A morte do ativista conservador Charlie Kirk foi celebrada por muitos nas redes sociais, que criticavam tudo aquilo que defendia. Mas esses gestos não passaram despercebidos aos que viam no jovem de 31 anos um mentor e agora veem um mártir e que denunciam quem festejou, exigindo a sua demissão. Já há casos em que isso aconteceu. Pelo menos duas universidades, uma do Mississipi e outra do Tennessee, despediram funcionários por causa de comentários nas redes sociais."Um funcionário da Universidade do Mississipi partilhou comentários ofensivos e insensíveis nas redes sociais sobre o trágico assassinato de Charlie Kirk. Estes comentários são completamente contrários aos nossos valores institucionais de civismo, justiça e respeito pela dignidade de cada pessoa", indicou a responsável pela Universidade de Mississippi, Glenn F. Boyce..Um caso semelhante aconteceu na Universidade Estadual de Middle Tennessee, com o presidente Sidney A. McPhee a demitir um funcionário que trabalhava num cargo de confiança, com os alunos. Disse que ele fez "comentários inapropriados e insensíveis nas redes sociais sobre o horrível e trágico assassinato de Charlie Kirk", que são "inconsistentes com os nossos valores".O X está cheio de pessoas que apontam o dedo a outras pelos comentários feitos após a morte do ativista, exigindo aos seus empregadores que sejam demitidas. Mas também de quem celebre casos de pessoas que já foram despedidas..O analista da MSNBC Matthew Dowd foi um dos despedidos, neste caso não por algo que escreveu nas redes sociais (onde aliás pediu desculpa), mas pelo que disse no ar. Logo na quarta-feira, Dowd alegou que Kirk estava a promover o discurso de ódio, acrescentando que "os pensamentos de ódio levam a palavras de ódio, que depois levam a ações de ódio".A presidente da MSNBC, Rebecca Kutler, pediu desculpas pelos comentários, considerando-os "inapropriado, insensível e inaceitável".Ele disse no X que não estava a culpar Kirk do ataque, pedindo desculpas numa segunda mensagem..Dentro do Departamento da Guerra (o presidente dos EUA, Donald Trump, mudou o nome do Departamento da Defesa), os responsáveis estão atentos a este tipo de comentário. O próprio secretário Pete Hegseth, em resposta a uma mensagem, disse: "Estamos a monitorizar tudo isto de perto -- e resolveremos imediatamente. Completamente inaceitável", escreveu no X, partilhando uma outra mensagem do seu porta-voz. "É inaceitável que militares e civis do Departamento de Guerra festejem ou ridicularizem o assassinato de um compatriota americano. O Departamento de Guerra tem tolerância zero com isto", escreveu Sean Parnell.