Ucrânia: Rússia diz mobilizar onze mil militares para o desfile de 9 de maio
131 unidades de armas modernas e equipamentos militares, 77 aviões e helicópteros vão participar nos preparativos do desfile da Praça Vermelha.
Cerca de 11 mil militares russos desfilarão na Praça Vermelha em Moscovo no Dia da Vitória da Rússia sobre a Alemanha nazi em 1945, que se assinala a 9 de maio, indicou esta segunda-feira o Ministério da Defesa.
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"Um total de onze mil militares, 131 unidades de armas modernas e equipamentos militares, 77 aviões e helicópteros participam nos preparativos do desfile da Praça Vermelha", informou o ministério russo, citado pela agência RIA Novosti.
Durante os últimos ensaios para o desfile foram visíveis na província de Moscovo oito caças MiG-29, sobrevoando os céus e formando a letra "Z", que se converteu no símbolo da "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia.
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A invasão militar da Rússia, iniciada a 24 de fevereiro, é denominada oficialmente pelo Kremlin como "operação militar especial" e as manifestações contra a guerra são proibidas.
O Kremlin já tinha informado que o tradicional desfile na Praça Vermelha vai decorrer sem "adiamentos". Em 2020, por causa da pandemia de covid-19, a parada foi agendada para finais do mês de junho.
"Vamos celebrar (a data) como o fazemos sempre. É a nossa celebração mais sagrada. No nosso país foi e vai continuar a ser uma 'festa sagrada' para todos os russos", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
De acordo com analistas, a Rússia vai tentar incrementar nos próximos dias a ofensiva no Donbass, leste da Ucrânia, para proclamar no dia 09 de maio a vitória no campo de batalha.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.