Supremo brasileiro analisa a 25 e 26 de março acusação de golpismo contra Bolsonaro
EPA/Isaac Fontana

Supremo brasileiro analisa a 25 e 26 de março acusação de golpismo contra Bolsonaro

Procuradoria-Geral da República insistiu que Jair Bolsonaro e os restantes sete acusados fossem julgados como supostos autores de uma tentativa de golpe contra o atual presidente, Lula da Silva.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil marcou para os dias 25 e 26 de março a análise da acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de golpe de Estado.

Em comunicado divulgado na quinta-feira, o juiz Cristiano Zanin indicou que será analisado "se a denúncia" apresentada pelo Ministério Público "apresentou indícios suficientes para a abertura de ação penal contra os acusados".

Nas sessões previstas para março, a Primeira Turma do STF, composta por juízes de perfil progressista, vai analisar se a acusação é suficientemente sólida para dar início a um processo penal. Os arguidos ainda não serão julgados.

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Além do ex-presidente, entre os réus previstos para a sessão está o ex-assessor de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, que prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal em acordo de colaboração.

Também serão analisadas as acusações feitas contra Walter Braga Netto, ex-ministro, general da reserva e candidato a vice-presidente em 2022, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

O anúncio foi feito depois do juiz Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, ter pedido ao tribunal, na quinta-feira, que marcasse uma data para decidir se aceitava ou não a acusação e se iniciava um julgamento criminal.

Na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República, autora da denúncia, rejeitou as primeiras alegações dos réus e insistiu que eles fossem julgados como supostos autores de uma tentativa de golpe contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro já reagiu através das redes sociais, criticando o facto do processo legal funcionar à "velocidade da luz".

"Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para presidente da República nas eleições de 2026", acrescentou.

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