EPA/Szilard Koszticsak
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PM da Eslováquia diz que vetará entrada da Ucrânia na NATO para evitar III Guerra Mundial

Robert Fico disse numa entrevista que não irá ajudar Kiev com armas.
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O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, disse este sábado que o seu país vetará a entrada da Ucrânia na NATO, por considerar que a adesão pode significar o início da Terceira Guerra Mundial.

"Sou contra a entrada da Ucrânia na NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Usarei o direito de veto porque [a adesão da Ucrânia] poderia provocar o início da Terceira Guerra Mundial", disse Fico, numa entrevista de rádio, na qual também rejeitou ajudar Kiev com armas.

Segundo a agência Europa Press, o primeiro-ministro eslovaco especulou ainda sobre a entrada da Ucrânia na União Europeia, a qual disse não ter objeções, desde que fossem cumpridos os critérios de adesão.

Robert Fico deverá reunir-se na próxima quarta-feira com o seu homólogo ucraniano, Denis Shmihal, embora não tenha sido marcada uma conferência de imprensa conjunta devido à recusa ucraniana, como o próprio Fico revelou.

Fico adiantou que transmitirá a Shmihal a sua rejeição à entrada da Ucrânia na NATO.

"Isto é de grande importância para mim", sublinhou, ao mesmo tempo que destacou que a Ucrânia está sob a "influência absoluta dos Estados Unidos".

Quanto ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, disse: "Tem de haver algum tipo de acordo, que será muito doloroso para ambas as partes. O que esperam? Que os russos deixem a Crimeia, Donbass e Lugansk? Não é realista".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

A cimeira da NATO vai realizar-se no verão em Washington, onde a Ucrânia espera fazer mais progressos no sentido da adesão à NATO.

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