O suspeito da morte do ativista Charlie Kirk, durante um evento na Universidade de Utah Valley, foi preso na quinta-feira à noite depois de ter sido identificado por um familiar (terá sido o pai). "Apanhámo-lo", disse o governador do Utah, Spencer Cox, uma conferência de imprensa nesta sexta-feira, horas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter revelado na Fox News que o suspeito tinha sido detido. O suspeito foi identificado como Tyler Robinson, do Utah. Tem 22 anos e não era conhecido das autoridades. A polícia acredita que planeou a morte de Kirk sozinho.Vivia com a família em Washington County, a sul do estado e a cerca de três horas de distância da universidade onde ocorreu o crime. Robinson chegou a estudar um semestre na Universidade Estadual do Utah, em Logan, em 2021, não sendo claro porque abandonou os estudos.Robinson chegou ao campus num Dodge Challenger por volta das 8h30 da manhã locais (o ataque foi depois do meio-dia). Tinha outra roupa, tendo trocado a roupa antes do ataque e depois do ataque, para confundir a polícia.De acordo com o governador, um membro da família de Robinson (vários media dizem que foi o pai) identificou-o nas imagens que foram divulgadas do suspeito e falou com um amigo - Trump sugeriu que seria alguém religioso - que depois contactou as autoridades dizendo que ele tinha confessado ou admitido ter cometido o crime.Segundo a família, ouvida pela polícia, Robinson começou a interessar-se por política recentemente (estava inscrito para votar, mas por nenhum partido, e estava "inativo" o que sugere que não tinha votado nas últimas eleições)."O familiar mencionou um incidente recente em que Robinson foi jantar antes de 10 de setembro e, na conversa com outro familiar, Robinson mencionou que Charlie Kirk ia à Universidade de Utah Valley." O suspeito terá então dito que "Kirk estava cheio de ódio e espalhava ódio".Um companheiro de quarto partilhou com as autoridades mensagens que tinha partilhado na plataforma Discord, onde referia a necessidade de ir buscar uma arma e de que tinha deixado a arma num arbusto. Uma mensagem também dizia que a arma estava enrolada numa toalha.A polícia encontrou a arma do crime, uma Espingarda de ferrolho Mauser .30-06 importada, embrulhada numa toalha.As autoridades ainda não falaram da experiência de Robinson com armas, sabendo-se que terá disparado o único tiro que matou Charlie Kirk a uma distância de 125 metros de distância.O que diziam as balas?As autoridades também confirmaram que as balas tinham mensagens inscritas. Numa delas dizia "Ei fascista! Apanha!", seguido de uma seta para a cima, outra para a direita e três para baixo (este último é também um símbolo antifascista). Noutra bala estava parte da música Bella Ciao, uma espécie de hino antifascista do movimento de resistência italiano contra Hitler e Mussolini, na II Guerra Mundial.O único cartucho disparado tinha a inscrição “notices bulges OwO what’s this?” (em português será algo como "avisos salientes OwO o que é isto?"). É uma referência a um "copypasta", um pedaço de texto que é repetido várias vezes, muitas vezes para "trolar" as pessoas online.O terceiro cartucho que não foi disparado dizia: "Se leres isto és gay, lmao", noutra aparente referência ao humor usado em mensagens para "trolar" alguém online. Lmao são as iniciais de "laughing my ass out", denotando um riso descontrolado. .Trump anuncia detenção do suspeito do homicídio de Charlie Kirk. Tyler Robinson tem 22 anos e é do Utah.Charlie Kirk: mártir para uns, personificação do mal para outros num país cada vez mais dividido