da Energia da Ucrânia também se reuniu com os seus homólogos dos países do G7."Temos apoio de todos os lados — do Canadá, Itália, Alemanha e outras nações", frisou o governante,A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente. No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental). Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo. Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais..PM russo visita uma China confiante em liderar papel para o fim da guerra