NATO intercetou os três caças MiG russos que violaram o espaço aéreo da Estónia, membro da Aliança Atlântica
Secretaria de Imprensa da Rússia / Wikimedia (Arquivo)

NATO intercetou os três caças MiG russos que violaram o espaço aéreo da Estónia, membro da Aliança Atlântica

Permaneceram, sem permissão, no espaço aéreo da Estónia durante 12 minutos, informou o governo do país membro da NATO.
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Caças russos violaram esta sexta-feira, 19 de setembro, o espaço aéreo da Estónia. A informação foi avançada pela Reuters, tendo sido já confirmada pelo governo da Estónia.

"A incursão ocorreu sobre o Golfo da Finlândia, onde três caças MiG-31 da Federação Russa entraram no espaço aéreo estónio sem permissão e aí permaneceram durante um total de 12 minutos", refere o executivo do país membro da NATO, em comunicado.

“A Rússia já violou o espaço aéreo da Estónia quatro vezes este ano, o que por si só é inaceitável. Mas a incursão de hoje, envolvendo três caças a entrar no nosso espaço aéreo, é de uma audácia sem precedentes”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros Tsahkna na nota divulgada.

Perante a "crescente agressividade da Rússia", o chefe da diplomacia da Estónia defende "um rápido aumento da pressão política e económica” contra Moscovo.

Esta violação do espaço aéreo levou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia a convocar o encarregado de negócios da Federação Russa no país.

Entretanto, a NATO anunciou ter intercetado as aeronaves militares russas que entraram no espaço aéreo da Estónia e criticou mais um "exemplo de comportamento perigoso" por parte da Rússia, disse a porta-voz da Aliança Atlântica.

"Hoje, cedo, caças russos violaram o espaço aéreo da Estónia. A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] respondeu imediatamente e intercetou as aeronaves", escreveu a porta-voz da NATO, Allison Hart, nas redes sociais.

A porta-voz não especificou o número de aviões envolvidos nem a duração do incidente, mas a Estónia denunciou uma “violação sem precedentes” do seu espaço aéreo por três caças russos MIG 31.

De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos que participavam numa missão de vigilância do Báltico, intervieram para intercetar os caças russos.

A União Europeia (UE) classificou esta sexta-feira a violação do espaço aéreo da Estónia por “aeronaves militares russas”, o terceiro incidente deste tipo em duas semanas em países do bloco comunitário, como “uma provocação extremamente perigosa”.

“A violação do espaço aéreo da Estónia por aeronaves militares russas é uma provocação extremamente perigosa”, alertou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, nas redes sociais.

O incidente, que ocorreu no país da representante da diplomacia da UE e ex-primeira-ministra da Estónia, “aumenta ainda mais as tensões na região”, referiu na mesma mensagem publicada nas redes sociais.

Prometendo “toda a solidariedade” do bloco comunitário, Kaja Kallas disse que a UE “não pode demonstrar fraqueza”.

Pouco depois, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recorreu igualmente às redes sociais para afirmar que a UE "vai responder a cada provocação com determinação".

"À medida que aumentarem as tensões, também aumentará a nossa pressão", prometeu a presidente do executivo comunitário.

Também nas redes sociais, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, escreveu que a UE está "firmemente solidária" com Tallin, criticando a "violação inaceitável" do espaço aéreo da Estónia.

O ex-primeiro-ministro de Portugal pediu um reforço do "flanco leste" da UE para enfrentar estas ameaças e disse que este incidente e outros semelhantes, assim como a resposta às provocações da Rússia, serão um dos temas da reunião do Conselho Europeu informal, no início de outubro, em Copenhaga, na Dinamarca.

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