George Abaraonye.
George Abaraonye.Oxford Union

Presidente-eleito da Oxford Union enfrenta ação disciplinar após celebrar assassinato de Charlie Kirk

George Abaraonye veio depois pedir desculpas por mensagens "impulsivas" sobre o tiroteio que matou o ativista conservador, mas a histórica sociedade de debate avança mesmo com processo interno.
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O presidente-eleito da prestigiada Oxford Union, George Abaraonye, encontra-se no centro de uma intensa controvérsia e enfrenta agora um processo disciplinar após ter publicado mensagens a celebrar a notícia de que o ativista conservador norte-americano Charlie Kirk tinha sido baleado. O incidente gerou um aceso debate no Reino Unido e não só sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade dos líderes estudantis.

A polémica começou quando Abaraonye, estudante do University College, Oxford, Inglaterra, partilhou mensagens num grupo de WhatsApp e na sua conta de Instagram após a divulgação do ataque a Kirk. Uma das publicações dizia: "Charlie Kirk foi baleado, vamos a isso, caraças" ("Charlie Kirk got shot, let's fucking go").

A reação da Oxford Union foi rápida. Em comunicado oficial, a histórica sociedade de debates condenou veementemente as declarações, classificando-as como "inadequadas" e anunciando a abertura de um processo disciplinar.

A instituição fez questão de sublinhar que "as opiniões do Sr. Abaraonye são estritamente pessoais e não refletem os valores da Oxford Union".

Face à crescente pressão, George Abaraonye emitiu um pedido de desculpas público, no qual descreveu a sua reação como "impulsiva e emocional".

Justificou que as suas palavras foram moldadas pela retórica do próprio Kirk que, segundo ele, "frequentemente desumaniza os seus opositores e ridiculariza o seu sofrimento". No entanto, acrescentou: "Isso não justifica a minha reação. Os meus comentários foram insensíveis e lamento profundamente a dor que causaram."

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Apesar do pedido de desculpas, o futuro de Abaraonye à frente da Union permanece incerto. Enquanto a sociedade de debates prossegue com o seu processo interno, a Universidade de Oxford, através do University College, afirmou que, embora os comentários sejam "abomináveis", não violam as políticas de liberdade de expressão da faculdade, não havendo, por isso, lugar a uma ação disciplinar a nível universitário.

O caso reacendeu o debate sobre a cultura política nas instituições de elite e o papel da retórica inflamada no discurso público, deixando a comunidade académica de Oxford a aguardar o desfecho do processo e as suas possíveis consequências para a liderança de uma das suas mais antigas e respeitadas instituições.

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