Trump diz que líderes europeus vão aos EUA esta semana para discutir a guerra na Ucrânia
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Trump diz que líderes europeus vão aos EUA esta semana para discutir a guerra na Ucrânia

O presidente norte-americano afirmou que falará "em breve" com Putin e que os EUA estão prontos para uma segunda fase de sanções contra Moscovo após ataque atingiu edifício governamental em Kiev.
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Após o maior ataque russo contra a Ucrânia desde o início da guerra, Donald Trump anunciou que líderes europeus vão estar esta semana nos Estados Unidos para discutir um caminho para o fim do conflito, que dura há mais de três anos.

"Certos líderes europeus virão ao nosso país na segunda [8 de setembro] ou terça-feira [9], individualmente", disse o presidente norte-americano, citado pela imprensa internacional, mas sem referir nomes. Manifestou, no entanto, confiança sobre uma solução para o fim do conflito. "Creio que iremos resolvê-lo", declarou.

Trump disse ainda, no domingo, que falará "em breve" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, referindo que não está satisfeito com os últimos acontecimentos na guerra, isto depois de, no fim de semana, Moscovo ter lançado a maior ofensiva contra território ucraniano desde o início do conflito.

UE pondera sanções contra a China devido à compra de petróleo e gás russos, avança Financial Times

Questionado sobre se os EUA estão preparados para uma nova fase de sanções contra Moscovo, Donald Trump respondeu que "sim".

Precisamente sobre esta questão, o Financial Times avança esta segunda-feira que a União Europeia (UE) está a estudar a possibilidade de aplicar sanções contra a China e outros países que compram petróleo e gás russo.

O jornal, que cita três fontes familiarizadas com o processo, indica que as conversações começaram no domingo, antes do início das discussões sobre sanções secundárias entre responsáveis da UE e dos EUA em Washington, agendadas para hoje. Certo é que a possibilidade de potenciais sanções secundárias contra a China têm sido abordadas.

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Governo e líderes europeus deixam mensagens de apoio à Ucrânia após ataque que atingiu sede de governo

A Rússia, recorde-se, lançou 805 drones e mísseis, tendo atingido um edifício governamental em Kiev, a capital do país.

O ataque “foi o maior ataque russo com drones desde o início” da invasão em larga escala da Ucrânia, afirmou o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à agência de notícias norte-americana Associated Press.

Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis, mas houve nove impactos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 locais de todo o país, tendo os detritos das armas caído em oito áreas.

“Pela primeira vez, um edifício governamental foi danificado por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores”, disse a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, adiantando que o edifício “será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas”.

“O mundo deve responder a esta destruição não apenas com palavras, mas com ações. É necessário aumentar a pressão das sanções — principalmente contra o petróleo e o gás russos”, defendeu.

As duas pessoas mortas eram uma mãe e o seu filho de três meses, cujos corpos foram retirados dos escombros pelas equipas de resgate, anunciou o chefe da administração municipal de Kiev, Tymur Tkachenko, acrescentando que pelo menos 10 locais em Kiev foram danificados no ataque.

Um ataque condenado por líderes europeus, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusou Moscovo de estar “a gozar com a diplomacia". António Costa, presidente do Conselho Europeu, falou em "aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais".

Também o Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou o "mais intenso ataque russo à Ucrânia desde o início da guerra de agressão (810 drones e 13 mísseis), que atingiu diretamente a sede do Governo". "Profunda solidariedade com as vítimas (incluindo crianças), as suas famílias e com o povo e as autoridades ucranianos", manifestou o Executivo de Luís Montenegro nas redes sociais.

Com Lusa

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