A Ucrânia lançou na madrugada desta terça-feira mais de 300 drones contra o território russo, incluindo a região da capital Moscovo, naquele que é já considerado o maior ataque aéreo desde o início da guerra, a 24 de fevereiro de 2022. Pelo menos três pessoas morreram.
"Os sistemas de defesa aérea intercetaram e destruíram 337 `drones` aéreos ucranianos, incluindo 91 sobre a região de Moscovo e 126 sobre a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia", informou o Ministério da Defesa russo em comunicado. O ataque levou a restrições temporárias nos aeroportos da região da capital, entretanto já levantadas.
Este ataque de Kiev contra a Rússia aconteceu poucas horas antes do início das conversações entre as delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia, que vão decorrer esta terça-feira na Arábia Saudita, com vista a encontrar uma solução para o fim da guerra.
As regiões de Bryansk e Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, bem como Ryazan, Kaluga, Voronezh e Nizhny Novgorod, também foram atingidas pelo ataque ucraniano.
"O maior ataque de drones inimigos contra Moscovo foi repelido", afirmou o presidente da Câmara da capital russa, Sergei Sobyanin, na rede social Telegram. Drones atingiram a aldeia de Sapronovo e a cidade de Ramenskoye, nos arredores da capital.
"Os especialistas dos serviços de socorro estão a trabalhar nos locais onde caíram os destroços", informou Sobyanin.
O governador da região de Moscovo, Andrei Vorobyov, afirmou no Telegram que "o alvo eram pessoas".
Dois empregados da empresa agroindustrial russa Miratorg, sediada em Moscovo, estão entre os mortos, informou a empresa.
Segundo jornalistas da AFP, num dos blocos de apartamentos atingidos na região de Moscovo, as janelas foram partidas e uma varanda foi parcialmente destruída.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já indicou que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre o ataque de drones na região de Moscovo.
O sistema de defesa aérea da capital funcionou "muito bem", salientou Peskov.
"Kiev está atingir prédios residenciais e a Federação Russa está atingir alvos militares", referiu o porta-voz do Kremlin, citado pela Sky News.